Antes de Sephiorah tomar para si os conceitos de existência, antes mesmo dele sequer se manifestar em Cólutus, como apenas um simples senhor universal, o seu espírito foi levado antes do seu princípio para uma parte da Existência cujo na qual apenas deuses de alto nível podiam acessar.
E, como uma criança a ser gerada, o espírito de Sephiorah se mantinha suspenso nessa total incompreensão da Existência. Como se as paredes, que sustentam esse conceito, fossem feitas de cores que variavam do azul, do vermelho e da rosa. Era como um gigantesco salão, um enorme universo vazio, mas que era tomados por correntes coloridas que atravessavam de uma ponte a outra enquanto elas se aniquilavam a cada momento, dando origem a uma nova que atravessava este ambiente como uma violenta flecha sem precisão. E com o espírito de Sephiorah cercado por tantas tormentas, um novo ser se originava diante da imagem daquele que um dia seria o atual Unir de Cólutus.
A criatura que se originava diante do espírito de Sephiorah, era um ser tão humanoide quanto qualquer outro presente no Dlales, mas se diferenciava nas curvas de seu corpo, pois, apresentava um aspecto mais fino e delicado, com uma de aparência feminina em todos os sentidos, mas mantendo a discrição de sua beleza por meio de um vestido de luz, ajustado ao corpo, e que se originava na cabeça dela e se comportava como um tecido que se ondulava na existência, como uma veste se comportando aos efeitos do vento, algo que ocorria a cada passo calmo dado por ela. Contudo, a sua real qualidade estava muito além do que a beleza do seu corpo, pois, ela estava acima da classe de muitos que eram até mesmo considerados deuses.
- Sephiorah... - Dizia ela para o espírito daquele que se mantinha como um feto. - Acorde... - E o tocou levemente enquanto descarregava uma grande massa de energia sobre a entidade.
E então Sephiorah abriu os seus olhos. E por ele nunca ter absorvido um único conhecimento desde o seu princípio, o mesmo era incapaz de sequer se comunicar, mantendo-se com um olhar voltado e fixo para a entidade daquela que o despertara. Além disso, ele se distraia em alguns momentos com as correntes que atravessavam aquele ambiente de ponta a ponta.
- Esqueci, seres da sua existência precisam de interações para que possam ser capazes de realizarem certas ações... - E, se aproximando dele, novamente, ela segurou o rosto dele com as mãos, enquanto encarava, com suavidade, os olhos brancos dele. Durante todo esse momento, uma leve aura esverdeada ia surgindo, como labaredas que ao envolver os dois, era-se incapaz de saber o que tinha dentro, pois, aquela aura esverdeada se tornava intensa a cada fração de tempo. E lá dentro de todo aquele envolvimento, onde nem mesmo ela era capaz de ver o que ocorria, ela dizia o seguinte para Sephiorah - Neste momento, compartilharei contigo conhecimentos que, antes disso, pertenciam apenas a mim.
E naquele instante, diversos gritos de desespero e dor podiam ser ouvidos em qualquer parte dessa existência, onde as vibrações emitidas por aqueles dois corpos possuíam a capacidade de vibrar até mesmo a capacidade de vibrar as membranas que serviam para comportar esse ambiente. Nem mesmo as correntes que surgiam a todo instante eram capazes de se originarem naquele momento, pois, elas eram destruídas antes mesmo de se manifestarem.
- O que é isso? - Questionava Sephiorah com uma voz trêmula, e com um olhar sobrecarregado de pensamentos até então vazios.
- Seja bem-vindo a minha existência, aquela cujo na qual serviu de base para a criação de qualquer outra. Eu me chamo Altry, o Executor que é responsável em garantir a harmonia das naturezas que sustentam esta existência.
- Existência... Executor... Existência? - Questionava Sephiorah para si mesmo, enquanto ele ainda se mantinha suspenso.
- Esta existência, a qual eu o trouxe, é o primeiro conceito de existência, a Origem. É por meio dela que todas as outras seis surgiram. Cada existência possui o seu próprio Executor, mas por alguma razão, na sua existência esse ser nunca se manifestou.
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Dlales: Multiverso (Parte I)
AdventureEsta história será dividida em três partes. A primeira parte se passará na Sexta Existência, conhecida como Dlales. O Dlales é um ambiente composto por uma infinidade de universos, onde em cada um há um senhor que tem como objetivo garantir com que...