Justin fechou a porta assim que ela saiu e empurrou–a contra o carro, beijando–a com tanta paixão que ela derreteu contra ele. O que era exatamente o plano dele, pois iam ter que subir até a cobertura e ele não a queria desistindo no meio do caminho.Cristina quase teve um troço quando o elevador abriu no terceiro andar do triplex e eles estavam dentro.
– Madame! – sobressaltou–se empregada.
– Cristina – Beatriz saiu do elevador e Justin puxou–a pela cintura.
– Pode ir dormir, Cristina – disse Justin, levando a esposa junto com ele em direção a parte frontal do andar, onde ficava o espaço dos seus quartos.
Mas a empregada ficou parada no lugar olhando–os e sem entender nada.
Beatriz deu um passo para o lado, se afastando e olhando a porta do seu quarto onde ela não entrava desde que deixou o triplex.
– Nada disso – disse Justin, decidido a não deixá–la entrar naquele espaço que ela usava como proteção contra ele.
– Eu quero ir pra lá – ela disse, apontando seu quarto, um ponto onde se sentiria menos vulnerável.
– Não, dessa vez eu vou tê–la na minha cama. E hoje você não vai fugir.
Ele a levantou e levou sobre o ombro pelo resto do caminho até o seu quarto.
– Você é um homem das cavernas! – ela deu um tapa nas costas nele.
– Não era ogro? – ele perguntou, enquanto a carregava com passos largos.
Cristina correu até as portas que davam para a saleta entre o quarto deles, sem acreditar no que via. Seus patrões nunca fizeram isso! Pelo amor de Deus!
Eles estavam falando sobre sexo bem no meio do apartamento?
– Eu devo me preocupar? Está tudo bem, madame? – ela perguntava, correndo até lá.
– Está! – gritou Beatriz, apesar de estar de cabeça para baixo, dobrada sobre o ombro de Justin.
– Vá descansar, Cristina – disse Justin antes de passar e deixar a porta do quarto fechar atrás deles.
Tudo que Cristina fez foi correr para o interfone e ligar para o primeiro andar do triplex, Kevin só lhe disse para não se meter e ir dormir. Don já estava pegando sua mochila e indo para casa, sua protegida estava no melhor lugar que podia.
Beatriz foi colocada sobre o tapete com um baque dos seus saltos. A luz do abajur perto da cama acendeu e ela se virou, vendo onde Justin estava.
Ele abriu as cortinas também, deixando entrar a luz da cidade e da lua que ia e vinha por trás das nuvens. Ficou bem mais fácil de enxergar no quarto e ele se livrou do paletó antes de voltar até a esposa e pegá–la pelo rosto para devorar seus lábios e acreditar que ela viera com ele.
– Eu não vou mais tirar as minhas mãos de você essa noite – ele disse ao desgrudar os lábios dos dela.
– Você vai precisar... – ela colocou as mãos sobre o colete dele e começou a abrir.
– Não para você escapar.
Ela foi abrindo o colete dele até o final, mais sentindo os botões com os dedos do que vendo, felizmente não eram casas apertadas.
– Não tente escapar de mim hoje, Bia – ele disse, tentando conter a angústia que não podia controlar quando ela finalmente vinha para ele. Era estar realizado e desesperado num mesmo momento, porque a perdia assim que a tinha.

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RECOVERY
Hayran KurguApós 4 anos de um casamento de aparências, Beatriz decide dar um fim ao sofrimento. O que ela não esperava é que o marido frio e distante, não era tão indiferente assim e não a deixaria ir facilmente. Será que Beatriz está pronta para perdoar e ce...