A Prévia

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O relógio hoje deu a louca, estou mega atrasada se não fosse o Gustavo vir me pegar na faculdade as coisas ficariam pretas para o meu lado. Como me atrasei? Hoje teve apresentação e a menina que estava no meu grupo decidiu chegar atrasada só para variar.

Estamos a caminho do morro ao chegarmos na frente eu abaixo o vidro para falar com um dos meninos.

- Oie... É .. eu sou Marie e trabalho de babá na casa do Lucca.

- Tudo certo meu irmão pode abrir a passagem aí.

Seguimos em frente e indico qual a casa para o Gustavo, não demora muito e já chegamos.

- Muito obrigada de verdade, salvou meu dia - pego minhas coisas e Gustavo abre a porta para mim.

- Até mais tarde senhorita!

- Até - saio às pressas e aperto a campainha um dos seguranças fica me olhando e eu fico um pouco incomodada, olho para trás e vejo que o Gustavo continuava parado acho que estava esperando eu entrar.

A moça da cozinha a qual ainda não sei o nome abre a porta para mim e eu dou um aceno para o Gustavo que entra no carro e da partida. Adentro a casa e subo as escadas correndo indo em direção ao quarto do Nick.

Abro a porta bem devagar e coloco a minha bolsa no canto do quarto, hoje eu dormiria aqui já que é sexta feira.

Chego perto do berço, ele estava dormindo tão gostoso e em uma posição tão desconfortável, dei uma leve arrumada nele, coloquei o paninho em seu rosto como apoio, ao me virar acabo levando um susto e coloco a mão sobre meu peito.

- Que susto! Pensei que estivesse no trabalho - digo um pouco nervosa, droga segundo dia de trabalho já chegando atrasada e ainda por cima vou ser demitida não dúvido nada.

- No meu escritório, AGORA! - fala um pouco rude porém baixo para não acordar o pequeno, fecho o mosqueteiro e o sigo.

- Fecha a porta! - assim eu faço, aí meu Cristinho da jujubinha vou perder o emprego.

Ele fica andando de um lado para o outro e isso vai me deixando cada vez mais nervosa. Mas que merda porque ele tem que ser bonito até irritado, mordo os meus lábios. Balanço a cabeça espantando esses pensamentos, sinto minhas bochechas um pouco quente, devo estar um pimentão.

- Me explica uma coisa, porque uma menina que mora em um apartamento chique e tem até motorista decidiu vir procurar um emprego de babá justo no morro? E não me venha dizer que não tem nenhum motorista que eu vi da sacada.

Merda, merda, merda e agora? Como irei explicar minha condição financeira a ele? Não posso falar a verdade mas também não posso mentir.

- Responde Aurora! - diz todo autoritário.

- Você não tem o direito de saber sobre minha vida pessoal. - droga vou perder o emprego.

- É aí que se engana eu sou o seu chefe.

- Exato meu chefe, e como meu chefe você tem que saber sobre minha capacidade profissional e não sobre minha vida pessoal.

- Tenho direito de saber sobre a vida pessoal de quem cuida do meu filho.

- Não quando você me contratou não me perguntou sobre minha vida e sim se eu estava apta ao trabalho. Ah e eu já pedi para não me chamar de Aurora!

Ele coloca as mãos em cima da cabeça solta um suspiro e começa a andar de um lado para o outro para e começa a vir em minha direção engulo seco e começo a recuar. Vou morrer hoje mesmo. E ninguém vai me ouvir gritar. Meu pai vai matar o Gustavo por não cuidar de mim direito.

Sinto a parede gélida em minhas costas e fecho os olhos quando ele coloca os dois braços ao meu lado apoiando-se na parede.

- Não respondeu a minha pergunta - diz roucamente em meu ouvido, minha boca fica entre aberta e só percebo que estava prendendo a respiração quando ele se afasta.

- Não queria ficar as custas do meu pai, satisfeito? - as palavras saem no automático.

- E do que o seu pai trabalha.

- Isso é confidencial. - droga ele não pode descobrir que que irei inventar? Eu sou péssima mentindo.

- E porque seria confidencial? - ele vem se aproximando e minha respiração começa a ficar acelerada. Merda não consigo raciocinar com ele tão perto assim. Mas que droga tá acontecendo comigo?

- Porque ... Porque... você não pode me obrigar a dizer o motivo isso é invasão de privacidade.- falo saindo de perto dele.

- Se eu quiser eu posso e de uma forma não tão delicada e bem mais dolosa. - engulo seco outra vez.

- Você não ousaria!

- Quer pagar para ver? - ele cruza os braços e solta um pequeno sorriso lateral.

- Você é cruel. - não tenho outra saída- okay se eu disser você tem que me prometer que vai guardar segredo se não eu sumo daqui com o Nick e você não o encontrar nunca mais. - acho que falei merd...

- Se você tocar no meu filho eu te mato - ele diz com a mão no meu pescoço me imprenssando na parede.

Dou uma joelhada em sua virilha e em seguida um empurrão no seu peito. Nunca pensei que usaria defesa pessoal.

- Como você .. Mas que porra filha da puta, Aurora, logo uma joelhada!? Vai ter que explicar isso também!- só faço cagada, porque fui arrumar emprego mesmo?

- Não prometeu segredo.

- Blz?!

- isso não é prometer.- ele passa as mãos no rosto segue entre seus fios de cabelos puxa a cadeira e se senta a minha frente puxando outra com o pé ele manda eu sentar.

- bora fia começa a falar tenho o dia inteiro não e também não sou x9.- além de tudo é ignorante reviro meus olhos e me sento.


~CAFAJESTE~Onde histórias criam vida. Descubra agora