Capítulo 30: As Crônicas do Hyoga (Quarta Parte)

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—O que é isso? —Perguntou Seiya olhando para uma faixa.

—Um baile! Que legal! —Exclamou Shun —Bailes são românticos e divertidos, essa é a minha chance de agarrar meu crush.

—Agarrar seu crush? —Seiya também tinha alguém de quem gostava, será que teria coragem de convida-la para o baile?

Na noite passada ele sonhara que estava novamente na fazenda, conversando com sua vaca enquanto a ordenhava.

—Lá no Internato, tem uma garota que tem o mesmo nome que você, Saori.

—Muuu, mas eu sou mais bonita! —Respondeu a vaca e Seiya caiu pra trás.

—Você fala?!

—Claro que sim. Sou a vaca mais prendada da região —A vaca se ergueu nas duas patas traseiras e caminhou sensualmente até ele —Sou a vaca mais sexy de todas —Cabelos roxos começaram a crescer na cabeça dela, seu corpo diminuiu de tamanho e se tornou humano —Eu sei que você me deseja —Agora ela era a Saori Kido.

Ela estava nua e montou nele o beijando. Seiya deixou o fato de segundos atrás ela ser uma vaca e a beijou de volta agarrando seus peitos. Suas roupas desapareceram, Saori sentou e rebolou no seu pau.

—Me fode, Seiya, me fode!

—Aaaaaar! —Ele acordara no meio da noite lambuzando a cueca com uma gozada noturna.

—E aí, pessoal? —Hyoga tirou Seiya do seu transe —Estou com um tempinho agora, estão a fim de saber como a história termina?

—Com certeza! —Eles voltaram para o dormitório e o loiro voltou a narrativa.

Após tantas trepadas gostosas, Hyoga resolveu contar para o Isaac sobre seus poderes de gelo. Claro que ele não acreditou de primeira, mas quando Hyoga dançou no gelo criando cristais de neve, ergueu as mãos fazendo crescer um enorme iceberg, o Isaac ficou boquiaberto.

No dia seguinte os dois saíram de trenó para a nova geleira que o Hyoga tinha criado semanas atrás. Pararam exatamente no local onde o navio tinha afundado.

—Minha mãe esta lá embaixo —Hyoga segurava uma flor —Naquela noite eu tinha pegado uma flor para dar pra ela, mas nunca consegui. Quero tentar fazê-lo hoje.

—O quê? —Perguntou Isaac chocado —Você é maluco?

—Eu sou mais resistente ao frio, não sei explicar, mas tenho certeza de que posso prender a respiração suficientemente para chegar até lá embaixo.

—Isso é loucura!

Hyoga estava decidido, ele deu um soco no chão usando seu cosmo abrindo um enorme buraco. Ignorando os gritos e avisos do Isaac ele pulou. A água era extremamente fria, mas seu cosmo o protegeu. Aquele feito era algo absurdo, mas o Hyoga conseguia fazer coisas impossíveis antes mesmo de se tornar cavaleiro. Ele chegou ao navio, entrou no andar das cabines e chegou na da sua mãe. Seu coração estava a mil, ele hesitou por apenas um segundo, não tinha tempo e nem fôlego a perder.

Ele abriu a porta da cabine e lá estava ela, sua mãe dormia docemente em sua cama, Hyoga chorou, o corpo dela estava conservado, talvez fosse por causa da temporada, ou talvez o próprio cosmo surpreendente do garoto tivesse se aderido à ela conservando-a. Ele colocou a flor na orelha dela e beijou sua testa.

Começou a sentir seu peito arder, tinha ficado tempo de mais, precisava de ar! Nadou o mais rápido que pode, mas o navio estava fundo de mais. Ele percebeu que não daria tempo, chegou ao seu limite e soltou a respiração tragando água que mesmo gelada queimou seus pulmões. Ele perdeu a consciência se afogando.

Sentiu um beijo gelado sugando sua alma, então despertou cuspindo água e respirando com dificuldade. Isaac estava parado encharcado e tremendo sobre ele.

—Isaac?

—Eu... Consegui... Te salvar.

Isaac despencou de lado, Hyoga o agarrou desesperado, o corpo dele parecia mais frio que a água. O loiro tentou esquenta-lo, mas seu cosmo gelado não permitia e naquele dia ele sentiu novamente a dor de se perder alguém que ama.

—A culpa foi minha, por causa de uma ideia maluca meu melhor amigo morreu.

A narrativa foi interrompida pelas lágrimas do Hyoga. Shun e Seiya o abraçaram tentando conforta-lo. Depois de um tempo, ele se recompôs e prosseguiu.

—O mestre Kamus também ficou arrasado. Eu lhe contei a verdade e ele me trouxe para o Internato, primeiro pensou em já me levar direto para pro nível bronze por causa do meu poder, mas eu não conseguia ver o cosmo ainda, eu podia usa-lo, mas era intuitivo e não avaliado. Duas semanas depois lutando contra o Shiryu, não na aula do Shura, estávamos brigando porque eu reclamei que ele se masturbava de mais e atrapalhava meu sono com seus gemidos. Brigamos num campo, ambos liberamos poderes. O Senhor Kido nos viu e nos promoveu. Ficamos tão felizes que viramos amigos.

Hyoga secou suas lágrimas e sorriu.

—Apesar de ter terminado de forma triste, eu me orgulho da minha história. Amei minha mãe mais do que tudo na vida, e em meu coração sempre serei amigo do Isaac. E ainda me resta o mestre Kamus a quem dedico todo o meu respeito e gratidão. E tenho vocês, meus amigos.

Seiya sempre se sentia mais próximo de alguém ao ouvir sua história. Os três se abraçaram novamente bem na hora que o Shiryu abriu a porta.

—Um abraço coletivo sem mim? Seus falsos!

—Sai daqui, punheteiro —Debochou Hyoga.

—Cuidado, Hyoga. O Shiryu agora não pode ver um cu que quer comer —Brincou Seiya.

—Seus nojentos —Shiryu pegou um travesseiro e os atacou —Travesseiro do Dragão!

Hyoga estava muito feliz se divertindo com seus amigos e também estava ansioso pelo baile, afinal todos estavam.

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