XVIII

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!AVISO RÁPIDO!

Fala gareli!

Gente, hoje eu tomei uma decisão mais que importante pra minha vida. Acredito que muitos aqui sabem o quanto eu amo a escrita, e quanto anseio pagar meus boletos com ela. Decidi que vou publicar "Uma Nova Chance: O velho Ryan". Então vou congelar as publicações de "3 dias" por um mês ou talvez um pouco mais, mas fiquem tranquilos, eu vou terminar esse livro, só preciso priorizar meu tempo para revisar e reescrever o outro.

Espero que entendam e me perdoem (e comprem Uma Nova Chance também, né? Hahaha)

Prometo voltar com tudo e me dedicar cada vez mais. Obrigado por me darem essa chance. Agora vá aproveitar o capítulo XD

Ps.: Caso queiram se distrair enquanto o as publicações não voltam, você pode ler "Contos a Granel", no Instagram, vou deixar um panfletinho ao final do capítulo.

Abraço de Urso!

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O velho Chevette resistia a perda de velocidade. O para-choque arrastando no chão, iluminando o paralelepípedo com suas faíscas. Lucélia se espantou quando percebeu o quanto estava errada. As pessoas não estavam se movendo para o norte, estavam se aglomerando na altura da Barão do Rio Branco, a primeira rua a qual tiveram de atravessar.

O que havia naquela rua, Lucélia não fazia ideia, mas cada vez mais, mesmo com a escuridão, a onda de pessoas se aglomerava naquele local. Os passos arrastados, os sussurros eram tão grotescamente altos, que escoavam por todas as ruas.

— Merda! – Gritou, Elton, atrás do volante, inclinando a cabeça no para-brisas trincado.

­— Pelo amor de Deus, Tchê! – Exclamou, Geovana, do banco traseiro. – Tu quer matar a gente do coração? Já tâmos dentro do carro, já tâmos indo embora, por que essa gritaria toda? A gente tá seguro Elton!

O motorista gargalhou, enquanto lágrimas desciam por seu rosto. Uma mistura estranha para um homem de quase quarenta anos. Django, ao seu lado, assustou-se com a reação do homem, recolhendo o corpo para próximo da porta.

Elton sacudiu a cabeça, levando a mão trêmula para o retrovisor, ajustando-o até encontrar o rosto da enfermeira. Os olhos do homem estavam vermelhos pelo choro, arregalados pelo medo, e mesmo sob a tenra luz, Geovana foi capaz de ver que alguma péssima lembrança tomara a cabeça de Elton.

— No meio da confusão – disse, chorando e rindo ao mesmo tempo –, eu não fechei a tampa do tanque... Tá chovendo lá fora, a gente tá com bastante gasolina, mas se chover dentro do tanque e misturar água com a gasolina que a gente tem... – Gargalhou, aumentando a intensidade do choro, quase gritando, a voz subindo duas oitavas. – Eu nunca acreditei em Deus, mas isso prova que ele existe! Tanto existe, quanto tá cagando pra gente! – Esfregou o nariz nos pelos do braço. – Tu largou de mão, né, teu filho da puta? Tu fode a vida da gente todo dia, tchê! Tu te acha o bagual dos bagual, teu sarrista de bosta! – Gritou, socando o volante, descontrolando-se.

Geovana respirava mais rápido, contagiando-se com o desespero de Elton. Django espremia-se cada vez mais contra a porta, a cabeça trabalhando rápida de mais para que qualquer atitude fosse tomada. Lucélia se encontrava na mesma situação de Geovana, encolhida no banco traseiro, mesmo com seu estomago gritando para manter a calma. Foi quando a ideia veio.

Em um segundo de insana coragem, Lucélia se atirou para a frente, cercando o pescoço do homem com os braços roliços, através do apoio de cabeça. Na mesma hora, Elton deixou de bater as mãos no volante, e direcionou os punhos para os braços de Lucélia. As unhas, mesmo curtas, cravaram-se na carne da mulher, que gritou uma vez antes de se direcionar para o homem encolhido contra a porta.

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⏰ Última atualização: Feb 06, 2020 ⏰

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