Carrefour

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- Cavill! Para! Eu tô tentando me vestir. - Reclamo mas estou rindo, Henry começou a me dar beijos pelo corpo enquanto eu tentava me vestir, tínhamos combinado que ao invés de ida ao parque, iríamos no supermercado para comprar alguns ingredientes, ele iria me fazer um bolo e eu faria panquecas recheadas.

- Rapidinho, me deixa beijar só mais um pouquinho. - Ouvia ele implorando mas eu o empurro terminando de fechar minha calça.

- Não, minha boca tá aqui encima.

Ele cerra os olhos mas então suspira se dando por vencido, ele estava fogoso desde que voltamos e isso tem o que? Foi literalmente hoje de manhã. Entramos em seu carro e ele dirige ao supermercado, todo o caminho a sua mão na minha encima da coxa, eu estava me sentindo tão em paz, um peso saiu das costas.

No supermercado eu já fui pegando o carrinho na entrada para andarmos lá dentro, havia muito a que se comprar, ele ditava sua lista de compras para o bolo.

- Vai ter cobertura do que?

- Chocolate branco, seu favorito. - Meu coração se enche ao ouvir que ele sabia qual meu chocolate favorito. - Morangos também, não me deixa esquecer.

-Tudo bem, vamos pegar os da panqueca primeiro e depois pro bolo. - Empurro o carrinho de forma mais rápida e subia nele e depois descia rindo.

Paramos em uma sensação para pegar os ingredientes de massa, mas enquanto isso eu vou reparando no Cavill, eu acho lindo que o nome e sobrenome dele são lindos e posso chamá-lo das duas formas. Fico olhando ele todo atento, analisando os produtos para vê qual tinha a melhor qualidade.
Ficamos um bom tempo andando pelos corredores e escolhendo tudo, em alguns momentos eu zoava com ele, quando fomos pegar ovos eu não me aguentei.

-Henry, qual o nome daquela parte amarela do ovo? Eu esqueci agora.

- Uai, gema né. - Ele diz inocente e eu não me aguentei e fiz um gemido bem alto e ele corou tampando minha boca. - Fuck! Que isso Clara?

- Desculpa, não fica bravo. - Faço beicinho e ele revira os olhos, mas valeu a pena por vê ele corado.

O carrinho estava enchendo pois conforme víamos algumas comidas eu acaba pegando, principalmente batatinhas e cereais, quando passamos por uma sessão de roupas de bebês eu travei. Olhei aquelas roupinhas, macacão de bebê e me virei ao Henry, achando que ele estaria me julgando mas também estava babando nas roupas.

- Precisamos começar o enxoval.

- Cores neutras.

- Ou dos dois estilos. Roupa é roupa. - Digo e ele me olha. Oh não, esqueci que é um homem inglês ao meu lado, família tradicional né. - Neutras então.

- Óbvio, não queremos um filho usando saia tutu. - Ele diz como se fosse óbvio e eu encaro ele.

- E se ele crescer e querer usar saia de balairina? - Ponho as mãos na cintura.

Cavill se vira e então dá de ombros. - Se ele quiser, mas não quero forçar, e se ele ou ela não gostar e crescer e vê as fotos de bebê e ter vergonha?

Porra! Bom ponto.

Mordia o lábio e suspiro pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha.

-  Roupas neutras até a criança ter idade pra decidir. - Então vou listando e contando nos dedos. - Macacão, shorts, camisetas, jardineiras. Nada de saias, mesmo se for menina.

- Nem biquíni, acho muito forçado um bebê menina usando parte de cima de biquíni, não tem nada pra cobrir, fica ao sexualizando um bebê. É só um bebê. - Ah porra! Me apaixonei novamente. Ele estava sério falando aquilo.

Achei que ele seria muito conversador mas não, claro que não. Ele trabalha em um jornal.
Mas o melhor disso tudo é poder vê ele sério falando, tinha um ar tão viril que me deixava molhada, nossa eu ando ficando molhada muito fácil pra ele.

Continuamos as compras e levávamos tudo ao seu carro, mas consigo o convencer a tomar um sorvete, passamos no drive thru e depois que ele estacionou o carro, me sentei encima do capo enquanto ele ficou encostado.

- Se pudesse ser qualquer coisa que não jornalista. O que seria? Pergunto enquanto saboreava meu sorvete do McDonald's, misto de baunilha e chocolate. Amo.

- Ator ou marinheiro. - Nem ao menos pensou duas vezes, eu o olho intrigada e ele sorria de lado. - Um dos meus irmãos é da marinha real da Grã betranha, eu seguiria os passos dele.

- E sobre atuar?

- Teatro na adolescência. - Ele lambia sua colher com o sorvete de chocolate. - E você, se não fosse as aulas de arte?

- Museu de arte, na verdade é isso que tô tentando. Quando chegar as férias eu vou estagiar em um Museu, não vejo a hora. - Meu sonho, fiz história da arte para isso, estar cercada de toda aquela arte antiga, clássica, moderna e contemporânea.

Suspiro olhando a praia e não percebo quando ele chegou mais perto de mim, Cavill se aproxima e sinto seus lábios em minha bochecha.

- Você vai conseguir. Eu tenho certeza. - Encarei seus olhos e eu tive certeza, eu até podia não conseguir a vaga, mas com Henry Cavill me dando apoio eu seria capaz de qualquer coisa.

- Eu te amo e acho que tô dizendo isso de mais. - Digo envergonhada.

- E eu te amo e espero que continue dizendo isso por muito tempo. - Ele sorria pegando uma mecha do meu cabelo e pondo atrás da minha orelha.

O Chefe do meu pai (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora