Surpresa!

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Yunho realmente havia se entregado. Moonbyul o pegou pelo braço e o amarrou na terceira lacuna. “Espero que isso seja um truque!”. Yeosang se sentou novamente. Estava com a faca que havia me cortado em mãos. Ao ver que eu estava o encarando, ele limpa o sangue da faca em sua calça preta e a entrega novamente para Moonbyul. Yunho estava se ajeitando no chão. Como se ele pudesse, de alguma forma, ficar confortável:

- Até que pra uma mulher... Você amarra bem forte hein! – Yunho diz tentando provocar Moonbyul, mas ela o ignora. – E aí? Cheguei tarde? Perdi alguma coisa?

- Se você não calar a boca, vai ser o primeiro a morrer! – Yeosang fala ríspido.

- Nossa, mas já estamos assim? Só estou curioso! – Yunho revira os olhos. “O que você está aprontando?”

- Até quando você vai ficar brincando com a gente hein? – Hongjoong pergunta.

- Até quando eu achar necessário.

- Isso vai demorar. – indaguei – Por que não me mata logo?! – disse batendo com a cabeça na lacuna.

- Aí não teria graça! – Yeosang responde e o seu celular toca. Ele o pega em seu bolso e atende uma ligação.

- Ah que ótimo! – ele falava com um sorriso amargo em sua face – Quer dizer então, que a nossa preciosa S/N nos entregou o Mingi de bandeja?

- Não faça nada com ele! – disse me revirando no chão. Não queria que ele o machucasse.

- Bem... Quero que ele veja a S/N pela última vez, então eu acho que uma transmissão seria uma excelente ideia. – “Cretino” Não aguentaria ver Mingi machucado ou acorrentado.

Yeosang desliga o seu celular e levanta de sua cadeira. Devagar ele vem em minha direção novamente e segura o meu rosto com a sua mão esquerda. Ele queria ver o meu desespero, a minha dor e a minha angústia. Se divertia ao ver todo o meu sofrimento no meu olhar. O encarei com todo ódio acumulado. Yeosang não era mais o meu melhor amigo, nunca se preocupou comigo de verdade. Havia se transformado em um maníaco com sangue nos olhos e ódio no coração. Tomei forças e cuspi em sua cara. Ele não se moveu de imediato, mas não hesitou em dar uma risada abafada e se aproximar ainda mais. Chegando perto o suficiente para colocar os seus lábios próximos ao meu ouvido, Sang sussurra:

- Se você tivesse me escolhido, nada disso teria acontecido pipoca! – ele apertou o meu rosto a ponto de deixar marcas e depois o soltou com força para o lado esquerdo.

Sang se levantou, ajeitou o cabelo e saiu do galpão. Ao fazer isso eu pude respirar mais tranquila. Moonbyul ainda estava na sala, mas era como se não estivesse. Ficava brincando com as facas e espadas em cima da mesa. Ela estava de costas para mim, dava para ver nitidamente a sua tatuagem agora. Maldita tatuagem. Maldito número vinte que me perturbou tanto nos últimos dias. Com toda certeza, se eu sair desta viva, esse número vai se tornar um trauma na minha vida. Ou melhor, já se tornou. Um barulho de notificação é escutado. Vinha de um aparelho que Moonbyul carregava no bolso de sua calça. Ao escutar, a mesma desliga o aparelho e também sai do galpão. “Estamos sozinhos enfim.”:

- Hongjoong você está bem? – perguntei me virando para o meu ex namorado acorrentado ao meu lado.

- Já disse pra você não se preocupar comigo! – ele disse em um tom baixo.

- É, não se preocupe com ele! – quase tinha me esquecido de Yunho. Me virei para ele e o encarei aliviada. “Teria ele um plano para nos tirar daqui?”

- Sr. Jeong, como vamos sair daqui? – perguntei esperançosa.

- Não vamos! – ele respondeu calmo.

Uma bela mentira - ATEEZ (VOL.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora