CAPÍTULO 64

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MURILO:Me conta a verdade!- Ele fala apertando meu braço e meu olho enche de lágrima na mesma hora-
CATARINA: Que verdade, Murilo? Me solta!- Falo prendendo o choro-
MURILO: Você tá me traindo? Por que você tá me negando dessa forma?
CATARINA: Eu só não quero transar com você! Eu não tenho obrigação de fazer isso, e se pra você eu sou apenas um pedaço de carne, que você usa a hora que bem quer, pode voltar para onde estava! Seja lá onde for! Não tente jogar a culpa pra cima de mim para massagear o teu ego e fazer com que você não se sinta culpado por me deixar aqui sozinha todos esses dias, por chegar tarde e até mesmo bêbado! Que tipo de reunião é essa que você chega à essas horas em casa? Será mesmo que sou eu quem estou traindo, Murilo?- Falo em lágrimas e ele fica vermelho de raiva, aperta ainda mais o meu abraço e eu aperto os olhos, sentindo muita dor. Ele me joga sobre a cama e eu choro com o cabelo sobre o rosto, sem vontade nem se quer de me levantar. Percebo quando ele caminha para o banheiro e bate a porta, em seguida soca a mesma e eu me assusto na cama. Eu estava me sentindo horrível e não só o braço doía, como o corpo todo. Me levanto com as poucas forças que ainda me restavam e enxugo as minhas lágrimas e pego um cobertor, um travesseiro, meu celular e vou para a sala com dificuldade. Eu não fazia idéia de como agir dali pra frente, eu só queria meus pais, minha faculdade, minha vida de volta, isso não estava nem perto de como eu imaginava viver aqui em São Paulo e isso me deixava tão frustrada que meu até meu peito doía.

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