(Parte 3) A reunião.

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A passagem dos luminosos pontos pelas Existência fez com que a pequena máquina que estava nos ombros de Sephiorah começasse a grunhir para cada uma daqueles estranhos objetos trassantes. A máquina não estava enfurecida, mas ela tinha como intuito a vontade de ir ao encontro daquelas estranhas luzes. Contudo, Sephiorah acabou a inibindo disso, segurando-a pelas patas traseiras quanto ela tentava realizar esse feito.

Os milhares pontos luminosos davam um efeito de estrelas cadentes passando diante dos olhos de todos. E conforme cada um desses pontos tocavam na borda daquele brilhante universo, cada ponto estourava como cometas se chocando contra um planeta, o que resultava no espalhamento de uma forte luminosidade que era resultado do momento do contato na membrana.

Com a chegada dos três Unirs restantes, eles ficaram encantados pelo que viam. Na verdade, pela primeira vez, a Luz começava a se manifestar de uma mineira estranha, condensada, o que fazia com que todos esses senhores passem a admirá-la, sem perceber que por alguma razão lógica, a velocidade deles começava a ser afeta por esse efeito. Algo muito estranho estava começando a acontecer em todo o Dlales.

Com o fim da passagem de todos aqueles pontos luminosos, a calmaria voltou a tomar conta de todo este universo, manifestando absolutamente nada, a não ser a presença dos senhores que aqui se faziam presente, e um pouco do rastro de energia deixado pelos pontos que cruzaram este universo. Dessa maneira, Sephiorah foi até o centro da plataforma com a sua pequena criatura no ombro, e manifestando uma aura tranquila e soberana.

- Kélios... Poderia, por gentileza. – Disse Sephiorah olhando para Zaphros.

- Ah! Claro. Eu apenas o paralisei por questões... Bom que não vem ao caso neste momento. – Respondeu Kélios antes mesmo que o Senhor de Cólutus concluísse o seu pedido.

- Não há a necessidade de se justificar. As ações provocadas por ele o levaram a este momento de imobilização. Senão fosse você, eu mesmo interferiria naquele momento. – Disse Nálitos.

Quando Kélios removeu do Unir a punição da Nona Lei, Zaphros começou a se levantar quase que desempenhando um tom de arrogância. Quando o Primordial o encarou dizendo:

- Por acaso deseja ficar sem poder de voz neste momento? Atue como todos que aqui se fazem presente. Ou eu irei intervir por vontade própria em sua existência.

- Tudo bem, isso não será necessário. Agora é errado brincar um pouco. – Falava Zaphros enquanto gargalhava.

- Brincar?! – Disse Jareth sobrecarregado de raiva. – Por acaso.

- Jareth. O que eu lhe disse? –Falou Sephiorah interrompendo o seu baixo senhor.

- Desculpe-me, mas é que isso...

- Não é responsabilidade sua. Não lhe trouxe até aqui para que você fique se intrometendo em assuntos aos quais não são do seu valor.

Neste momento, o Unir Nálitos colocou a sua mão esquerda no ombro direito de Sephiorah, enquanto proferia a sua fala carregada de um tom sombrio para todos, com palavras extremamente calmas, mas dignas de gerar qualquer abalo para quem o ouvia.

- Chega Sephiorah. Jareth não precisa falar mais nada a respeito de Zaphros. Desta vez! – O Unir mergulhou toda a sua fala em algo que perturbava até mesmo a essência do Primordial Kélios. – Se este ser que se assemelha a mim, não tomar uma postura devida. Não terei outra escolha a não ser...

- Nada disso. - Interrompeu Kélios. – Quem disse que você tem autoridade para executar alguém? Por acaso você é a entidade suprema desta existência?

Dlales: Multiverso (Parte I)Onde histórias criam vida. Descubra agora