- Como o pai poderia deixar a filha nesse estado? - Pergunto enojada.
- Isso não é problema seu! Aliás quem é você? - Pergunta irritado.
- Sou a pessoa que trouxe sua filha para o hospital - Me aproximei, estava fervendo de raiva - Um pai que chama a filha de "Coisa", não é um pai, eu juro que eu vou fazer de tudo para você não chegar perto dela! - Adverto e ele me olha indignado.
- Como você ousa? Ela é minha filha!
- Não interessa, vão chamar as autoridades, isso não pode ficar assim.
- Maldita, quem você pensa que é pra se intrometer assim na vida dos outros?! - Ele diz se aproximando irado, mas não recuo, porém Midoriya se coloca na minha frente.
- Por favor, aqui não um local apropriado para discutir, tenham um pouco de respeito - Pede tentando acalmar a situação.
Me afasto quando o médico que atendeu a Eri-chan se aproxima.
- E então? Como ela está? - Pergunto preocupada.
- Ela acordou assustada, até entendo, seu corpo estava em péssimas condições, antes de mais nada informei as autoridades, assim que os exames forem finalizados vamos poder tratá-la melhor, a garota estava com febre, conseguimos abaixá-la, também lhe damos alguns medicamentos contra infecções, seus braços enfaixados mostram que a garota foi submetida a um tratamento horrível. Quem é o responsável por ela? - Pergunta nos observando.
Aponto para o infeliz não muito distante de mim.
- Ele é o pai.
- Senhor, por favor, peço que me acompanhe e explique as autoridades o que se trata - Pede sério.
Chisaki me olha e depois assenti o acompanhando. Depois de um tempo, ouvi gritos na recepção, me esgueirei, como todos os curiosos que aqui estavam, e vi Chisaki sendo arrastado a força pelos policiais, até que chegou um momento em que precisaram usar uma arma de choque nele.
- Precisavam de tudo isso? - Pergunto parando ao lado da minha mãe.
- Quando ele fez o registro de parente da menina, constataram que ele não era o pai de verdade, a garota nem mesmo tinha documentos de identidade, tudo levou a crer que ele estava mantendo-a em cativeiro pelas péssimas condições da menina, e também - Ela suspirou - Alguém reconheceu o seu rosto e contatou a polícia, ele era um vendedor de drogas.
- Ainda bem que livramos a Eri-chan, das mãos daquele crápula - Falo aliviada.
- "Eri-chan"? - Ela se vira para mim e sorri - Deu um nome para ela? - Pergunta curiosa, assinto.
- É melhor do que era chamada.
- Certo, mas eu espero que você não tenha se apegado a menina - Lhe olho confusa.
- Nande?
- Oras, querida, por ela não ser filha dele e não ter registro, ela será levada para um orfanato - Desvio o olhar.
- Posso ver a Eri-chan? - Pergunto para o médico que atendeu ela.
- Eri-chan?... Está se referindo há garotinha que você trouxe? - Pergunta e eu assinto - Ela está no quarto 6 e se recusa a comer, seria bom se você a convencesse - Diz e eu caminho até lá.
- Toc-toc - Bato na porta e não recebo nenhum retorno, bufo e abro a porta, vejo-a deitada com o cobertor do hospital por cima dela - Oras, quando alguém fala "toc-toc", você deve perguntar: "quem é?" - Ela se descobre e me olha com aqueles olhinhos fofos amedrontados, de certa forma, seus olhos me lembram um certo alguém. Me aproximei e me sentei ao seu lado, logo a trazendo para perto de mim - Ei, Eri-chan, você precisa se alimentar, se não você vai desmaiar de novo - Comento observando a bandeja de comida ao lado.
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Eu Te Odeio Baka!!! | LIVRO 2 |
FanfictionComo todo mundo, crescemos, amadurecemos, aprendemos o que é ser um adulto, seguimos em frente, principalmente, em rumo ao nosso destino, nossos sonhos, ideais. A pessoa que eu me tornei? O que eu fiz depois que terminei a faculdade? Vocês só vão de...