Morgana sempre teve a certeza de que conseguiria passar por coisas ruins, mesmo que precisasse deixar a tristeza tomar conta do seu ser por algum tempo.
Só que perder a floricultura? Aquela que sua mãe se esforçou tanto para conseguir e cuidar com t...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
❁ೃ Narração ℳorgana
• Toronto, Canadá| Liberty Village
Coloquei a mão na boca, mordendo a pelinha perto da unha. Christopher escreveu algo, mas apagou, começando a digitar novamente.
"Agora eu quero conhecer esse seu lado master chef. Doido pra comer essa tal torta de maçã."
Sorri de lado, abrindo a foto do seu perfil novamente. Chris estava abraçado com Chip, provavelmente na praia, em uma gargalhada que me fazia soltar suspiros.
Nós estávamos conversando há mais ou menos uma hora, e eu pensei que fosse impossível gostar mais dele.
Chris contou como se apaixonou por música, da sua família e que sua comida favorita era frango frito (com uma carinha triste seguido de um "I'm sorry, meu lado vegano ainda não foi ativado".)
"Prometo preparar pra você quando tiver uma oportunidade."
Talvez eu conseguisse levar na nossa próxima aula.
"Tudo bem então, escritora, bibliotecária, pianista e master chef."
Soltei uma gargalhada. Segundo ele eu era a menina dos dons. Como se ele também não fosse.
Ficamos mais algum tempo conversando, até o horário avançar e eu lembrar que precisava acordar cedo no outro dia.
Não demorei para pegar no sono, mas não imaginava que minha mãe pudesse invadir meus sonhos a noite. Tocando a minha música preferida. Com isso, não acordar em estado de nostalgia foi impossível. E mesmo que uma parte do meu peito doesse por não tê-la na cozinha quando acordei, ficava feliz por ter todos os seus traços na minha memória.
— Ouvi sua gargalhada ontem a noite. — arqueei uma sobrancelha quando Benjamin murmurou, o tom de curiosidade explícito na sua voz.
— Hum. — disse apenas, colocando mais uma uva na boca.
— Só vai... dizer isso?
— Você está muito estressadinho comigo esses dias, não quero conversa também. — fui firme, vendo os ombros do meu irmão caírem.
— Me desculpa, Morg. Eu amo você e só estava preocupado. — ele soltou um suspiro.
Benjamin já tinha passado por tanta coisa, perdido tantas pessoas, que era normal seu medo e cuidado comigo e principalmente com a Hope.
— Está tudo bem. Só vamos sentar e conversar como adultos a partir de agora. — vi ele exasperar, confirmando com a cabeça.
