Gente, cês tão se cuidando? Lavando as mãos, se possível usando álcool em gel e evitando aglomerações?
Se cuidem viu!Eu pedi no grupo, 100 votos e 50 comentários: meu grupo é foda e já bateu. Então, lá vai:
Menor
Eu só ouço um zumbido. Não consigo raciocinar em mais nada.
Só um pensamento me vem a mente, vou buscá-la!
E vai ser agora. Não é amanhã ou quando montarmos um plano, eu vou agora, quando ele menos espera. Estou nervoso, meus músculos tremem, mas estou bastante lúcido.
Saio da casa do Rato atordoado, não ouço e nem vejo ninguém no meu caminho.
Vou a minha casa, e vou diretamente ao escritório. Olho as minhas plantas e decido que caminho tomar. O idiota do RH é tão burro, que mora bem próximo a uma entrada pequena nos fundos do Salgueiro. Qualquer inimigo que conheça bem o morro, chega fácil a casa dele.
Subo ao meu quarto, visto uma calça e uma blusa de manga comprida, jogo um casaco por cima e minhas armas, apesar de que espero não precisar usar.
Eles saíram daqui agora a pouco, de carro. Acho que como vou de moto se eu for bem rápido, consigo chegar primeiro.
Saio porta a fora e pego minha moto, coloco a chave na ignição e quando estou indo colocar o capacete, meu celular toca. Atendo sem nem ver quem é
Menor: Fala
Luíza: Oi Menor, estava tão preocupada - Reviro meus olhos igual Sara faz
Menor: Sem necessidade né
Luíza: Claro que é necessário, me preocupo com vc.
Menor: Hum, olha eu tô ocupado agora, tenho que desligar
Luiza: Poxa Menor, assim eu vou achar que vc tá me evitando
Menor: Que bom então - desligo
Ah, foda-se as regras de educação e etiqueta!
Tô aqui preocupado, maior pressa, indo resgatar a mãe dos meus filhos e Luiza vem com conversinha, ah pra puta que pariu né
Liguei a moto e parti voado. Velocidade máxima pegando os caminhos mais rápidos na intenção de chegar pelo menos ao mesmo tempo que eles.
O caminho parece crescer, e cada vez ficar mais longo por mais que eu corra.
Eu só quero trazer ela sem nenhum machucado. Quero meu filho bem. Ele é tão novinho, tão frágil ainda. Dizem que nos 3 primeiros meses tem que ter o maior cuidado, pois o risco de perder é maior.
Não sei quanto tempo depois, eu entro no mato onde dá a entrada da Salgueiro. Parece uma trilha, pois é só um caminho bem apertadinho. Se eu tivesse de carro, não dava pra passar.
Subi uma ladeira íngreme que quase caio de costas com a moto, mas consegui subir até o alto. Deixei a moto ali próximo, para facilitar a fulga e fui caminhando escondido.
Daqui eu consigo ver a casa do infeliz, que fica bem no alto. Não tem casa nenhuma ao redor, mas daqui consigo ver o movimento lá embaixo. Eles já devem ter chegado, e pelo movimento de armas pra cima, comemoram a missão bem sucedida.
Mas meu objetivo não é esse.
Eu conheço a mente humana. Maníaco do jeito que ele é, vai querer deixar Sara dentro da casa dele, e não em um cativeiro qualquer.
Olho o muro atrás da casa, e não vejo nenhum tipo de segurança. Não tem cerca elétrica, nenhum homem armado, nem mesmo alguns caco de vidro em cima do muro.
Aqui na parte de trás da casa, tem até um portãozinho, mas está trancado. Então, eu subo no muro e caio lá dentro de um quintal.
No outro canto do muro, tem um cercado de tijolos que fazem um canil, onde tem 2 cachorros que me parecem ser Pit Bulls, que ao me ver ao faltam derrubar aquilo tudo nos peito.
Entro na casa, que novamente parece não ter segurança alguma. Aposto que ele se acha inatingível.
A casa é parece ser grande, a cozinha bonita, duas salas. Tem um andar só, mas pela quantidade de portas, diria que tem três quartos.
Abro um, e não tem nada dentro, está completamente vazio. Abro outro, e acho ser o quarto dele, um quarto comum com cama e guarda roupa. O terceiro quarto me choca. Tem uma grade, coisa que parece imitar uma jaula, parece que vai prender um animal.
Só aí percebo que o animal que ele pretende prender ali é a minha Sarinha. Que cara doente!
Ouço um barulho lá fora, e corro para me esconder atrás de um sofá que tem encostado na parede.
Daqui eu vejo ele arrastando Sara pra dentro da casa, com a maior rispidez.
RH: Lar doce lar, minha ratinha. Sua casinha nova!
Sara: Vc é um louco doente.
RH: Já ouvi isso em algum lugar - ele respondeu rindo - já já vc se acostuma
Sara: Meu pai vai te matar, sabe disso não é
RH: Seu pai não foi capaz de proteger vc dentro da quebrada dele boneca. Mas seguinte, chega de ladainha. Ali é a cozinha, ali tem outra sala, e ali é seu quarto da desobediência, vem ver - ele ia dizendo enquanto apontava os cômodos, e a puxou pelo braço levando ao quarto com as grades.
Sara: Mas o que é isso? - ela parecia atordoada
RH: Uma jaula para uma ratinha - ele riu - legal né. Mas não se preocupe, aí é só pra quando vc me desobedecer, se vc for boazinha, vai dormir comigo no meu quarto - ele alisou seu rosto e encostou perto dela, que em resposta deu um tapa na sua mão
Sara: Não encosta em mim seu porco - imediatamente, ele bateu com força no rosto dela que a fez cair.
RH: Arisca hein - ele ria - vc vai se acostumar. Seguinte boneca, aqui é longe de tudo. Essa casa é uma fortaleza. Afastada de tudo, muro alto, tem cachorro aí no fundo que eu vou soltar. Então, pode gritar a vontade, ninguém vai te ouvir. Eu vou na boca resolver umas coisas, vc faz uma jantinha gostosa pra nós.
Ela estava no chão, fungando com os olhos cheios, nem o respondeu, que saiu gargalhando.
Assim que eu vi que ele foi, eu saí do meu esconderijo e fui correndo abraça-la.
Sara: Thomas? É vc mesmo? - Ela dizia enquanto tocava em meu rosto - Como?
Menor: Eu vim te buscar amor, vamos embora daqui rápido - a ajudo a levantar - ele fez alguma coisa com vc?
Sara: Não, só agora. Mas ele não tinha encostado em mim ainda.
Menor: Ótimo - selei nossos lábios - vamos então
Sara: Não, ele falou que tem cachorro aí - ela disse enquanto eu a puxava pra os fundos.
Menor: Tem mesmo, mas estão presos.
Saímos lá pra fora, e o portãozinho tinha um cadeado. Peguei meu chaveiro, que tinha duas pontas de arames, que dá perfeitamente pra abrir um cadeado.
Faço isso de olhos fechados, pois é mais uma das coisas que vovô me ensinou. Logo abro o portão, e saio correndo dado as mãos com ela até a moto, deixando os cachorros ensandecidos para trás.
Ajudo ela montar, e depois sigo rápido. Preciso sair daqui com pressa, quando ele descobrir que resgatamos Sarinha, ela já vai estar em segurança.
Não vejo a hora, que já estou no asfalto, dessa vez mais calmo, mente mais tranquila, com a sensação de ter o mundo todinho segurando em minha cintura.
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Finalzinho romântico pra aliviar a tensão
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Libertação (FINALIZADA)
Novela JuvenilLivro 4 da Série: Réu Para melhor entendimento, recomendo ler Réu, Refém e Inesperado. Menor Voltou! Voltou um homem diferente. Um homem quebrado. Um homem que quebra os outros. Depois de anos sendo usado como arma letal, Menor retorna para perto d...