For Evermore.

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Draco tocava a redoma de vidro enquanto observava a flor quando Theodore entrou.

- Eu tinha minha duvidas, Draco. Mas parece que o amor verdadeiro sempre vence no final!

Entretanto o outro apenas negou com a cabeça.

- Eu a deixei ir...

- O quê?

- Eu precisei.

- Por quê? - Perguntou agora Blaise, entrando junto com os demais.

- Porque ele a ama. - Constatou Pansy.

- E porque não somos humanos, outra vez? - Continuou o candelabro.

- Porque ela não o ama. - Constatou o relógio entristecido. - E agora é tarde demais.

- Mas ela ainda pode voltar. - Afirmou Millicent.

- Não... - Falou Draco, virando-se para a paisagem dos jardins. - Sinto muito por não conseguir libertar vocês...

- Venha, meu amor. - Falou Blaise abraçando Millicente que começava a chorar baixinho.

Os quatro se retiraram deixando Draco com seus próprios pensamento. Ele, uma vez, tivera tudo, fora o mestre do seu destino e nunca precisou de ninguém em sua vida, entretanto aprendeu a verdade muito tarde. O bruxo percebeu que nunca poderia afastar aquela dor que crescia em seu peito porque sempre que fechava os olhos ele a veria, a via sorrindo ao seu lado, pois tinha deixado que ela invadisse seu coração melancólico. E isso era mais do que ele podia aguentar.

Draco saltou pela varanda e abriu suas asas, deixando que o vento o envolvesse enquanto subia e planava até que estivesse na torre mais alta do castelo onde uma vez tinha revelado a ela seus pensamentos. E assim, ele soube que ela nunca o deixaria, mesmo que não estivesse mais ali, ela continuaria a atormentar seus pensamentos, o acalmar, o machucar e o motivar. Mesmo que seu tempo estivesse no fim ele a esperaria de portas abertas. Mesmo que estivesse se enganando com a certeza de que ela voltaria e ficaria com ele para sempre.

Ele a esperaria até o fim, desafiando o destino pelo amor e amaldiçoaria o apagar da luz. Por mais que agora Hermione estivesse fora de seu alcance, ela ainda estaria com ele, ele sabia que ela nunca o deixaria porque a via em cada canto daquele castelo. Ela moraria para sempre em seu coração e mesmo que nunca mais a visse, ela continuaria sendo parte de tudo que ele era. Mesmo que não pudesse envelhecer naquela torre solitária ele a esperaria de portas abertas. Mesmo que estivesse se enganando com a certeza de que ela voltaria e ficaria com ele até o fim. Ele a esperaria! E assim, a longa noite começou, ele se perdia em pensamentos, imaginando tudo que poderia ter sido e mesmo assim continuaria a esperá-la até seu fim.

Hermione aparatou onde lembrava ser sua casa a quase um ano atraz e ficou surpresa ao vê-la reconstruída, entretanto a horta antes cultivada agora permanecia estérea.

- Papai! - Chamou entrando na casa. - Papai sou eu! Eu voltei. - Ela o procurou por toda parte e ouviu a tosse vinda do último quarto. Ela o encontrou ardendo em febre e ao lado dele estava o Padre Longbotton que se assustou ao rever a garota.

- Hermione! Está de volta!?

- Como ele está Neville?

- Nada bem, senhorita.

- Eu posso ajudá-lo, mas... - Ela tinha poções de cura na sua bolsa, mas ao se voltar para o padre se lembrou da carta da inquisição na sua antiga casa em Paris. - Preciso que saia. - Falou firme.

- Eu entendo. - E por um segundo Hermione se perguntou o quanto Neville sabia sobre ela e os amigos bruxos que viviam naquela cidade.

Assim que o padre saiu ela pegou sua varinha e fez um feitiço diagnostico no pai que estava inconsciente pela febre. Depois de descobri o mal, agradeceu eternamente por todas as lições que recebera do criterioso Theodore, e por ter em sua bolsa exatamente a poção que precisava. Ela fez Maurice beber e quando a febre baixou e ele finalmente abriu os olhos, ela sussurrou o acalmando.

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