Três meses. Três meses, doze dias e quatro horas observando a humana. Todo esse tempo e o idiota aqui não foi até ela. A garota até que daria uma não refeição, mas eu não conseguia vê-la assim. Por que? Caius Volturi está sucumbindo? Onde está aquele líder do qual todos tremiam só de ouvir falar o nome?
Durante esse tempo, todos os dias no mesmo horário, ela aparecia e então, a mesma rotina de sempre. Ela se sentava na mureta da fonte, observava o movimento do mercado, tirava seu caderno da bolsa e o abria em uma folha limpa, e então olhava o castelo. Eu me escondia por um minuto para depois voltar a observar o que ela desenhava, na maioria das vezes as estátuas da estrutura do castelo, bocas com presas, olhos selvagens, tudo que envolvesse o sobrenatural.
Aquilo me intrigava. Queria poder ir até ela, mas se levarmos em consideração que Volterra só não tem sol a noite, pois até no inverno ele dá o ar da graça, e ela nunca está por aí de noite, isso seria impossível. E como eu disse anteriormente, eu não conseguia vê-la como refeição.
Por quevocê tinha que me intrigar tanto, humana?
Suspirei profundamente, encarando a garota sentada no mesmo canto de sempre. Isso nunca mudaria.
— Intrigado, irmão?
Olhei para minha esquerda de canto de olho, voltando a me concentrar no alvo anterior. Dei levemente de ombros.
Eu:Por que diz isso, irmão? [Perguntei com desdém] Marcus:Está olhando fixamente para a mesma garota a dias. Vai acabar ficando obsessivo. [Alertou com sua voz monótona]
Virei a cabeça, encarando Marcus com seriedade. Não queria ter que ouvir a voz de um depressivo, mas ele estava certo. Eu jáestavaobsessivo.
Marcus intercalou seu olhar entre mim e a humana com uma atenção absurda, atenção essa que ele só dava em um determinado momento.
Eu:Pode parar com isso. [Alertei com um tom sério] Marcus:É muito forte. [Disse ainda intercalando os olhares] Ela... Eu:Nem ouse falar isso! [Exclamei dando um passo pra frente] Marcus:Não pode negar isso, irmão. Ela é sua companheira eterna.
Com essas palavras, Marcus sumiu. Ele simplesmente sair correndo para algum outro lugar, me deixando sozinho e já irritado. Voltei meu olhar para a janela, mas a garota havia sumido. Resmunguei fechando as mãos em punhos e marchando para meu quarto.
Eu estava realmenteobcecado!
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