Capítulo 19

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"Quando eu olhar pra você, escolha como quer ser fodida. Faço o que quiser."


Os dois desceram do carro e os seguranças se aproximaram, olhando em volta, a área residencial tinha pouco movimento essa hora, até os carros eram poucos e não havia nem moradores bisbilhoteiros para observá–los.

Beatriz tirou a chave do seu chaveiro e abriu a porta, acendeu as luzes e foi entrando. Justin ficou olhando em volta.

– Foi construída em 1900 – disse Beatriz. – O novo dono adquiriu para morar com a esposa e uma das filhas que acabou de casar. Tem quatro andares, dá para morar mais gente, mas vão ser só os quatro, pelo menos até terem netos.

– Você que fez tudo isso?

– Ele me deu liberdade completa. Simplesmente me deu a chave, me deixou conversar com a esposa e a filha dele e disse para tentar por o que elas gostavam. Foi fácil. Os dois andares de cima são para a filha e os dois de baixo para os pais. Mas tem ambientes de uso comum – ela foi subindo a escada com Justin atrás dela, percebendo que a partir do segundo andar a escadaria mudava de estilo.

– Essa é sua primeira casa completa?

– Urbana, sim. É bem diferente daquelas casas de campo e do projeto parcial da casa de praia lá perto de onde sua irmã mora. E essa foi toda minha, até o jardim e a fachada nova.

Justin seguiu pela sala de jantar, toda em madeira, até metade das paredes e trabalhos no teto que eram entremeados por pintura vermelha Borgonha. Cada detalhe parecia muito bem pensado.

– Está fantástico, Bia – havia um sorriso orgulhoso no rosto dele enquanto passava para outro cômodo, esse parecia ser o quarto principal do segundo andar.

– Você acha? Eu queria que mais alguém visse...

– Se eu sou esse mais alguém, eu quero me mudar para cá amanhã.

– Você já mora numa casa parcialmente decorada por mim, Justin.

– Eu adoro o nosso andar, passo pouco tempo nos outros – ele disse, se referindo ao terceiro andar que ela fizera todo, mas os outros, ela havia encomendado a designers de quem era fã, pois gostaria de morar em algo feito por outra pessoa, senão onde ficava a graça?

– Seu puxa saco! – ela sorriu e subiu para o terceiro andar, explicando sobre o que fizera para dar uma transição suave do estilo da mãe para a filha.

– Minha mãe devia entrar na fila da sua agenda, para ela ser menos esnobe. Você foi aceitando o trabalho de cara? – ele abriu a porta do toilete que era todo em motivos chineses por causa do marido da filha.

– Bem... Como você quer que eu vá dizendo não? Ela ainda é minha sogra – Beatriz acendeu a luz do quarto de hóspedes que ela deu um ar mais moderno.

– Tem como colocá–la na fila de espera? – Justin passou para a suíte máster e viu que o banheiro era esplendoroso, tinha um painel enorme no fundo, pintado à mão.

– Elis quem fez – Beatriz disse, tocando na obra de arte de sua amiga.

– Ela é talentosa demais para pintar algo assim num banheiro.

– Tem outros dela pela casa. Esse foi o mais rápido dela. Aquele lindo no hall é dela também. Ela é talentosa, mas precisa pagar as contas. Os quadros não têm saído muito, se ela se especializar nisso, vale a pena.

– Chame–a para pintar seu projeto lá na empresa daquele seu amigo novo.

– Campanale? Vou fazê–lo pagar uma fortuna a ela.

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