CAPÍTULO 13

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CATARINA: Olha, sinceramente? Pouco me importa o que você quis dizer!- Olho ela e em seguida uma outra moça que estava no caixa- Você pode por gentileza chamar o gerente daqui?
CAIXA: No momento ele não se encontra senhora, no que eu posso te ajudar?- Ela me fala bem calma e isso só vai me irritando mais e mais-
CATARINA: Ah, não está?- Ironizo- Pois bem! Faz o contrato do vestido pra eu devolver amanhã e eu quero que esse gerente esteja aqui, porque eu acho que ele não deve saber as pessoas de má índole que ele coloca pra atender dentro do estabelecimento que ele gerencia!- Fala um pouco mais alto, a moça do caiza se assusta e eu caio na real, ela não tem culpa alguma disso, respiro fundo e tiro o cartão da bolsa. Fico com tanta raiva que não consigo se quer olhar mais pra mulher que havia me atendido. A caixa fez tudo as pressas e me entregou o vestido e o contrato em pouquíssimo tempo. Insiro o cartão na maquininha, digito a senha e pego tudo de volta com bastante raiva e ainda prendendo o choro e saio da loja o mais rápido que eu podia, me sento na calçada enquanto aguardava o Uber de volta e fico incrédula de que aquilo realmente tinha acontecido. O Uber chega, entro e paro de prender todo choro que estava entalado na minha garganta. Que cidade do cão era essa que as pessoas conseguem olhar pra outra e achar que tem autonomia suficiente para definir se eu posso ou não pagar por algo. Nego com a cabeça com um sentimento de indignação, raiva, culpa por não ter falado mais coisas que ela merecia ouvir.

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