PAMELA: Veio acompanhar o amado no serviço hoje?
MURILO: Ela...- Ele ia falar, mas eu o interrompo, falando em um tom um pouco mais alto que ele-
CATARINA: Eu vim trabalhar!- Falo seca e direta-
PAMELA: Nossa, mas a mulher do chefe trabalhando?- Ela junta as sombrancelhas, ainda me olhando com o mesmo ar de antes, agora num tom mais irônico-
CATARINA: É que...- Falo um pouco mais alterada e essa foi a vez do Murilo interromper o nosso diálogo-
MURILO: Bom, isso são questões de cunho pessoal e eu acredito que isso não seja do teu interesse, né Pamela?- Ele pergunta, mas num tom de afirmação e ela apenas assente com a cabeça, perdendo toda a postura de soberba de antes. Prendo a risada por ele finalmente ter me defendido e ter dado uma dura nela-
PAMELA: Me desculpa, chefe. O senhor precisa de algo?- Ela coloca as mãos pra trás como se fosse uma mera criada. Como pode alguém se rebaixar assim? Revirei os olhos e ela continuou ali, esperando ele ditar a próxima ordem-
MURILO: Separa pra mim os retornos de hoje e entre em contato com o supervisor do setor se frios, quero falar com ele!- Ele faloude forma autoritária e se senta na cadeira-
PAMELA: Ok, mais alguma coisa?- Olha ele após anotar tudo em um bloquinho-
MURILO: Manda chamar uma das meninas do caixa para auxiliar a Catarina com as instruções!- Ela concordou com a cabeça, anotou tudo e olhou ele logo em seguida- Só isso mesmo, pode sair!- Fala de forma seca-
PAMELA: Com licença! E tenha um ótimo dia...- Ela sorri assentindo com a cabeça e se vira pra mim, fechando o sorriso-... O senhor vai precisar!- Ela prende o riso e eu me controlo ao máximo, respiro, engulo seco e ela se retira-
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Refúgio
أدب الهواةTer que escolher entre o amor da sua vida e sua faculdade foi a decisão mais cruel que Catarina precisou tomar sobre o seu futuro. Ela, que sempre foi uma pessoa que pensa, antes de tudo, com o coração, não mediu esforços para deixar toda a sua vida...