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CAPÍTULO 8
VERNE

O calor de Istambul estava me deixando inquieto. Faziam poucas horas que eu tinha acabado de pousar. Decidi primeiro passar no casarão onde eu iria ficar por um tempo e percebo que a segurança do local já estava toda em seus postos.

- Matheus? – Chamo o capitão da Corleus.

- Senhor. – Ele vem ao meu encontro olhando ao redor para verificar se tudo está em ordem.

- Prepare tudo para hoje à noite, estamos perante a uma máfia que não conhecemos muito bem. Então, toda segurança ainda é pouca. – Falo calmamente fitando a enorme casa a minha frente. – Sabe porque Fagner escolheu essa casa para ficarmos?

Vejo um sorriso brotar no rosto de Matheus Grettine e assim que ele percebe que eu o encaro sério o sorriso logo some.

- Acredito que pelo tamanho, senhor. – Ele completa debochado. – E talvez também pelo fato de que foi sua talvez noiva que projetou.

Volto a olhar a imensa casa, para chegar até a mansão passávamos por um enorme caminho arborizado na frente da mansão havia um jardim no formato de uma lua crescente com diversas flores amarelas. A entrada da casa era uma enorme porta no meio de enormes pilastras em tom pastel. A mansão tinha tantas janelas que eu não seria capaz de contar, os vidros esverdeados completavam a cor das paredes em tons pasteis bege. Eu tinha que admitir que estava frente a uma obra de arte.

Assim que entro na casa tudo parece ficar ainda mais encantador, os moveis eram todos em estilo vitoriano a maioria no tom de mogno. Os lustres mosaicos turcos com sua iluminação baixa deixava tudo ainda mais misterioso.

- Ual. – Ouço a voz de Matheus logo atrás de mim. – A garota sabe mesmo o que faz. – Olho para ele e vejo que ele está maravilhado com o lugar. – Essa casa é magnifica.

E eu tinha que concordar, Elizabeth criou uma bela obra de arte aqui.

Eu estava cansado, ainda era muito cedo e eu não tinha nenhum compromisso no período da manhã. Subi a enorme escadaria em direção ao quarto principal da casa e me surpreendi ainda mais com a decoração do quarto. O quarto era todo em madeira pintada de preta e branca, as cortinas pretas com um tecido de seda jogado por cima davam uma sensação de luxo ao lugar.

- Você realmente pensou em todos os detalhes, não é mesmo – Falo pensando em como a Hoffman pensou em tudo isso.

Vou em direção ao chuveiro e quando a água quente cai sobre meu corpo eu posso sentir o cheiro de Avia sendo lavado de mim. A noite passada foi a despedida que a muito tempo eu devia ter feito, por mais que meu coração estivesse despedaço e gritando de saudade daquela mulher eu sabia que agora eu nunca mais poderia voltar para ela.

Logo após eu sair do banho e me trocar pego meu notebook e decido enfim procurar sobre a mulher que estou a sposare.

E assim que procuro sobre ela aparecerem várias fotos de Elizabeth em diversos eventos. Uma mulher com os cabelos medianos loiros, seus olhos verdes e olhar sereno. Elizabeth Hoffman parecia ser uma boa pessoa, sua feição passava calmaria totalmente ao contrário da minha Avia, que em sua essência emanava confusão e inquietude.

Decido não focar nas fotos e continuo lendo sobre ela e vejo que Elizabeth é realmente muito conhecida no que faz. Já projetou grande obras para pessoas muito influentes. Vejo que até mesmo um prêmio Pritzker ela já conquistou.

Ouço alguém bater na porta do meu quarto e peço que entre.

- Senhor, Fagner está aqui e pede para falar com o senhor. – Um soldado me avisa parecendo apreensivo.

Destinazione I Spin Off - Série ObscurosOnde histórias criam vida. Descubra agora