Família Unida

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A primeira semana foi difícil, recebi ligação toda hora do Henry, ele não parava de me ligar e eu desligava, um dia ele veio até em casa, mas pedi para o porteiro não deixar ele subir de forma alguma então ele não chegou a entrar em meu prédio, na segunda semana eu já estava me arrependendo.
No trabalho eu me forçava a concentrar nas aulas, meus alunos até que iam bem e na prova surpresa não teve tantas notas baixas, mas Ana e Jessica diziam que eu estava com uma péssima aparência.

- Vai passar, eu sei que vai.

- Eu sei garota, mas precisava terminar? - Jessica pergunta.

- Eu achei que você gostava dele. - Completa Ana. - Não me diga que foi pelo vizinho.

- Não exatamente, eu acho que fui de cabeça nesse relacionamento com o Henry e sim ainda tem o Daniel sempre ao meu lado e eu pensei. Preciso me dar um tempo. - Explico a elas, as duas sorriem daquela forma compreensível e Jessica me da um abraço.

Ao menos eu tinha minhas amigas para contar, nessa segunda semana cheguei em casa após o trabalho e recebi uma mensagem inesperada, meu pai e meu irmão Miguel me chamando para um jantar em família, já fui logo perguntando se a mãe ia junto, eles negam e eu não vejo porque recusar.

Quando vejo já estou sentada na mesa de jantar no novo apartamento do meu pai.

- Caramba, lugar bacana, pai. - Elogio enquanto bebia um vinho branco.

- E não é? Foi o Cavill que me ajudou a achar, ele diz que morou nesse prédio antes de se mudar para aquele condomínio. Achei legal o lugar, espaçoso. - Enquanto meu pai falava eu tento não fazer careta pensando no chefe dele.

Miguel sai da cozinha trazendo uma travessa de lasanha e nos serve antes de sentar.

- Que cheiro bom, achei que você não estava cozinhando mais.

- É obrigatório em minha situação de solteiro solitário com um cachorro que não come ração. Acredita que o remelento só quer comer comida natural? - Miguel reclama e eu e meu pai rimos, ficamos ouvindo ele contando sobre a adaptação do seu cachorro, em pensar que o Cão agora tem nome e se chama Brutus é até engraçado.

- Mas nenhum namorado, filho? Ninguém em sua vida ultimamente. - Meu pai pergunta entre uma garfada é. outra de lasanha.

Vejo meu irmão fazer uma expressão que poderia passar despercebida mas eu conheço ele, Miguel morde seu lábio e erguia a sobrancelha esquerda.

- Não tenho tempo para romance. - Ele diz e então aponta o garfo para mim. - Já a Clara anda de rolo com um cara.

- O que?! Não. Nem vem. - Eu não acredito nesse pestinha, o encaro indignada enquanto meu pai volta sua atenção a mim.

- Que história é essa? Quem é esse rapaz?

- Ninguém pai. - Enfio um pedaço de lasanha a boca e demoro mais que o normal para mastigar.

- Miguel, o que você sabe? - Pai fala com o meu irmão e eu olho o idiota com olhar assasino que ele finge não notar.

- O vizinho dela, pelo menos é o que as amigas dela disseram.

Que? Meu vizinho? Olho o Miguel confusa, feliz que ele não falou do Henry porque isso poderia complicar muito as coisas com meu pai, mas porque ele falou do Daniel?

- Como você sabe do Daniel?

- Ah! Ele tem nome. O que ele faz da vida querida? É um bom rapaz? - Meu pai sempre sendo paternal, as vezes dizem que mulheres tem extintos maternos mas minha mãe sempre quis pular fora de ser mãe, já meu pai esteve comigo sempre.

O Chefe do meu pai (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora