Alice
... Um mês depois...
- Filha você sabe que as portas estarão sempre abertas para você. – Minha mãe fala ao me abraçar.
- Eu sei mãe, mas agora eu preciso ir, assim que chegar mando notícias. – Digo pegando minha mala. – Beijos filhão, hummmaá... – dou um beijo bem estralado em Arthur que pede para largá-lo. – até mas mamãe. – digo me despedindo dela.
Entro no carro e vou para meu novo endereço, depois do que aconteceu com Dylan e eu, fiquei um tempo na casa da minha mãe para me reorganizar. Aluguei um apartamento no centro da cidade, pois será mais fácil conseguir um bom emprego por lá. Arthur irá ficar com minha mãe enquanto não consigo uma babá para ele. Como ela está sozinha com Flora, ele se voluntariou para ser o homem da casa para protegê-las.
Consegui uma entrevista para o dia seguinte como secretária, em uma das empresas mais conhecidas em Kansas City e confesso que estou ansiosa. Durante todo o percurso não paro de pensar em como será minha vida de mãe solteira. Confesso que o medo vem a minha mente as vezes, mas tendo desvia-los para que eu não recue. Agora vou viver minha vida, e dedicar meus dias a meu filho. Buscar o que for melhor para ele.
- Lar doce lar – digo ao entrar e contemplar minha nova casa, que em breve terá uma mobília descente e meu pequeno homem para preencher esse vazio. Me sinto realizada por ter algo que eu consegui com meu esforço, durante esses três anos vivi na dependência de um homem pra tudo, e agora ninguém mais irá ditar as regras pra mim.
Com todas as malas no apartamento, organizo algumas coisas. Começo pelo quarto de Arthur que irá vir de tempos em tempos me fazer companhia. O quarto dele é pequeno, tem espaço para uma cama, guarda-roupas e um espaço para colocar os brinquedos dele. Nada se compara ao antigo quarto dele, que era maior, porém com o tempo a gente se adapta. Depois a decoração é no meu quarto, procuro algo mais aconchegante e que me traga um ar moderno e delicado.
O dia passa rapidamente, depois de tudo pronto me jogo na cama como um tronco de arvore recém cortado, ouso o bip e olho no meu celular e – ai droga! - lembro que devia ter ligado para minha mãe assim que cheguei. Fico de pé com apenas um salto, pego o celular e disco o número de mamãe.
- Mãe? – digo.
- Oi meu amor, fiquei preocupada.
- Me perdoe mãe, cheguei bem e estava tão ansiosa para colocar minhas coisas no lugar que perdi totalmente a noção do tempo. – digo e completo – e Arthur como está?
- Ele está bem, Flora foi colocá-lo para dormir, quer que eu o chame?
- Não mãe, tudo bem, já esta tarde e ele precisa descansar. – digo olhando a hora pelo visor do celular que marcam nove horas. – Amanhã eu ligo e falo com ele para contar as novidades.
- Nossa filha tinha me esquecido da sua entrevista, está nervosa?
- Olha mãe, agora que a senhora tocou no assunto, estou um pouco sim. Passei o dia inteiro tentando não pensar nessa bendita entrevista, mas não consegui. - Digo com a mão na cabeça.
-Alice querida, é super normal se sentir assim para algo novo, uma casa nova, um lugar novo e agora uma vida nova. – ela suspira - tenta descansar agora amor que amanhã você estará melhor. – completa.
- Obrigada mãe – digo e finalizo a ligação.
Escolho uma roupa aconchegante para dormir, vou ao banheiro e tomo um banho bem demorado, a água percorre meu corpo e o peso do cansaço se vai pelo ralo, o vapor encobre todo o banheiro e o ar quente me deixa relaxar.
Me lembro do sexo que fiz com Dylan no banheiro de casa, esses pensamentos me fazem viajar naquele momento, fecho meus olhos e as lembranças faz com que eu deslize uma das mãos fazendo com que eu me excite ainda mais. As lembranças são claras...
...
- Nossa Dylan, que susto. – digo após ser surpreendida no chuveiro.
Ele fica na porta do box com os olhos fitados em mim. – O que você quer? – pergunto e a resposta dele foi vê-lo nu na minha frente.
- Quero você! – ele diz vindo em minha direção e apertando minha cintura.
Sinto meu corpo amolecer com o toque de suas mãos, meus seios se enrijecem respondendo a cada movimento, ele por de traz de mim me fez sentir seu membro já ereto me fazendo entender que ele quer algo que eu não resisto a ele. Então me viro e olho nos seus olhos, vejo a excitação que o consome, ele me beija, nossos corpos se unem molhados e deslizam um no outro, apenas suspiros e gemidos podem ser ouvidos do lado de fora.
...
Volto a realidade com um orgasmo após meu momento íntimo. Termino de tomar meu banho, coloco meu roupão e a tolha nos cabelos. Vou para o quarto e coloco as roupas que havia escolhido para dormir e seco meus cabelos.
- Ótimo, agora Alice vá dormir! – digo a mim mesma enquanto me deito.
No dia seguinte...
Ao som do despertador, um lindo dia começa lá fora, o sol brilha e mais uma vez sou visitada por ele. Me levanto, vou ao banheiro tomo meu banho e começo a me vestir, coloco uma calça jeans, uma blusa branca com um pequeno decote que realça meus seios, um blazer preto, um salto scarpin preto. Uso meus cabelos longos e soltos com alguns cachos nas pontas, passo uma maquiagem que marca meu olhar e me lembro de colocar o colar de esmeralda que meu pai me deu, ele me traz sorte.
...
- Filha! – meu pai me chama. – minha pequena filha está crescendo. – O olhar de ternura dele me faz sorrir.
- Sim papai, quinze anos hoje, estou tão feliz. – digo
- Sim, já está uma moça. Escute meu amor. – ele pega uma caixinha. – Tenho um presente para te dar... e este presente quero que lembre-se sempre de mim, pois te trará muita sorte.
- Sim papai! - Eu não aguento de curiosidade. Ele abre a caixinha devagar e quando vejo aquele lindo colar, sinto uma emoção que não me contenho e choro.
- É uma esmeralda, linda que guardei para você. Era da sua avó, e como ela não teve uma menina, pediu para que eu entregasse a minha filha. Este colar passou por gerações, e agora chegou o seu momento meu anjo. – disse meu pai com os olhos marejados ao lembrar-se da minha avó.
...
Minhas lembranças me levam longe e a saudade aperta no peito, uma gota de lágrima escorre no rosto e um suspiro de quem sente saudade escapa dentre os meus lábios.
-Saudade papai- suspiro baixinho passando os dedos no colar enquanto o olho no espelho. - Vamos lá Alice! - Digo e ergo a cabeça.
Com minhas chaves e bolsa na mão saio do meu apartamento com o pé direito e vou em direção ao carro. Procuro o endereço no meu celular e sigo meu caminho. – Deve ser aqui? – pergunto a mim mesma, confiro outra vez o endereço e estava certa. Eu estava no horário, então me apresei, estacionei meu carro e parei em frente uma Starbucks. "Não Alice, agora não dá tempo" Penso olhando para a linda fachada que me chama atenção, eu precisava tomar um café antes. – Vamos lá, não vou demorar nada. – Digo e entro.
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Caminhos Cruzados Desejos Ocultos
Любовные романыSinopse. A vida é a única historia sem esboço, escrita por nos mesmo todos os dias, sem sabermos como e quando será o final. Sabemos apenas dos registros do passado, mais o futuro é uma surpresa. Duas pessoas totalmente diferentes, duas mentes, do...