Battle In The Castle.

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No castelo, Blaise dançava uma última valsa com Millicent ao som das teclas de Astória e o violino de Goyle.

- Ao menos, ele aprendeu finalmente a amar. - Afirmou o candelabro enquanto rodopiava com a dama.

- Teria sido melhor para nós se ela o amasse também. - Falou Theodore, entretanto seu tom não foi ácido, afinal falava de sua amiga Hermione.

- Ouviu isso mamãe? - Perguntou James, interrompendo a conversa dos adultos enquanto saltava para a janela e olhava pelo vidro. Ele tinha ouvido o barulho de um cavalo, talvez fosse a garota voltando. - Será que é ela? Ela está voltando?

- Mas será possível? - Perguntou Blaise saltando para a janela enquanto os outros se aproximavam também.

- Pelas barbas de Merlim!

- Invasores!

Todos os móveis do castelo se mobilizaram. E foram para o grande hall proteger a entrada.

- Levantem as barricadas! - Gritou Theodore subindo as escadas na direção da Ala Oeste. Ele avisaria Draco.

- Mantenham-se firmes!

Astória por ser o cravo foi a primeira a tentar impedir que as portas se abrissem.

- Como eles passaram pelos encantamentos de proteção? - Pansy perguntou.

- Eles têm o espelho! - Respondeu Millicent assustada ao ver o rapaz que liderava o ataque segurando o objeto.

O aríete usado conta a porta era mais forte e logo as sólidas portas de madeira começaram a se partir.

- Não está adiantando! - Gritou Pansy.

- Eu sei o que fazer! - Gritou Blaise, por cima dos outros gritos de guerra de "Matem a Fera" que vinha do lado de fora.

O quarto estava escuro e solitário, ou seja, o Bruxo só podia estar em sua torre e foi para lá que o relógio foi, subindo lentamente os incontáveis degraus, quando finalmente alcançou o topo viu Draco sentado na murada.

- Desculpe interromper, Draco. - Falou ácido.

- Ela não vai voltar! - Afirmou o outro pensando que era disso que se tratava a visita do amigo.

- Não é por isso que vim! Estão invadindo o castelo, tentando derrubar a porta!

- Não importa mais... Deixe que venham. - Falou derrotado enquanto voltava sua atenção para o luar.

* * *

Quando os aldeões menos esperavam as portas de madeira se abriram e todos que usavam o aríete caíram no chão uns por cima dos outros. A multidão entrou com suas tochas e bastões, mas tudo estava vazio e silencioso.

- Você não se preocupa, por um minuto, que essa castelo seja assombrado? - Perguntou Colins para Cormac.

- Não fique assustado, Creveey.

* * *

Hermione aparatou com os amigos na biblioteca. E já podia ouvir a batalha no hall.

- Esse lugar me parece familiar. - Comentou Harry olhando envolta.

- Parece que já estive aqui. - Concordou Gina.

- Isso não vem ao caso agora!

- Ron tem razão! Usem feitiços de desilusão e ajudem meus amigos!

Assim os quatro se desiludiram e foram ajudar como podiam.

No hall o caos estava instaurado. Pratos voavam acertando as cabeças das pessoas que os quebravam com os bastões e tochas. As cortinas já queimavam e as cadeiras pisoteavam os estranhos. Colins tinha recebido uma boa quantidade de golpes de um cabideiro boxeador para depois ficar preso sobre um cravo.

- Cormac, me ajude! - Implorou.

- Desculpe, velho amigo. É hora de virar um herói. - Falou enquanto corria para as escadas. McLaggen queria encontrar e matar a fera e só isso importava agora.

Lavander tentava cortar um espanador de pó com um machado, mas Millicent jogava poeira e mais poeira no rosto da garota que começava a sufocar de tanto tossir e espirrar. James era aquele que atirava os pires e pratos que se quebravam nos rostos dos inimigos, para ele era mais uma brincadeira do que uma situação de vida ou morte.

- Quatro, cinco, Seis... - Contava conforme nocauteava as pessoas a sua volta. - Sete, oito!

- Muito bem, James! Meu garoto! - Gritou Theodore, quando voltou para o hall e presenciou a cena. A criança era claramente filho do pai e tinha uma ótima pontaria.

O relógio por sua vez veio montado na escrivaninha de estudos e sem entender os livros a sua volta começaram a flutuar e acertar os invasores. Sem que ele percebesse uma ruiva invisível tinha encantado os livros com sua varinha.

- Há! São chamados de livros seus ignorantes! - Riu conforme os volumes de verdadeiras enciclopédias apagavam vários dos inimigos.

Daphne entrava na briga também e de suas portas e gavetas uma chuva de tecidos voavam amarrando e prendendo homens e mulheres. Já Pansy tinha se prendido ao lustre do teto e derramava água quente em quem podia.

- Muito quente? Ou fervente? - Riu maquiavélica enquanto via as pessoas correndo, gritando e escorregando na água. Mas ela logo parou quando enxergou através da desilusão de Harry que estuporava levemente outros invasores, esses segundos de desatenção lhe custaram seu equilíbrio e ela despencou rumo ao chão, se não fosse pelo Wingardium Leviosa do moreno ela teria se espatifado no chão.

Astória não ficava para trás das outras garotas, ela derrubava inúmeros enquanto tocava uma melodia estimulante e logo teve uma ideia melhor, começou a disparar suas teclas nos olhos dos invasores que corriam assustados.

Blaise, por sua vez, parecia um piromaníaco queimado quem estivesse a sua frente com os fogos de artifício mágicos, que comprara a muito tempo atrás na Gemialidades Weasley. Ele tinha que admitir, aqueles ruivos sabiam realmente como se divertirem!

- Conseguimos! - Gritava enquanto via os muggeles correndo para longe.

- Fujam! Fujam!

Ron foi o único que percebeu quando Luna entrou tranquilamente pelo meio da multidão e subiu as escadas, ele pretendia segui-la, mas a garota negou e o ruivo já tinha aprendido a deixar a loira com seus mistérios.

As pessoas fugiam, gritando desesperadas enquanto os bruxos se desiludiam e começavam a gargalhar acompanhando a mobília.

- Façam uma boa viagem!

- E nunca mais voltem!


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