Capítulo 14: Crônicas do Shun (Primeira Parte)

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Seiya tinha ido deitar na cama do Shun, pois estava desconfortável com o Shiryu batendo punheta do seu lado. "Aquele punheteiro safado", ele pensou dando uma olhada nele de costas. Hyoga não estava no quarto, provavelmente treinando no clube de dança. Shun estava muito sorridente e encostou sua cabeça no ombro dele.

—Estou tão feliz.

—Percebi, nunca tinha te visto tão feliz. Você ama mesmo seu irmão —Shun se afastou dele —Eu disse alguma coisa errada?

Shun pensou muito a respeito, havia algo pesando em seu peito, um segredo do qual nunca falara com ninguém, afinal tinha feito uma promessa, mas queria muito desabafar. Ele finalmente tinha um amigo e confiava nele.

—Seiya, se eu te contar um segredo você promete guarda-lo pra sempre e que não vai me julgar?

—Minha boca é um túmulo e não sou o tipo de pessoa que julga, pra mim cada um faz da vida o que bem entender.

Shun se sentia muito à vontade então se pôs a contar sua história. Ele e Ikki viveram sozinhos por muito tempo, algumas vezes sendo mandados de orfanato em orfanato, em outras morando na rua. Foram atacados muitas vezes, mas o Ikki sempre descia o cacete nos inimigos.

Shun sempre o admirou muito, mas quando seu irmão chegou na puberdade, Shun começou a se sentir atraído por ele. Certa vez Ikki sairá no meio da noite de seu abrigo, uma casinha improvisada de papelão, Shun foi atrás dele e o encontrou sentado debaixo de uma árvore, ele ia chama-lo quando o ouviu gemer. Shun se escondeu e observou seu irmão com o pau duro de fora, ele já tinha o visto pelado inúmeras vezes, mas nunca o tinha visto ereto.

Shun ficou fascinado pela beleza que um pênis podia assumir, a rola do seu irmão parecia poderosa. Ikki deslizou sua mão em seu membro, a movendo para cima e para baixo se estimulando, o movimento ganhava cada vez mais velocidade. Shun ficou com água na boca e sentiu seu próprio pinto também endurecendo.

Ele começou a se tocar observando o irmão. A cabeça da rola dele babava, a expressão no rosto do Ikki era muito excitante. Shun nunca tinha feito aquilo, então resolveu imita-lo, abaixou as calças e se pôs a se masturbar.

Ikki era um garoto violento e batia punheta nesse mesmo espírito, seus gemidos eram como urros vikings, Shun se excitava muito com eles. Ikki apertou os dedos dos pés e se contorceu.

—Oooor! —Shun não sabia o que era aquela coisa branca saindo em jatos da rola do irmão, mas achou esplêndido.

Shun imaginou tocando a rola do irmão e logo sentiu algo se juntando na base do seu pênis, ele trincou os dentes segurando o gemido e gozou pela primeira vez na vida.

Shun fez uma pausa na narrativa para ver a reação do Seiya.

—Você tinha desejos pelo seu irmão? Nossa. Não se preocupe, não vou julga-lo, talvez isso até seja algo normal, afinal eram só vocês dois.

—Mas a história complica e toma outras proporções.

A narrativa voltou a acontecer. Haviam se passado semanas, Shun agora já estava versátil em técnicas de punheta e adorava espiar o irmão fazendo aquilo. Só que naquela noite ele veria algo muito diferente.

Fazia uma semana que os irmãos tinham conhecido uma garota, ela tinha cabelos loiros, era gentil e sorridente, seu nome era Esmeralda. Ela morava numa fazenda, seus pais eram muito conservadores e para eles quase tudo era pecado. Ainda assim, Esmeralda nunca julgava, era uma ótima ouvinte. Ela os levou para casa e seus pais, aceitaram deixar os garotos passarem alguns dias na fazenda.

Shun se divertiu muito nesse tempo, comeu as três refeições por dia, o que era muito raro de acontecer, dormia num colchão limpo, não como aqueles fedorentos dos orfanatos em que esteve.

Aos poucos o Ikki começou a se abrir para essa garota de uma forma que nunca fez com o Shun. O menor se escondia para ouvir as conversas deles. O Ikki falava sobre seus pais, o que nunca fazia com o Shun, desabafava sobre a vida difícil que os irmãos tinham.

—Seus pais falam muito em pecado, Esmeralda. Se eles soubessem uma coisa sobre eu e o Shun, eles nos mandariam embora na mesma hora.

—Você pode me contar qualquer coisa, Ikki.

Ikki estava receoso, mas se pôs a falar e Shun aguçou os ouvidos para não perder nada.

—Eu me masturbo com frequência —Pausa enorme —Já faz algumas semanas que percebi que o Shun esta me observando e ao invés de repreende-lo me senti excitado. A ideia de ter alguém me assistindo é muito excitante. E houve muitas vezes que quase o convidei a se juntar à mim.

Os joelhos do Shun fraquejaram, seu pau subiu só de imaginar seu irmão lhe chamando naquelas horas de prazer solitário. O mais importante era que o Ikki também sentia aquela atração.

Por ser criada por pais puritanos, Shun achou que a Esmeralda fosse pirar com aquele relato e se afastar do Ikki, talvez até manda-los embora, mas para sua surpresa ela se inclinou e o beijou, era o primeiro beijo do garoto briguento.

—Eu não acho essa sua história um pecado, eu a acho excitante. Na verdade... Fiquei foi curiosa de ver o porquê do Shun gostar tanto de te ver... se tocando. Você pode... mostrar pra mim?

Ambos os garotos estavam chocados. Shun os viu se levantarem e irem para o celeiro, obviamente ele os seguiu. 

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