Capítulo 20

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Justin fechou a porta assim que ela saiu e empurrou–a contra o carro, beijando–a com tanta paixão que ela derreteu contra ele. O que era exatamente o plano dele, pois iam ter que subir até a cobertura e ele não a queria desistindo no meio do caminho.

Cristina quase teve um troço quando o elevador abriu no terceiro andar do triplex e eles estavam dentro.

– Madame! – sobressaltou–se empregada.

– Cristina – Beatriz saiu do elevador e Justin puxou–a pela cintura.

– Pode ir dormir, Cristina – disse Justin, levando a esposa junto com ele em direção a parte frontal do andar, onde ficava o espaço dos seus quartos.

Mas a empregada ficou parada no lugar olhando–os e sem entender nada.

Beatriz deu um passo para o lado, se afastando e olhando a porta do seu quarto onde ela não entrava desde que deixou o triplex.

– Nada disso – disse Justin, decidido a não deixá–la entrar naquele espaço que ela usava como proteção contra ele.

– Eu quero ir pra lá – ela disse, apontando seu quarto, um ponto onde se sentiria menos vulnerável.

– Não, dessa vez eu vou tê–la na minha cama. E hoje você não vai fugir.

Ele a levantou e levou sobre o ombro pelo resto do caminho até o seu quarto.

– Você é um homem das cavernas! – ela deu um tapa nas costas nele.

– Não era ogro? – ele perguntou, enquanto a carregava com passos largos.

Cristina correu até as portas que davam para a saleta entre o quarto deles, sem acreditar no que via. Seus patrões nunca fizeram isso! Pelo amor de Deus!

Eles estavam falando sobre sexo bem no meio do apartamento?

– Eu devo me preocupar? Está tudo bem, madame? – ela perguntava, correndo até lá.

– Está! – gritou Beatriz, apesar de estar de cabeça para baixo, dobrada sobre o ombro de Justin.

– Vá descansar, Cristina – disse Justin antes de passar e deixar a porta do quarto fechar atrás deles.

Tudo que Cristina fez foi correr para o interfone e ligar para o primeiro andar do triplex, Kevin só lhe disse para não se meter e ir dormir. Don já estava pegando sua mochila e indo para casa, sua protegida estava no melhor lugar que podia.

Beatriz foi colocada sobre o tapete com um baque dos seus saltos. A luz do abajur perto da cama acendeu e ela se virou, vendo onde Justin estava.

Ele abriu as cortinas também, deixando entrar a luz da cidade e da lua que ia e vinha por trás das nuvens. Ficou bem mais fácil de enxergar no quarto e ele se livrou do paletó antes de voltar até a esposa e pegá–la pelo rosto para devorar seus lábios e acreditar que ela viera com ele.

– Eu não vou mais tirar as minhas mãos de você essa noite – ele disse ao desgrudar os lábios dos dela.

– Você vai precisar... – ela colocou as mãos sobre o colete dele e começou a abrir.

– Não para você escapar.

Ela foi abrindo o colete dele até o final, mais sentindo os botões com os dedos do que vendo, felizmente não eram casas apertadas.

– Não tente escapar de mim hoje, Bia – ele disse, tentando conter a angústia que não podia controlar quando ela finalmente vinha para ele. Era estar realizado e desesperado num mesmo momento, porque a perdia assim que a tinha.

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