Capítulo 31

6.1K 707 267
                                    

Sentiram minha falta?

Sentiram minha falta?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Menor

1 semana depois

Depois de muito pensar, eu vi o quanto errei. Resolvi não contar a ela sobre o dia da boate, simplesmente por falta de coragem mesmo.

Mas não adianta eu ficar né martirizando, basta eu não repetir, certo?

Seria o correto, se eu conseguisse manter minha palavra.

Já se passaram 7 dias do episódio do hospital, e já frequentei a cama dela por no mínimo 6. Só mantive no primeiro dia.

Eu sei que estou confundindo ela, pois sempre digo que não vai se repetir e acontece novamente. Eu não queria deixar ela confusa, mas como vou fazer isso se eu mesmo estou confuso?

Eu não consigo parar de pensar em como vou olhar na cara do Rato. Como vou me explicar pra ele?

O dia amanheceu, e adivinha onde eu tô?

Acertou quem disse ao lado dela na cama. Puta que me pariu, porque eu faço isso?

Levanto dali atordoado e vou direto pro banheiro tomar um banho. Demoro algum tempo pensando em como vou me sair dessa, e após minhas higienes, dou de cara com ela quando saio na porta do banheiro.

Sara: Bom dia - ela diz bocejando passando por mim - já sei viu, foi um erro e não vai se repetir - ela disse um tanto debochada.

Ué! Não entendi.

Me troquei e fui até a cozinha passar um café.

Não demora muito, ela vem vestida com um baby Doll. Ooh Deus! Acho que fiquei olhando muito pra ela, porque perguntou:

Sara: O que é?

Menor: O que?

Sara: Tá me vendo nua todo dia agora vem fazendo essa cara aí?

Menor: Sara.. Éé.. - me enrolei no mesmo papo de todo dia

Sara: Tom, é mais bonito ficar calado. Eu e vc sabemos que a noite vc vai estar na minha cama novamente.

Menor: Quando foi que vc ficou assim?

Sara: Eu só gosto das coisas práticas. Seu defeito é achar que eu sou aquela criança ainda. Se nem o fato de eu estar quicando em vc te mostrou o contrário, eu que não vou insistir

Porra! Agora fiquei impactado. E um pouco excitado, devo confessar.

Certeza que essa mudança de comportamento dela tem a ver com as ligações diárias que ela e Michelle tem feito.

Totalmente sem resposta eu fiquei quanto ao que ela disse.

Menor: Éé.. eu vou sair, eu acho - gaguejei

Sara: Tudo bem querido - ela veio e me deu um selinho - quando vier trás leite tá, acabou o daqui

Que? Num tô entendendo nada.

Sai dali meio bobo.

Dei minha volta de todos os dias, mas rapidamente volto com uma caixa de leite.

Chego em casa, Sara está caminhando de um lado pra outro na sala com o telefone no ouvido.

Pelo seu rosto, vejo que não está nada bem. Ela se despede, e sai correndo pro banheiro, onde se debruça no vaso e começa a vomitar.

Menor: Sara, o que foi? Quem era no telefone?

Sara: Era Bianca - ela disse lavando a boca - ela disse que está a maior guerra lá, RH já tentou invadir o morro várias vezes. Ela diz que já morreram vários vapores.

Ela diz com olhos cheios.

Menor: Vem cá - a puxei pela mão até o sofá - sei o que tá acontecendo lá, e sei o que vc tá pensando. E já te digo, não é culpa sua.

Sara: Como não? Ele tá fazendo tudo isso porquê me quer

Menor: Ele tá fazendo tudo isso porquê é psicopata maluco - meu celular toca - fica aqui quietinha que eu já volto tá

Levantei e fui até a varanda, vendo o número da casa do vovô na tela

Menor: Fala meu velho - ouvi um fungado feminino

Ilma: Thomas?

Menor: Que foi Ilminha? Que está acontecendo?

Ilma: Ele.. Ele se foi Thomas - ela disse chorando e eu senti o impacto

Menor: Vovô morreu? - eu perguntei me sentando

Ilma: Morreu meu filho - ela chorava - foram mais de 40 anos trabalhando pra ele, era minha família.

Menor: Eu entendo Ilma, eu sentia como se ele fosse da família também. A doença dele se agravou?

Ilma: Na verdade filho, foi muito estranho. Depois que aquele homem mal educado saiu daqui, ele sentiu muita falta de ar e o coração batia rápido demais. Thomas, dava pra ver o coração dele batendo no peito.

Eu sou perito em venenos, e seu reconhecer os efeitos de um.

Vovô foi assassinado dentro da casa dele.

Menor: Como é isso Ilma? Quem era esse cara que estava com ele?

Ilma: É aquele tal de Dina, Fina, não sei o nome

Menor: Zina?

Ilma: Isso..esse mesmo - puta que pariu!

Menor: Não se preocupe Ilma, a morte dele não vai ficar impune. Eu vou me preocupar com isso pessoalmente.

Ilma: Ele pediu pra te dar um recado, filho - ela disse após fungar

Menor: Que recado?

Ilma: Ele disse que era hora que achar Luna e Lorenzo, e que era pra vc tomar conta.

Menor: Eu tomar conta? Não entendi Ilma

Ilma: Ele só falou isso filho

Menor: Tudo bem então Ilma, obrigado

Me despedi dela após me certificar que ela estava bem amparada, e desliguei. Fiquei ali remoendo aquela conversa.

Vovô foi importante demais pra mim, ele me ajudou de maneiras inimagináveis. Zina vai morrer de forma dolorosa, eu vou cuidar disso pessoalmente.

Entrei em casa novamente, e não vi Sara na sala onde a deixei. Na cozinha também não estava, então fui até seu quarto, onde eu a encontrei jogando todas as suas coisas dentro da mala.

Mais essa agora!

Menor: O que está acontecendo Sara?

Sara: Vou embora - ela disse sem nem me olhar

Menor: O que?

Sara: vc quiser ficar aí, fique. Eu vou embora agora - ela continuava a jogar as coisas na mala

Menor: O que aconteceu? - perguntei segurando seu rosto a obrigando a me olhar

Sara: Eu não vou ficar aqui curtindo casinha a beira mar, enquanto as pessoas tão morrendo por mim lá

Menor: Calma aí Sara, vc tá se precipitando

Sara: Meu pai foi Baleado - ela falou mais alto - papai tomou um tiro e eu vou pra casa agora

Com essa informação eu senti o baque. Primeiro vovô, agora Rato? Não mesmo.

Menor: vou arrumar as minhas coisas!

Libertação  (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora