A origem dos Unirs

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Os Unirs são Senhores Regionais que em uma determinada rotação foram escolhidos pelos universos que se encontravam no núcleo de suas respectivas regiões do multiverso. Tendo as seguintes atribuições: Organizar, gerenciar e prestar assistência aos universos pertencentes à região que lhes foram destinados a reger.

Por muito tempo, os Unirs foram seres que não tinham uma comunicação vigente entre eles, pois, viveram presos nas suas regiões por quase toda a eternidade. Os únicos senhores que eles conheciam eram os de suas respectivas áreas de atuação, sem descartarem a possibilidade da existência dos demais, pois, viam universos inacessíveis refletidos pela membrana superior das regiões.

A movimentação desses seres é extremamente peculiar e incompreensível para os seres inferiores. Movimentam-se a uma velocidade capaz de cruzar milhares de universos em questão de segundos, para uma melhor compreensão humana, além disso, suas percepções são extremamente refinadas, podendo sentir a origem de um novo universo em qualquer ponto da região de universos que é regida por eles. A compreensão de tempo desses seres ocorre por meio da marcação de rotações que o cristal regional dá em seu próprio eixo. É um movimento tão harmônico que se conclui exatamente no mesmo tempo em todos os cristais regionais.

E devido a toda essa harmonia, um determinado evento passou a chamar a atenção de todos os Unirs, pois, no centro de Dlales, dois universos peculiares surgiram, aparentemente sem senhores universais ou sequer a manifestação de um cristal no centro deles. E nesse momento, Sephiorah o guardião responsável pela região de Cólutus, avistou uma enorme esfera de fogo sendo expelida para fora de um desses dois universos.

Essa enorme esfera possuía uma calda flamejante, que por onde ela passava, deixava um rastro destruidor que manifestava cores variantes do vermelho, do violeta e do azul, além de ir lançando pequenas partículas dessas variações para todas as direções, criando ao seu entorno uma neblina fantasmagórica. Na ponta dessa esfera, manifestava-se uma camada de chamas amareladas, esverdeadas e avermelhadas. E com Sephiorah olhando para tudo aquilo, não hesitou em ir ao encontro dela.

Conforme a desintegração da esfera ia ocorrendo, a sua velocidade ia desacelerada enquanto ocorria a perda de material que pertencia àquele objeto. Até que todo esse espetáculo de luzes teve o seu completo desaparecimento em um dos universos que se localizavam perto do centro de Dlales, mas ainda dentro da Região Universal de Cólutus.

Depois de todo esse evento, e já sem mais rastros visuais da tal esfera, uma onda de energia, de natureza desconhecida, atingiu Sephiorah de forma extremamente brutal. E sabendo da última localização do fim do evento, graças ao epicentro de toda aquela colossal liberação de energia, o unir partiu de encontro ao desconhecido, a fim de verificar do que realmente se tratava aquilo.

Quando Sephiorah chegou no universo em que, para ele, era a origem de toda aquela maçante liberação de energia, o unir começou a se mover, lentamente, a fim de encontrar algum registro. Foi quando ele encontrou um rastro de partículas extremamente quentes, mas escuras e que se moviam em um sentido contrário ao do epicentro. E Sephiorah ao ser capaz de realizar tal leitura, sabia que isso poderia leva-lo até onde ele deseja ir. No momento em que o unir chegou até o seu objetivo, encontrou uma energia que se comportava semelhante a um líquido, pois, mesmo no vácuo ela se propagava, lentamente, mas fluída, mas muito condensada.

Mesmo se deparando com esse momento, Sephiorah não se limitou apenas em aceitar isso como uma resposta aceitável para com a sua curiosa vontade de querer saber de tudo. E graças a sua ansiosa vontade de querer saber mais, foi além, o que resultou no encontro com a razão de todo aquele deslumbrante evento. Tratava-se de uma esfera de energia negra que, por alguma razão, quando Sephiorah se aproximou, toda a camada que envolvia o objeto passou a ser desintegrado, como se fosse solúvel no vácuo do espaço, revelando o conteúdo que a mesma comportava dentro de si. O conteúdo nada mais que era do que a de um ser humanoide, de pele extremamente pálida, com cabelos longos, finos e brancos. E assim como o Unir, aquela criatura também possuía asas, mas não um par de asas como as de Sephiorah, mas três pares. A criatura, por sua vez, também possuía um colar, onde continha em sua ponta uma pedra dourada que era envolvida por um cristal.

Dlales: Multiverso (Parte I)Onde histórias criam vida. Descubra agora