Hermione, no final da tarde, estava na horta podando os repolhos, grata porque diferente do dia anterior, hoje ela nem sequer tinha visto McLaggen, ou seja, podia se dedicar aos seus afazeres sem qualquer interrupção do homem pedante. Em resumo, um dia perfeito! Entretanto, a paz foi bruscamente interrompida pelo relinchar desesperado de um cavalo. Assustada, a jovem rapidamente levantou o rosto e viu Philipe sujo de lama, com a rédea partida e nenhum sinal de seu pai em qualquer lugar.
- Philipe? - Olhou desesperada para a entrada da cidade, mas não encontrou ninguém. Algo estava errado. Onde estava seu pai? Correu para o animal que relinchava e bufava batendo os cascos nos paralelepípedos da rua, claramente assustado. - O que aconteceu? Onde está o papai!? Me leve até ele!
Rapidamente a jovem buscou uma sela antiga e preparou o animal, não podia perder um minuto. Cavalgando velozmente, Hermione deixou a pequena cidade, seus cachos castanhos se embaraçavam com o vento, enquanto a garota forçava o animal ao máximo, viajando por toda a tarde e noite sem descaço. Ela e Philipe cruzaram o portão de ferro congelado com os primeiros raios da manha.
Desmontou apressadamente, ansiando encontra o pai. Entretanto, mesmo com toda a angústia que se acumulava em seu coração, ela se deteve um minuto para apreciar o castelo cujas torres altas estavam cobertas de neve e gelo. Era magnífico e assustador, uma imagem de sonhos e pesadelos. Hermione sentia algo no ar, algo que cantava atiçando aquele poder escondido em suas veias e esse chamado a assuntava mais do que qualquer coisa.
- Mas que lugar é esse? - Perguntou para si mesma temerosa.
Ao cruzar o pátio e abrir a grande porta, ela se viu num suntuoso e abandonado hall. As colunas eram todas esculpidas com ramos de flores, mas o que tinha em beleza tinha em triste solidão, algo estava errado naquele lugar e Hermione sentia isso.
- Olhe Theodore. Uma bela garota! - Sussurrou o candelabro.
- Sim! Eu posso ver que é uma garota. Eu perdi minhas mãos, não meus olhos.
- Mas e se ela for a escolhida? Aquela que vai quebrar o feitiço?
- Ela provavelmente é uma muggle. Não pode sequer nos ouvir! - Continuou ácido o relógio.
- Quem disse isso? - Hermione perguntou, para o vazio, assustada. Ela conseguia ouvir as vozes sussurradas, mas não sabia de onde vinham. - Quem está ai!?
Caminhando lentamente, a garota se dirigiu para o aparador onde um belo relógio estava ao lado de um candelabro de ouro. Se as velas estão acesas, alguém vive nesse castelo, raciocinou a jovem. Assim que ouviu a tosse distante de seu pai, Hermione tomou o candelabro nas mãos, correndo pelas escadas e cruzando longos corredores etentava encontra seu pai. Logo chegou a uma torre gelada e escura de onde parecia que o som da tosse estava vindo.
- Papai? - Ela chamou desesperada, enquanto subia as escadas em espirais o mais rápido que podia. - Papai, é você? Eu estou indo!
O encontrou na terceira cela. Maurice estava sentado contra as grades tossindo muito.
- Hermione!? Como você me achou? - Perguntou preocupado, enquanto tomava as mãos da filha nas suas.
- Suas mãos estão geladas! Preciso te levar para casa!
- Hermione, você precisa sair daqui o mais rápido possível! Esse castelo está vivo! Agora vá, antes que ele te encontre! - Disse desesperado, temendo pela vida da filha que nada entendia.
- Quem? Quem fez isso com o senhor?
Maurice não teve tempo de responder, o rosnado ameaçador preencheu a torre e Hermione inutilmente tentou esconder o pai atrás de si enquanto olhava para a direção que acreditava ter vindo o som.
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The Curse
FanfictionEra uma vez, no interior da Inglaterra, um belo Lorde Bruxo que vivia em um lindo castelo. Mesmo possuindo tudo o que seu coração desejava, o jovem era egoísta e preconceituoso, principalmente com aqueles que não possuíam sangue mágico. Com o dinhei...