Capítulo 34: Beijos e Confrontos

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Enquanto Afrodite de Peixes arrasava ao som de Nick Ménage, Shiryu e Shunrei deram uma escapada para esquentar a noite. Shun tomou coragem e chamou Hyoga para conversar do lado de fora. Quando deu por si, Saori já estava sozinha.

—Me concederia a honra de uma dança? —Disse uma voz masculina conhecida.

—Jabú? —Saori olhou pros lados e nem sinal do Seiya —Tudo bem.

Shun e Hyoga estavam sentados num banco no jardim.

—O que você queria me dizer, Shun?

O cavaleiro de Andrômeda estava nervoso, tinha sido tomado por impulso de sair com o Hyoga quando avistou a June, se ela fosse até ele estaria tudo perdido. Se queria ficar com o Hyoga tinha que agir agora.

—Eu... —Os olhos azuis do loiro o deixavam nervoso, ele era tão bonito que chegava ser desconcertante —Eu... Ai, como eu falo isso? Eu... —Hyoga começou a rir.

—Eu não sou cego, Shun. Deixa eu te ajudar a falar, deixe-me arrancar as palavras da sua boca —E no fim foi Hyoga a tomar a iniciativa e puxar o rosto do outro unindo seus lábios aos dele.

Não tinha como não comparar, aquele era o segundo garoto que Shun beijava, e foi imensamente melhor que o primeiro. Ele já desejara seu irmão, mas beijar o Hyoga era completamente diferente, não havia culpa e nem sentimento de algo errado, era libertador. Hyoga se afastou e disse:

—Agora você consegue falar as palavras que estavam presas? —Hyoga tinha a capacidade de fazê-lo se sentir confortável. Shun sorriu e disse a frase que antes gaguejava.

—Eu gosto de você.

Eles voltaram a se beijar e foi mágico.

Shiryu e Shunrei foram para quadra, os dois estavam se agarrando com ferocidade, quem visse a santinha agora ficaria de boca aberta.

—Eu quero que você foda meu cu com força! —De repente eles ouvem aplausos e se viram surpresos.

—Ora, ora se não é a dadeira da travessa, a depósito traseiro de esperma, ou como é popularmente chamada, a puta Shunrei.

—Shina! —Reclamou a santa.

—Pare de falar da minha namorada assim!

—Eu falo como eu quiser, punheteiro safado! —Shina estava com raiva, ela era problemática, precisava descontar suas frustações em alguém, e para o azar do casal, eles cruzaram seu caminho —Estou cansada de gente ridícula como vocês saírem desfilando pelo internato esfregando sua felicidade na cara dos outros.

Shunrei sempre fora introspectiva, não costumava se impor, sempre era a Saori e a Marin que a defendiam, mas ela já estava de saco cheio daquela cobra.

—Shina, deixa de ser recalcada. Só porque ninguém gosta de você, não precisa ser uma puta desprezível.

Shina ficou até feliz da outra tê-la feito perder as estribeiras.

—Irei rasgar a sua cara! Venha Cobra!

Shiryu se jogou com Shunrei desviando do ataque, Shina abriu uma cratera na quadra. Suas unhas estavam enormes e liberavam corrente elétrica.

—Garra Trovão! —O casal foi arremessado contra as grades. O vestido e cabelo de Shunrei estavam arruinados, Shiryu machucou o braço protegendo-a.

—Shiryu, não! Deixe-me cura-lo —O cosmo dela era enorme, mas não ameaçador, ela trazia a cura e não a dor.

—Obrigado, Shunrei. Não se preocupe, eu vou derrota-la.

—Abaixa a bola, Dragão. Eu sou uma amazona de prata e das mais poderosas.

—Fale isso para meus punhos! Cólera do Dragão!

—Venha Cobra!

Os dois ataques colidiram poderosos, faíscas e relâmpagos dançavam ao seu redor. Shunrei queria poder ajudar, estava frustrada, se sentia inútil.

—Eu... Eu queria dar uma surra nela! —Ela se lembrou das garotas e mães que apontavam pra ela a chamando de puta por ter engravidado cedo e em sua ira seu cosmo explodiu. A energia foi tão intensa que chamou a atenção dos dois.

—Do que adianta ter um cosmo poderoso se não pode usá-lo para atacar? Se quer me enfrentar, santinha, eu vou com tudo —Shina partiu em alta velocidade pra cima dela.

—SHUNREI! —Shiryu percebeu a diferença de seu poder, quando Shina disparou como um raio, ela estava apenas brincando com ele, mas agora atacaria a Shunrei de verdade.

—Presas Demoníacas! —Shunrei fechou os olhos esperando pelo impacto mortal.

—Excalibur!

Um corte poderoso partiu a quadra inteira ao meio, enormes pedaços de concreto voaram por todos os lados, o ar ficou rarefeito e ionizado, eletricidade se manifestava como se o próprio vento estivesse levando choque.

Os três alunos se assustaram diante do poder de um cavaleiro de ouro.

—Professor Shura? —Perguntou Shiryu.

—Senti um cosmo poderoso e desesperado —Ele olhou para Shunrei —Esse confronto acaba aqui. Não vou deixar vocês acabarem com a festa, então vazem daqui. Se eu ver vocês aprontando algo novamente vou expulsa-los imediatamente.

As palavras de Shura os cortavam com a lâmina de uma espada.

—Shunrei!

—Sim, professor! —Ela respondeu nervosa.

—Foi seu cosmo que me atraiu. Amanhã me procure, você não vai mais estudar junto dos outros.

—O quê? —Shina sorriu, foi ela quem começou aquela briga e seria a Shunrei a ser castigada —Mas professor, eu...

—A partir de amanhã você será minha discípula, irei treina-la. Vi seu potencial, e acho que posso ajuda-la a se tornar uma das amazonas mais poderosas que esse internato já viu. E não me chame mais de professor, a partir de agora serei seu mestre.

Shina ficou com a cara no chão. Shunrei caiu de joelhos, um dos cavaleiros de ouro iria ser seu mestre? Será que ela não era tão inútil quanto imaginava? Shiryu a abraçou.

—Amor, isso é incrível!

—Droga! —Shina saiu bufando de raiva.

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