Jantar

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Alice

Meu lado materno falou mais alto, a única coisa que consegui sentir de Denner era pena. Ele baixou a cabeça, peguei um copo de água e por impulso entreguei para ele. Minha mão sobre o seu ombro o fez assustar com minha presença. Ele deu apenas um gole e colocou o copo na mesa.

- Obrigado! – disse.

Assenti com a cabeça e peguei o copo, sai da sala e fui ate minha mesa. Cecilia estava pegando as suas coisas.

- Alice preciso ir com Matt, consegue cuidar das coisas por aqui? – pergunta.

- Sim, claro pode ir! – digo.

- Preciso preparar as coisas para o jantar de hoje que... – ela respira fundo e depois volta a falar. - ... não será nada fácil pelo jeito. – Sorrio concordando. – A proposito você não gostaria de ir para me fazer companhia? -pergunta.

- Eu? – digo sem jeito.

- Sim, você mesma. Diga sim, por favor.

- Está bem, obrigada pelo convite. – Digo e sorrio.

- Obrigada você, agora tenho que ir, nos vemos mais tarde. – Ela se despede e sai pegando o elevador.

Sinto um frio na barriga, nunca fiquei tão perto de pessoas importantes. – Como irei, se não sei o endereço? -me pergunto.

- Comigo! – uma voz masculina ecoa sobre o ambiente. Max diz encostado em minha mesa.

- Não vi você ai. – Digo me virando para ele.

- Eu faço isso com as mulheres. – diz

- O que? – pergunto.

- Surpreendo-as. – ele sorri.

- Hum. – Murmuro.

- Não pude deixar de ouvir a conversa, te pego as oitos? – pergunta.

- Sabe o endereço? - pergunto.

- Claro!. – diz se afastando. – Nos vemos as oito, princesa.

Max se vai pegando o elevador. Em minha mesa começo a trabalhar, me sinto feliz pelo convite e nervosa com o que irei vestir para aquela noite. O telefone toca.

- S.M Parker, Alice Boa tarde! – atendo.

- Alice, sou eu Matt.

- Posso ajudar Matt. – Pergunto.

- Sim, por favor não deixe Dener sozinho, estou preocupado com essas dores que ele anda tendo, veja se ela não precisa de um remédio por favor. – diz.

- Claro. – Digo.

- E diga a ele que preciso falar com ele antes do jantar, obrigado! – Finaliza.

Me levanto e caminho até a sala de Dener, o chamo, mas não ouso nada. Descido entrar, me deparo com ele debruçado sobre a mesa, seus braços apoiam sua cabeça. Sinto ele respirar mais forte. " Tem algo errado com ele." Penso. Me aproximo de sua mesa e fico em pé em sua frente.

- Dener! – digo chamando sua atenção, isso faz com que ele tome um leve susto por me ver.

- O que faz aqui? – pergunta.

- Bati na porta e o senhor não atendeu, então entrei. – Observo por um estante, seu rosto está pálido, e parece soar dentro da roupa. – O senhor não está bem! – afirmo.

- Não tem que se preocupar comigo. – Ele diz desviando o olhar.

- Então não está mesmo bem. Onde está doendo? –questiono preocupada. – é sua cabeça?

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