"A dança e você é a melhor combinação que já existiu." - ele disse.
A insegurança de Any Gabrielly só aumenta após não conseguir passar no teste da Dance Academy's, uma das academias de dança mais conhecidas de Los Angeles. Josh Beauchamp, professor...
O final de semana demorou para passar, mas acho que eu estava ansiosa demais mesmo.
Acabei descobrindo que o Josh mora na rua atrás da minha. Que coincidência, né?
Cheguei da faculdade pouco tempo antes. São 11:05 agora. Corri para para o banheiro e vi que não tinha ninguém em casa, novidade. Meus pais vivem trabalhando, meu pai principalmente. Apesar de tudo agradeci por isso, assim ninguém perguntaria a onde eu iria.
Terminei meu banho e opto por colocar um conjunto de calça e casaco moletom. No pé, meu tênis Fila branco. Como meu cabelo estava molhado, deixei ele solto e guardei algo pra prender ele depois na bolsa.
Fiz um storie tendo noção de que meus amigos me encheriam de perguntar assim que vissem, peguei minha garrafinha de água e fechei a porta atrás de mim. Fui andando até a casa do Josh.
Any Gabrielly - Instagram
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Josh
A any está 7 minutos atrasada. Quando vou pegar o celular para ligar, a campainha toca e vou atender.
─ Oi. Desculpa os 6 minutos de atraso, professor?
Ela faz pra provocar, não é?
─ Oi, dançarina. Não foram 6 minutos, você se atrasou 7 minutos. - falei e ela sorriu.
─ Uau, que diferença! - ironizou.
─ Any?- Joalin gritou é correu até nós.
─ Joalin?- Any perguntou assustada.
─ Joalin é minha irmã gêmea. - digo e ela abriu a boca, logo colocou a mão sobre ela.
─ Não te julgo por não perceber. Sou mais linda que ele. - Joalin disse abraçando a Any.
─ Vou ajudar a Any, Joalin. - Joalin sorriu maliciosa.
─ Cuidado Any, bastante cuidado. - saiu sorrindo e nos deixou com cara de tacho. ─ Vou passar no banco, já já to de volta. - subiu a escada. ─ Não façam nada que eu não faria! - gritou no topo da escada.
─ Vamos? - perguntei a Any que estava sem entender nada.
─ Ah, claro. - ela disse.
Levei-a até onde eu treino e Any Gabrielly olhou cada detalhe com os olhos arregalados.
─ O que foi? - perguntei.
─ Cara, você tem um studio de dança enorme dentro da sua casa. Olha o tamanho desse espelho. Que loucura. - continuou chocada.
─ Sim, Any. Eu vivo disso, esqueceu? - o óbvio.
Ela deixa sua bolsa no sofá do canto da sala e só então eu percebo o corpo dela. Olha essa mulher, o sorriso...
─ Se controla. ─ foi o que meu subconsciente que estava consciente falou.
─ Então, roupa adequada para ter uma aula de dança? - ela perguntou enquanto deu uma voltinha.
Se é pra ter uma aula de dança, eu não sei, mas se for pra provocar o professor, ela acertou.
─ Linda. - foi tudo que falei.
─ Ok então. - ela sorriu e que sorriso, amigos.
De uma coisa eu sei: se ela continuar eu não vou aguentar.
─ Vamos começar alongando. - ela fica ao meu lado. ─ Vou começar a contagem, tudo bem?
─ Sim.
─ Dez segundos pra cada um deles. Vamos lá. - virei para o espelho. ─ Começando pelo pescoço, um... dois... três... - Any foi me acompanhando e repetindo tudo o que eu fazia. ─ Isso, perfeito.
Nos alongamos durante exato dez minutos. Liberei Any para beber água e fui buscar meu celular pra colocar a música. ─ Já volto.
─ Tá bom.
Tinha esquecido meu celular na minha cama, então fui até o meu quarto buscá-lo. Joalin ainda não tinha voltado, nem Úrsula, pois a casa estava silenciosa. Coisa difícil de acontecer quando se tem Joalin em casa.
Desci até o studio novamente, abri a porto e Gabrielly estava sentada no sofá digitando rapidamente no celular.
Dei play na música que Kyle escolheu para o teste. ─ É a mesma música do teste. - avisei. ─ Pronta?
Ela levantou, amarrou o cabelo em um coque desajeitado e balançou a cabeça. ─ Prontíssima. - respondeu animada.
A música começa e ela fez a coreografia. No começo eu até acompanhei, caso esquecesse eu a lembraria, mas depois deixei que fizesse sozinha. Ela realmente dança bem. Kyle não ajudou muito ao adicionar a parte sensual na coreografia, não lembro de ter criado essa coreografia junto com ele, tenho quase certeza que ele a criou sozinho. Alguém trás um balde, por favor? Está difícil de se controlar.
A música chegou ao fim e eu bati palmas.
─ Muito bom, de verdade. - falei com sinceridade.
─ Obrigada. - diz sorrindo e ofegante.
─ Lembre-se de se entregar assim no teste também. - digo indo abraçar a mesma que retribui sorrindo.
- Capítulo revisado e corrigido. Edição feita dia 7 de junho.
