(Parte 6) A construção de um império.

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No castelo, todos estavam querendo saber qual era a ideia de Sephiorah, na verdade. Claro, apreensivos, pois, seria a primeira vez, em toda a existência do Dlales, que os cristais regionais seriam manipulados para dar origem a algo novo.

- Senhores. – Disse Sephiorah. - Estamos aqui, neste momento, para falarmos a respeito da máquina de Cristal... O que acabamos de observar foi que é possível sim acessar aquele universo, mas não sendo seres como nós, seres compostos de partículas. Contudo, por alguma razão, os cristais universais são capazes de sobreviverem aos efeitos daquela membrana.

- E por essa razão você deseja usar os cristais regionais? – Disse Quilontes, questionando o conhecimento de Sephiorah. – Por acaso, não percebe dos possíveis riscos que isso poderá trazer ao Dlales?

- Há certo tempo, enquanto eu estava em busca de colaboradores. – Respondeu Sephiorah olhando para os seus três senhores de baixo nível. – Eu observei uma manipulação de energia e matéria, mas não era algo sendo realizado em objetos comuns, mas sim em cristais universais, que sempre que isso era feito e o cristal tendo a sua posição removida do local, ele dava origem a um cristal negro, como se fosse criada uma sombra.

- Está me dizendo que tem como fazer isso, dando origem a outro cristal? – Nálitos.

- Sim, ele está certo. – Desta vez foi a vez de Jameth responder sobre isso. – Quando um cristal universal é removido do seu local, por meio de um estímulo de energia, ele acaba dando origem a um cristal negro. Mas por qual isso acontece? Vocês devem estar se questionando. Para o Dlales, não importa quem ou que é que está sustentando um universo. Lembrem-se, os cristais servem apenas para armazenar informações de coordenação das naturezas que compõem os mais diferentes universos. Fora isso, a sustentação de um universo ou região, são apenas funções adicionais que podem até mesmo serem simuladas?

- E como sabe de tudo isso? – Voltou Nálitos aos seus questionamentos.

- É simples, eu e um dos meus senhores universais acabamos fazendo esse mesmo experimento observado por Sephiorah, mas fomos além, nós removemos o cristal negro de um universo, colocando uma Máquina de Simulação e Controle – MSC no lugar do cristal negro, o que foi o suficiente para garantir a sustentação do universo em que estávamos realizando os testes. E para isso, nós já estávamos dando início a um processo de testes para que isso ocorresse no universo da minha região.

- Ou seja, vocês planejavam remover o cristal regional de vocês, de lugar? – Continuava Nálitos com as suas interrogações - Correto?

- Sim. – Respondeu Jameth. – E para tal, já demos início a produção de uma Máquina de Simulação e Controle. Por isso, eu não vejo nenhum problema na proposta de Sephiorah.

- Há outro detalhe. – Disse Sephiorah. – Após a fusão dos cristais, eles sofrerão algo muito semelhante ao que observamos com relação às matérias primas. Com um detalhe, a naturezas dos cristais não afetam o entorno quando se fundem e concentram suas energias em um único ponto. A energia dele fica contida nele, e só pode ser manifestada por meio da autorização de um usuário. No caso... Seria a máquina.

- Do que essa máquina será capaz? – Questionou Zaphros.

- Ela poderá ser capaz de coletar o máximo de informações possíveis de um universo; reconhecer e classificar seres e elementos; por ser constituída de Cristais Regionais, ela terá acesso a uma energia idêntica à do Dlales. Mas... – Neste momento ele revelou um frasco que continha uma energia azulada e constante.

- O que é isso? – Questionaram todos ao mesmo tempo.

- Uma habilidade de cópia única de energia. – Respondeu Sephiorah. – Ela permitirá com que a máquina seja capaz de copiar a sua energia de maneira exata, compartilhando-a com outra máquina ou ser. Essa habilidade poderá ser utilizada somente uma vez.

Dlales: Multiverso (Parte I)Onde histórias criam vida. Descubra agora