/=1=\

8.3K 421 446
                                    

O primeiro capítulo é pra vocês entenderem como a [S/n] chegou na Coreia, e tbm pra saberem um pouco da vida dela.

Boa leitura!

◇□◇□

Seis e meia da manhã. A hora em que meu despertador começa a tocar indicando que mais uma semana tinha começado. Eu relutei um pouco pra levantar, segundas sempre são um saco.

Me levanto, tomo meu banho e faço minha higienes. Coloco meu uniforme e vou até a cozinha. Encontro meu pai arrumado pra ir trabalhar, lendo o jornal e tomando café.

ㅡ Bom dia!ㅡ falo me sentando ao seu lado a mesa.

ㅡ Bom dia, princesa! Dormiu bem?ㅡ ele pergunta ainda encarando o jornal.

ㅡ Dormi sim!ㅡ respondo simplista.

ㅡ Hmm... que bom!ㅡ dobrou o jornal e o colocou em cima da mesa, me encarando em seguida. ㅡ Hoje eu vou te buscar na escola, saio cedo do trabalho e também tenho algo para te falar.

ㅡ Não pode falar agora?ㅡ pergunto meio preocupada. Ele nunca ia me buscar na escola, só quando acontecia algo sério.

ㅡ Não, porque eu estou atrasada!ㅡ minha madrasta diz entrando na cozinha. ㅡ Vamos! Antes que você se atrase também.

ㅡ Bom dia pra você também, Ayla!ㅡ falei em um tom de deboche, mas com uma voz de tédio.

Eu não gosto dessa mulher, nem um pouco! Eu sei que ela está com meu pai por interesse. Ja vi e ouvi várias vezes ela o trair e eu já contei isso a ele, que nunca acreditou em mim e fala que eu tenho que parar de implicar com ela, que ela está ali fazendo o papel da minha mãe. Nem fudendo que ela tá fazendo o papel de mãe! Ela não gosta de mim e não faz o menor esforço pra esconder, só na frente do meu pai.

ㅡ Bom dia, querida!ㅡ fala com uma voz forçada. ㅡ Vamos, amor?ㅡ ela se vira para meu pai.

ㅡ Claro! Vá pegar suas coisas, [S/n].ㅡ diz se levantando e pegando a chave do carro que estava na bancada ao lado.

Eu não respondo nada, simplesmente subo as escadas e pego minha mochila, telefone e fones de ouvido. Eu não sou obrigada a escutar a Ayla falando merda o caminho todo, então eu vou escutando música e pensando em alguns acordes que se encaixem na minha. Eu escrevo por diversão, nada profissional, mas quem sabe um dia.

No total são 3 músicas escritas e produzidas por mim. "Daisy flower", que escrevi um tempo depois da morte de minha mãe, "silliness", sobre um momento da minha vida e "você". Eu costumo a escrever em inglês simplesmente por preferir, mas essa música não tinha como. Eram meus sentimentos por completos, escritos em momentos de felicidade, raiva, tristeza e paixão. Sentimentos esses que senti ao extremo. Eu escrevi ela pensando em uma garota, por quem eu estava apaixonada na época. Ela me fez me sentir especial e igual a um lixo ao mesmo tempo. Ela me virou completamente do avesso, mas, eu já superei isso. Depois de muito tempo, mas superei.

Meu pai parou o carro na frente da escola e se virou em minha direção.

ㅡ Não se esqueça que eu venho te buscar hoje, ok?!?ㅡ balanço a cabeça em forma positiva. ㅡ Tchau, filha. Boa aula.

ㅡ Tchau, beijos!ㅡ eu não me referi a ninguém na hora de me despedir, mas é lógico que eu estava falando com meu pai, pouco me importava se aquela mulher estava ali.

Vou em direção ao pátio, já que cheguei uns vinte minutos antes das aulas começarem. Me sento em uma mesa no canto e começo a procurar estúdios para poder gravar minha música. O que eu usei pra gravar as outras tinha fechado, eles literalmente só tinham um frequentador. Eu! Achar outro aqui por perto e que tenha vaga pra esse dias vai ser difícil.

No Songs Enough (Dahyun/you)Onde histórias criam vida. Descubra agora