(Parte 3) O universo de Alêiou

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Por não poderem conseguir ter acesso a pequena criatura, pois, como já se foi relatado, o acesso a aquele universo estava temporariamente restrito. E aproveitando a ideia de estarem ali, Sephiorah indagou a Alêiou sobre o canal que ligava os dois universos. Quando chegaram em frente ao portal deram de cara com algo arrasador. Devido à explosão do universo de Hijus, e por estar bem próximo daquele ponto, o canal havia sido destruído parcialmente, resultando em um comportamento natural da membrana universal, pois, a mesma começava a fechar toda aquela fenda.

Mas o que aconteceu aqui?! – Questionou Sephiorah enquanto observava toda a obstrução do canal.

Você não é capaz de perceber, meu senhor? Isso tudo não passa do resultado da destruição do universo de Hijus. Se um universo foi capaz de realizar tamanho estrago, temo até mesmo em querer imaginar quais serão os terríveis resultados podem ser causados por universos semelhantes ao de Hijus em universos de membranas mais frágeis.

Ainda não tenho nenhuma informação das consequências geradas pelos outros universos, prova-se isto agora, pois, só fiquei sabendo da destruição da ponte quando entrei em contato visual com o canal. Algo justificável, uma vez que a informação é enviada diretamente para o Cristal Regional, e somente após isso eu posso ter acesso a essas sensações, apenas em casos de grandes colapsos e coisas do tipo que acabo recebendo a informação em conjunto com o Cristal.

A comunicação entre um universo regional para com os seus universos subordinados sempre foi de natureza imediata. Porém, isso nunca foi vigente entre o representante regional e os universos da sua região, pois, a função de um Unir é representar a vontade do seu cristal regional, assim como um senhor universal comum, tendo apenas raras liberdades sendo elas a da movimentação e também de saber o que algumas coisas que estão acontecendo no Todo, tais como o nascimento e a extinção de um universo.

Com a obstrução do Canal, Sephiorah não poderia ver na prática o comportamento da estrutura, mas o seu interesse em tal observação era forte o suficiente para ele levantar questionamentos a Alêiou.

Alêiou, diga-me se há a possibilidade de reconstrução.

Datados os altos danos, é-se quase impossível repará-lo. Este era o ponto mais próximo entre as duas estruturas. Além disso, com a explosão do universo ao lado, o eixo entre os dois universos acabou sendo extremamente afetado, implicando não apenas em certa inclinação com relação ao eixo universal, quanto também em certo afastamento entre ambas as unidades.

Não há nenhum registro sobre os processos que eram analisados? Alguma esfera que tinha por objetivo guardar as informações que eram contidas?

Nada, meu senhor. Nunca passou pelos nossos pensamentos... quaisquer processos semelhantes que se assimilem ao que acabou de acontecer.

Como não?! – Disse Sephiorah em um alto e bom tom. – Criar uma esfera do conhecimento sobre algo, é o mínimo que um Senhor Universal deve fazer para garantir os seus estudos sobre algo, pois, pelos seus breves relatos, uma estrutura como essa, poderia ser grande utilidade para o desenvolvimento dos canais multiversais.

Canais multiversais? Por acaso o senhor...

Eu em conjunto com os demais Unirs, decidimos criar um complexo sistema que visa interligar todos os universos ao obscuro e vazio universo que está no centro da existência, pois, será por meio desse sistema que toda a matéria será transferida para aquele ambiente. Porém, com o estudo dos comportamentos dos materiais. Há-se a sempre a possibilidade de algum elemento entrar em colapso caso ele esteja fora do seu universo. Por isso, tenho quase a certeza que o Canal que antes ligava esses dois universos, acabava convertendo esses elementos para deixá-los estáveis.

Dlales: Multiverso (Parte I)Onde histórias criam vida. Descubra agora