O Encontro

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Dener 

A noite passada foi conturbada, com a despedida do meu pai e de Matt, os convidados inconvenientes e os sócios, a empresa que a partir de hoje irei eu tomar as decisões, não preguei os olhos por nada e acordei mais cansado do que já estava. – droga! – digo quando ouso o despertador tocar. A falta de sono me deixa irritado, e com zero por cento de paciência, já são 07h00min da manhã e aqui estou de pé, estou me sentindo um verdadeiro trabalhador. Tomo meu banho e consigo relaxar um pouco, a água me acalma, e viajo ao ouvir o som dela caindo sobre o chão. Termino minha higiene pessoal e visto meu melhor terno, hoje irei realizar algumas entrevistas com Cecília para o cargo dela, então tenho que estar apresentável para as moças.

Odeio ter que fazer este tipo de trabalho, mais Ceci insistiu que eu devia tomar parte na seleção da secretaria, até por que eu que iria conviver com ela.

Desço até a sala e vejo a governanta conversar com meu motorista.

- Bom dia Miranda, Oliver! – digo para ambos. Miranda foi contratada faz um bom tempo, responsável por organizar tudo para meu pai, distribui as tarefas para os outros empregados e fiscaliza para que nada falte. Ela é os olhos do meu pai aqui dentro.

- Bom dia Denner, seu café já está servido. – diz ao me levar até a sala de jantar.

- Miranda, não precisa desta formalidade toda comigo, sou eu o Denner de sempre. – digo sério.

Agora que meu pai e Matt foram para o México, sou o dono desta mansão também, acho que seja por isso que ela está me tratando como meu pai.

- Me desculpe Denner, é que... – ela mal termina de falar e uma das empregadas entra com o meu café.

Faço minha refeição e aproveito para conversar com Miranda, ela me passa todos os detalhes dos serviços que seriam realizados hoje e me pede algumas permissões.

Depois do café, meu motorista espera na porta da frente, pego minha maleta e o acompanho até o carro. Estou tão desacostumado em ter um motorista que eu mesmo faço questão em dirigir, ele apenas me acompanha.

Ao chegar à empresa, saio do carro e caminho até a entrada, estava indo tudo muito bem, quando sinto alguém me esbarrando, e um calor em meu peito, me fez sentir dor.

- Droga! Olha por onde. – grito para a mulher que acaba de derramar café quente em mim.

- Desculpe ! - diz a morena tentando limpar o líquido da sua roupa.

- Preste atenção no caminho mocinha! – eu já estava atrasado, e não poderia voltar para casa, teria que ir para empresa daquela forma.

- Eu já pedi desculpa, não te vi mais você me viu, por que não desviou? - diz – tenho uma entrevista hoje não posso ir assim.

- Não é problema meu! Com licença, tenho assuntos importantes para resolver, ficar discutido com qualquer uma não estão nos meus planos.  – digo olhando o relógio.

Assim que termino de falar, sinto um arder em meu rosto.

- Quem você pensa que é garota?- digo furioso.

- não importa quem eu seja,você tem que me respeitar. – diz a morena furiosa.

Mesmo depois de ter levado um tapa, começo a notá-la. Ela tem olhos penetrantes e me atraem de uma forma inexplicável.

- o quê foi? – ela pergunta desconfiada.

Eu não digo uma palavra, apenas continuo observando seus traços. A expressão meiga e delicada me fez sentir compaixão por um momento. Ela estava toda molhada de café, e eu não podia fazer nada.

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