Destinazione I Spin Off - Série Obscuros

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CAPÍTULO 11
ELIZABETH

Estar na Rússia era sempre revigorante para mim. Verne foi a viagem toda isolado e pensativo, ele parecia preocupado. Quando chegamos no hotel a guarda italiana já estava montada.

Verne parecia cansado e havia me dito que ficaria o dia todo em conferência em assuntos da máfia. Então decido ir visitar os Glaskov.

O frio da Rússia era sempre congelante onde até mesmo quando fazia calor ainda é frio. Coloco uma calça preta forrada, uma blusa verde de gola e um sobretudo cinza por cima.

Quando saio do enorme quarto do hotel não vejo Verne em lugar nenhum. Eu sabia me virar pela Rússia, porém eu não um lugar onde eu costumava andar sem segurança.

Chegando no hall do hotel me surpreendo ao ver Verne e seu capitão Matheus conversando tranquilamente. Verne acena para mim e eu me aproximo sentindo o frio cortante que entrava pela porta rotatória.

- Olá. – Aceno.

- Está de saída? – Verne questiona com o cenho franzido. – Já são nove horas da noite. – Constata.

Minha vontade é de revirar os olhos.

- Klaus me chamou para jantar e estou morrendo de saudade de Kira sua filhinha. – Sorri ao lembrar da menininha dos olhos azuis. – Você poderia ir conhecê-los. – Sorrio, porém, não recebo um sorriso em troca.

- Matheus, escolte Elizabeth e a traga antes da meia noite sem falta. – Verne ordena e vejo Matheus concordar.

Bufo e saio pisando duro.

- Por que ele é assim? – Protesto enquanto entro no carro ao lado de Matheus.

- Sabe que pode ir no banco de trás né? – Matheus pergunta não dando importância para meu monologo.

- Ele é um poço de frieza, não se dá ao trabalho de olhar em meus olhos e quer mandar em meus atos? – Continuo resmungando. – Ah não! Não comigo!

Matheus começa a dirigir e lhe dou o endereço.

- Ele sempre foi assim? Insensível? – Bufo frustrada. – Esse casamento cada dia mais parece um absurdo.

Matheus me olha de canto de olho e suspira pesadamente.

- Verne nunca teve uma vida fácil, Elizabeth. Tudo o que ele tem foi devido a muito esforço e muitas perdas. – Matheus diz sucinto e para o carro em frente a mansão dos Glaskov.

Saio do carro em silêncio e antes de bater a porta eu olho diretamente para Matheus que me encara.

- Não precisa vir me buscar. – Falo e saio andando em direção a enorme entrada.

Klaus como sempre me recebe com muita alegria. Sua esposa Nádia está sempre sorrindo com uma leveza que só ela tinha.

- Como foi na Turquia, Liz? – Nádia pergunta animada. – Me falaram que Verne é mais lindo pessoalmente.

- É mesmo Nádia? – Klaus pergunta irritadiço. Nádia sorri e pisca em minha direção.

- Sabe que só tenho olhos para você, amor. – Ela fala para Klaus que sorri em resposta.

- Não foi de todo ruim. – Balanço os ombros. – Mas não posso dizer que foi mil maravilhas.

Olho ao redor e vejo Joaquim entrando com Kira no colo. A menininha loiro dos enormes olhos azuis abre um imenso sorriso ao me ver e eu paraliso ao ser invadida pelas lembranças da foto de Avia.