Dener
Acordo ao som do telefone. - merda! - digo enquanto abro os olhos devagar, estendo a mão e pego meu celular que não para de tocar sobre o criado-mudo ao lado da cama. Vejo no visor a foto do meu irmão e me lembro que tenho uma reunião importante com ele e os sócios da empresa. Coloco uma das mãos no meu rosto, pois a brecha entre as cortinas permite que a luz do dia passe por meio delas, e ilumine bem nos meus olhos.- Alô!- atendo de pressa.
- Dener onde você está? - diz Matt, nervoso.
- Mano eu não sei. - digo a ele a verdade, eu realmente não sabia onde estava e este não era o meu quarto, sinto que não estou sozinho. - Mais vou descobrir! - digo olhando para a loira que dormia ao meu lado.
- Depressa Dener, os sócios já estão aqui, e papai pode chegar a qualquer momento. - diz Matt finalizando a ligação.
Tu.tu.tu....
Entendi o motivo do nervosismo de Matt, o nosso pai, ou melhor, dizendo, o Sr. Steven Parker!
...
Podemos dizer que meu irmão Matt, é o preferido do nosso pai, sempre certinho e responsável, o orgulho da família. Eu o considero e o respeito, acredito que até mais que meu próprio pai, pois Matt sempre cuidou de mim e me deu o carinho que não tive.
Nossa família era um exemplo de fracasso, nossa mãe fugiu com o advogado da empresa, melhor dizendo um amigo do meu pai, depois disso meu pai mudou completamente. Acredito que a raiva e o ódio o deixou amargo e infeliz, então ele se ocupava no trabalho nos deixando sozinhos, assim nossa infância foi bem difícil, apesar de todo o dinheiro do mundo, o que nos faltava mesmo era amor.
O amor e o carinho não é o forte para meu pai, e não tinha muito tempo para isso. Por isso Matt e eu somos tão unidos, apesar da diferença de oito anos de idade nos damos muito bem, mais esse medo que ele tem do nosso pai me dava nos nervos.
Do meu pai nunca tive medo, por isso ele me odeia tanto. Todos tremem quando ele está por perto, acharia até interessante se por acaso um dia , as pessoas tivessem esse medo de mim também. A sensação de poder deve ser muito boa. Ter todos submissos a mim.Bom deixe me apresentar, me chamo Dener Parker e me considero um homem de sorte. Aos 33 anos de idade já possuo bens que um trabalhador que recebe um salário mínimo, levaria anos para conseguir. Mais não no meu caso, sendo filho do Sr. Steven Parker, dono de uma empresa que lucra mais de cem bilhões de dólares por ano, posso dizer que dinheiro não me falta. Aliás, sempre tive tudo o que quis, aproveito cada centavo que ganho, tudo o que desejo eu tenho, e ninguém diz não para mim, até porque, quem negaria dinheiro não é mesmo.
...Levanto devagar para não acordar a loira. E que loira! "Me dei bem essa noite!" penso enquanto olho pra ela com atenção, seu rosto está sobre o travesseiro de forma delicada, seus traços deixavam seu semblante calmo. Desço meu olhar e vejo que seu seio direito está amostra enquanto o esquerdo está coberto com o lençol branco que percorre o resto do corpo e passa por baixo de uma das pernas dobradas sobre o colchão. Uma parte de suas nádegas também esta amostra, e percebo uma leve marca avermelhada sobre ela. Espero não a ter machucado enquanto transvasamos. Tento me lembrar exatamente o que aconteceu na noite passada mas, desisto, não tenho tempo para isso agora.
Olho em volta do quarto pra ver se encontro uma porta que indique o banheiro. O quarto é bem grande, observo que tem algumas roupas pelo chão, camisinhas espalhadas, tudo meio bagunçado. - Parece que me divertir muito! - Logo vejo uma porta entre aberta, e sigo em direção a ela, minha intuição diz que é o lugar. Entro e estava certo, o banheiro era bem iluminado e um pouco menor que o quarto, á minha frente tem uma banheira que caberia duas pessoas, mas não daria tempo para me relaxar nela agora, logo avisto em minha esquerda um box com dois chuveiros, entro rápido e o ligo. A água está perfeita, a temperatura ideal, o vapor cobre o banheiro com uma leve neblina que me impede de ver qualquer coisa que aconteça fora do box. Saio satisfeito do banho com o perfume do sabonete, me enrolo na toalha que esta sobre o toalheiro e me envolvo secando parte do meu corpo. Paro em frente ao espelho e uso uma das mãos para desembaça-lo, o calor fez isso com ele. Me olho e analiso meu rosto, vejo um barbeador sobre a cuba e faço a barba que está querendo aparecer. - Agora sim estou apresentável. - Digo.
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Caminhos Cruzados Desejos Ocultos
RomanceSinopse. A vida é a única historia sem esboço, escrita por nos mesmo todos os dias, sem sabermos como e quando será o final. Sabemos apenas dos registros do passado, mais o futuro é uma surpresa. Duas pessoas totalmente diferentes, duas mentes, do...