Senhor Beijo Misterioso

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Maria Clara aonde foi que você se meteu? Henry Cavill tinha aceitado ir comigo para a festa de carnaval privada aonde iria encontrar minhas amigas, no uber sentamos lado a lado e ele foi gentil o bastante de não tocar em mim, mas nossas coxas se encontram e eu podia sentir aquela eletricidade percorrendo meu corpo e aquele fogo vindo do Centro do meu ser.

Mais especificamente ele me deixa com fogo na xoxota.

Quando o carro parou no condomínio particular e entramos na casa aonde a festa ocorria eu esperava encontrar as meninas na entrada mas obviamente isso não seria possível. Peguei na mão do Cavill.

- Vem comigo, vamos encontrar a Anna e a Jéssica. - O homem apenas sorriu me deixando guiar ele pela multidão, aquele lugar tinha se tornado uma rave e havia todo tipo de gente.

Tinha enfermeira safada, bombeiros sexy, policial tarada.... O típico.
Mas também tinha noiva cadáver, zumbis, draculas e um homem vestido de ketchup e um casal Cosmo e Vanda.

Mas achamos minhas amigas se agarrando em um cantinho.

- São elas? Caramba. - Henry disse ao meu lado e eu virava o rosto envergonhada. - Elas estão bem preocupadas com você né?

- Devem ter ficado, mas agora estão... Se divertindo. - Mordia meu lábio inferior e o homem ao meu lado põem a mão em meu queixo fazendo eu erguer o olhar a ele.

- Vou buscar umas bebidas e você... Fala com suas amigas. - E foi assim que ele me deixou parada envergonhada e olhando aquela bunda se afastando, meu Deus por que ele tinha que virar de costas para mim?

Arg! Clara! Foco.

Me viro dando de cara ao casal lésbico e cutuco no ombro de Anna, a mulher se assusta virando a cara interrompendo seu beijo com sua mulher.

- Clara! Amiga! - Ah ela lembrou que existo. A mulher me abraça e Jéssica sorria envergonhada pegando uma Longneck da Skol e dando um gole. - Não te vimos chegar, esta bem?

- Estou, infelizmente sem celular agora.

- Pobrezinha, pelo menos o homão te socorreu né? - Jéssica disse piscando para mim, então contei um resumido de como tudo ocorreu. - E cadê ele? - Questinou a mulher.

- Ele foi buscar uma bebida, ele deve estar... - Erguia o pescoço olhando na multidão e então vía ele a distância, passando a mão nos cabelos escuros suados e sorrindo enquanto conversava com uma ruiva. - Típico.

- O que foi? - Anna que era mais baixa perguntou dando pulinhos tentando olhar. - O que não to vendo?

- Nada, vou lá chamar ele. Fiquem aqui. - Pedia a elas.

Não que eu estivesse com ciúmes, não tinha nada com aquele homem além do fato de ele ser o chefe do meu pai. E ter sido meu primeiro beijo e que tinha me resgatado hoje como um príncipe encantado ou um super-herói. Mas nada disso fazia dele algo meu na verdade, não tinha direito mas ainda assim eu não gostei daquilo.

Quando me aproximo dos dois vejo que a ruiva era mais baixa e peituda, poderia descrever de um jeito bonito e palavras complicadas. Mas o lance era, ela tinha peitão e bundão que me fazia lembrar de uma versão Kardashian ruiva, cruzei meus braços embaixo dos seios tentando fazer eles parecerem maiores enquanto me aproximo do inglês.

- Cavill. Estava te procurando.

O moreno se virou para mim sorrindo, ele tinha duas cervejas Longneck em cada mão, pelo menos ele tinha lembrado disso.

- Hey Clara, sim eu já estava indo mas a Eduarda me parou e ficamos conversando. - O sorriso dele me dizia que estava feliz em ter falado com a ruiva, ela também sorriu mas não muito amigável. Colocando uma mão no antebraço dele.

- Henry me contava aqui como ele te salvou hoje, pobrezinha o carnaval pode ser tão perigoso para uma mulher sozinha. - A ruiva colocou a outra mão no peitoral do Henry. - Ainda bem que você estava lá, sempre um herói.

Pelo menos ele teve a decência de chorar envergonhado pelo que ela dizia, não era bem as palavras mas o modo como sua voz saia sensual e como tocava ele. O homem se desvencilhou dela indo para o meu lado me entregando a cerveja, provavelmente viu minha cara de cu para a situação.

- Esta bem, estou indo, você vem Cavill? - Pergunto, o mesmo se despediu da ruiva dando um beijo no rosto dela e a mulher sussurrou algo que o fez olhar para os seios dela. Arg! Que ódio. Abria a cerveja dando um gole nela e voltando até a Anna e a Jéssica. Foda-se se ele não iria vim.

- Então. - Jéssica perguntou e eu dei de ombros, apenas bebendo da cerveja e ouvindo a música eletrônica tocando.

- Acho que ele não vem. - Dizia bebendo mais da cerveja, então sinto uma mão tocando minhas costas e me viro vendo ele.

- Olá meninas, prazer sou Henry Cavill. - Ele disse em português com aquele sotaque, Jéssica abriu um sorriso e Anna o avaliou de cima abaixo.

- Ora, ora se não é o Senhor Beijo Misterioso. - Jéssica disse e juro que quis matar ela naquele momento.

- Senhor beijo misterioso? - Quando o olhei vi aquela sobrancelha negra e grossa erguida em curiosidade, mas Anna me salvou abraçando sua namorada.

- Não de moral, Jéssica já bebeu de mais.

- Que isso?! Agora quero saber, Clara contou daquele natal? Foi um beijo misterioso mesmo, nem eu sabia o nome dela. - Maldito! Aquele inglês era um maldito.

- Cavill... - Resmungando tentei fazer ele parar e olhei as meninas implorando. - Não vamos falar disso.

- Claro que não, você está certa. Vamos beber e curtir. - Anna disse e eu gesticulo com os lábios "eu te amo" E ela apenas sorria, minha salvadora.

- Isso, vamos curtir. - O chefe do meu pai disse e enquanto eu estava olhando minhas amigas o homem se virou para mim me pegando pela cintura me puxando com ele.

- Calma, para aonde está me levando?

- Você não quer curtir? Vamos curtir. - Cavill me guiava para aonde ele tinha estado conversando com a ruiva, naquele canto quase não tinha ninguém e havia uma porta que ele abriu e levava para a cozinha aonde só tinha umas pessoas pegando bebidas.

- Você quer beber mais? - Ele apenas me deu um sorriso misterioso e continuamos andando até outra porta e então estávamos no jardim da casa que estava escuro com pouca iluminação de alguns postes no jardim. - O que foi Henry?

Perguntei ficando nervososa.

- Eu só queria continuar o que começamos alguns anos atrás. - E com isso ele me empurrou contra a parede ao lado da porta e seus lábios cobriram os meus.

O Chefe do meu pai (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora