Notícia inesperada

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Não demorou muito para a porta do quarto de Yeosang se abrir bruscamente. Ele saiu tão rápido, que nós quase nos trombamos no corredor:

- Ah, S/N! O que aconteceu? Você está bem? – não pude conter as minhas lágrimas ao vê-lo. Comecei a chorar sem explicação alguma. Sang, ainda sem entender o que havia ocorrido, me abraça forte com o intuito de me consolar novamente. – Está tudo bem. Eu estou aqui, não tem com que se preocupar pipoca. – desta vez o apelido não havia feito surgir efeito algum, mas Yeosang havia me acalmado.

Seu corpo é quente, mesmo em uma manhã tão fria. Sinto que poderia adormecer em seus braços a qualquer minuto. Quando ele percebe que eu estou mais tranquila, gentilmente me pega pelos ombros e me olha. Seu olhar é tão tranquilizador quanto um campo de rosas. Yeosang passa seus dedos em minhas bochechas se livrando das lágrimas em meu rosto. Um toque delicado e gentil. “Por que Sang me parece tão atraente de repente?”. Como posso estar pensando nisso em uma hora dessas? Eu realmente não sei o que está acontecendo comigo. Ele abaixa as suas mãos e segura as minhas bem forte:

- Está mais calma agora? – assenti com a cabeça. – Então vamos descer, tomar um café e somente depois você me conta o que houve. Tudo bem?

- Mais Yeosa...

- Sem mais senhorita Pipoca. – diz tocando o meu nariz com o seu dedo indicador – se você não estiver bem, de nada vai adiantar você me contar o que houve. – Sang ainda não havia largado a minha mão. Assim ele me puxa em direção as escadas para descermos e tomar o nosso café. Não sei ao certo, mas ao focar em nossas mãos entrelaçadas, o meu coração começa a bater mais rápido.

Chegamos na cozinha e a sua empregada já havia preparado tudo. Um verdadeiro banquete antes das seis da manhã. Não pude deixar de olhar para tudo aquilo como uma criança em frente a uma vitrine cheia de doces. Estava faminta. Yeosang largou a minha mão e puxou a cadeira para que eu pudesse sentar. “Esse homem...como ainda pode estar solteiro?”. Uma pergunta muito íntima para o café da manhã. Balancei a minha cabeça para poder me livrar desses pensamentos logo de manhã. Sang estava sentado do meu lado, pegou a jarra de suco e começou a me servir:

- Obrigada! – digo pegando o copo.

- Muito bem mocinha. Acho que agora você pode me contar o que houve! – ao ouvir isso, pego o meu celular no bolso da minha blusa rápido demais, abro na notícia e entrego ao Yeosang ansiosa pela sua resposta. Ele lê o artigo quase inteiro e só depois me responde – Está insinuando que Hongjoong e Mingi estão envolvidos nesse incêndio?

- Não estou insinuando nada, eu tenho certeza! O que mais explicaria os dois naquele bar ontem a noite? Fora isso, o Hong havia chego em casa muito rápido noite passada. Deve ter ido... – as palavras saíram amargas da minha boca – botar fogo no local e... Se livrar do dono por alguma razão pessoal. – a última coisa que eu queria naquele momento, era que essas palavras fossem verdadeiras.

Yeosang me escuta atenciosamente, mas não diz uma única palavra. Ao invés disso, ele se levanta e segue em direção as prateleiras de cima. O sigo com o meu olhar sem entender a sua reação. Não demorou muito para que Yeosang voltasse com uma tigela cheia de biscoitos de chocolate. Ele abre a tigela, se apoia na mesa diante de mim e me oferece acabando com o silêncio enfim:

- Vamos pegar uma roupa pra você trocar...– ele pausa para dar uma mordida no biscoito. Não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas segui o seu exemplo e também peguei um de dentro da tigela. – Entrar no carro... – mais uma mordida. “Desembucha!” É o que quero gritar, mas ele prossegue novamente. – E investigar aquele bar antes de irmos trabalhar! – acabo me engasgando com o que ele tinha acabado de dizer.

Uma bela mentira - ATEEZ (VOL.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora