CAPÍTULO 42

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- Saio meio apressado de casa, final de semana em hospital sempre foi um caos. Pego minhas coisas e saio sem nem bebericar o whisky, compro um café no caminho e agradeço mentalmente por ser um hospital próximo e chego. De todos os segmentos da medicina, tenho certeza que um dos mais complicados era a administração hospitalar, era essa a área que César, meu amigo escolheu seguir. Ter que tomar decisão por um paciente é complicado, mas ter que tomar por um hospital inteiro me parecia quase impossível. Cumprimento ele sorrindo e ele me instrue para o consultório que eu iria, entro na sala, me sento e ele se retira. Me estico na cadeira e já chamo o primeiro paciente-
👩🏾CATARINA👩🏾
MURILO: Bom, chegamos!- Ele fala estacionando o carro no prédio e eu saio ainda com um pouco de dificuldade pela queda, meu punho não parava de doer e isso já estava me preocupando um pouco. Caminho para o elevador e entro sozinha, ele nem se quer havia descido do carro, acionei o botão do andar e pude ver, antes mesmo da porta se fechar, o carro dele sair novamente pelo portão da garagem. Volto à chorar e me encosto no elevador, eu nem tinha coragem de me olhar no espelho, desço do elevador e percebo que não tinha tirado nada do congelador para o jantar. Lavo minhas mãos, pego pão, frios e suco na geladeira, tudo com uma mão só pelo punho que ainda doia muito. Fungo, já não sabia se era pela chuva ou por algum futuro resfriado, preparo um pão, mas antes de comer vou direto para o banho. Não demoro, nunca fui fã de gastar demais, aprendi desde pequena que as coisas custam caro demais para não economizar, visto um pijama e pego o celular, Murilo nem se quer se deu ao luxo de me mandar uma mensagem.

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