CAPÍTULO 66

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- Pego no sono já de madrugada, quando meus olhos já não aguentava mais de tão inchados. Acordo no dia seguinte com o barulho dos talheres batendo na cozinha, meus olhos estavam pesados e eu me esforço para levantar do sofá. Respiro fundo, faço um coque no cabelo e olho para a cozinha. Ele estava fazendo café como se nada estivesse acontecendo, me levanto e caminho para o quarto torcendo para ele não dizer nada, mas a cara de pau dele foi maior que a minha vontade de não dizer nada-
MURILO: Bom dia?- Eu me viro, mordendo o lábio de raiva e olho ele com muita raiva. A cozinha estava toda arrumada, com um buquê de flores em cima da mesa, eu só me lembro dele ter feito isso quando ainda estávamos em Minas, ajeito minha roupa e encaro ele- Eu queria te pedir... perdão. Eu fiz merda, eu sei- Ele pega o buquê e caminha na minha direção, meu peito gela e isso me causa ainda mais raiva- Eu bebi ontem e acabei passando dos limites, mas eu estava sob efeito do álcool, Ca. Me perdoa, de coração,  eu juro que isso jamais vai voltar à acontecer! - Os olhos dele marejam também e isso me desmonta, eu poucas vezes vi o Murilo chorar, isso me parecia ser de coração, mas a cena da noite anterior não saia da minha cabeça, fico quieta, não respondo e ele se aproxima ainda mais, me puxa pela cintura e cheira meu pescoço, eu fecho os olhos, respiro fundo e me esforço para sair dele. Dou um passo para trás e ele me olha-
MURILO: Tudo bem, sei que o que eu fiz foi mega errado... Só aceita as minhas flores ao menos, pode ser?- Ele estica o buquê pra mim, seguro, concordo com a cabeça e entro para o quarto-

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