Dlales: Multiverso (Parte I)

(Parte 1) A Reunião.

Com o passar de sete rotações, desde a origem dos dois incoerentes universos, cada unir sentiu simultaneamente a necessidade de ir até o centro do Dlales. Essa sensação possuía um comportamento extremamente fantasmagórico, pois, essa vontade apresentava uma manifestação natural, como se não houvesse nada interferindo em suas escolhas. Para eles, era impossível que algo ou alguém fosse capaz de tamanha proeza.

O primeiro a chegar no centro do Dlales foi Sephiorah, acompanhado da pequena máquina. Trazendo consigo a essência que era capaz de criar uma gigantesca plataforma, como o próprio Alóis havia dito, ele a ativou naquele escuro universo. Para tal feito, ele a lançou no centro deste universo, que entrando em um estado de reação quase que instantâneo, deu origem a uma esfera de luz extremamente quente, finalizando com a manifestação de uma plataforma grande o suficiente para suportar todos os Unirs. No centro desta plataforma, algo muito semelhante a uma mesa também se manifestava, contudo como se flutuasse em paralelo a própria plataforma.

Enquanto nenhum outro unir aparecia, Sephiorah deitou na plataforma, olhando para cada universo que poderia ser observado daquele ponto. Contudo, essa contemplação dos universos, era a única beleza que poderia ser vista neste universo, pois, como já referido, não há nada nele. Além disso, em alguns momentos, a escuridão chegava a ficar tão forte que impossibilitava até mesmo Sephiorah de ser capaz de observar outros universos.

Ainda deitado, Sephiorah era capaz de ver certos pontos se movendo extremamente rápidos em sua direção, com cada um desses pontos vindos de regiões específicas. Porém, da sua região, vinham os seus três senhores universais, sendo eles Jareth, Alêiou e Alóis.

Durante todo esse processo, a pequena máquina ficou brincando em cima do corpo de Sephiorah, a fim de chama-lo a atenção, mas todos os seus pensamentos estavam restritamente voltados à necessidade de conhecer este universo que chamava a sua atenção a cada momento passado nele.

- Talvez seja hora levantar. – Disse Sephiorah para a pequena criatura que o encarava enquanto grunhia alegremente, correndo ao redor dele. O que levou senhor de Cólutus a brincar com ela enquanto nenhum outro se manifestava naquele momento.

Com a aproximação de Jareth, Alêiou e Alóis, o unir Sephiorah dava inicio a preparação de recebê-los, pois, deveriam ser preparados para entrar em contato com os demais Unirs das regiões. Durante esse processo, Sephiorah carregou uma esfera de energia na sua mão direita, chamando a pequena criatura até onde ele estava, e alisando o dorso dela com essa carga de energia, transformou-a em um sinalizador temporário, que emitia um sinal a todos que adentrasse naquele universo. Tudo isso enquanto Sephiorah apenas observava os a viagem dos senhores de seu universo.

Enquanto ia em direção à mesa, Sephiorah mantinha-se firme com relação aos acontecimentos que estavam perturbando a sua região. As auto execuções estavam ficando cada vez mais frequentes, a cada momento longe de sua região, fazia-o se sentir ainda mais inseguro com relação a todas essas situações. Porém, ele deveria manter antes de tudo a ideia do progresso neste universo. Para Sephiorah, os colapsos sempre existiram, e por causa disso, a situação que estava acontecendo em sua região, não passava de apenas uma eventualidade, uma onda que passaria logo, mas esse pensamento não era capaz de esconder dele mesmo a aflição sentida.

Quando Jareth, Alêiou e Alóis chegaram até esta plataforma. O Senhor das Sombras Densas estava completamente empolgado, e com toda essa euforia, tratou logo de querer explorar todo este universo.

- Senhor! Peço-te permissão para explorar todo este ambiente.

Sephiorah virou para Jareth com um olhar de autoridade dizendo rapidamente em resposta:

- Não posso dar tal permissão ainda. Lembrem-se do seguinte, este universo não demonstrou pertencer a nenhum outro da existência. Por respeito, espere que os demais Unirs cheguem, e aí sim entraremos em um acordo sobre tal exploração.