Cap 5: Adoção

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- Como o pai poderia deixar a filha nesse estado? - Pergunto enojada.

- Isso não é problema seu! Aliás quem é você? - Pergunta irritado.

- Sou a pessoa que trouxe sua filha para o hospital - Me aproximei, estava fervendo de raiva - Um pai que chama a filha de "Coisa", não é um pai, eu juro que eu vou fazer de tudo para você não chegar perto dela! - Adverto e ele me olha indignado.

- Como você ousa? Ela é minha filha!

- Não interessa, vão chamar as autoridades, isso não pode ficar assim.

- Maldita, quem você pensa que é pra se intrometer assim na vida dos outros?! - Ele diz se aproximando irado, mas não recuo, porém Midoriya se coloca na minha frente.

- Por favor, aqui não um local apropriado para discutir, tenham um pouco de respeito - Pede tentando acalmar a situação.

Me afasto quando o médico que atendeu a Eri-chan se aproxima.

- E então? Como ela está? - Pergunto preocupada.

- Ela acordou assustada, até entendo, seu corpo estava em péssimas condições, antes de mais nada informei as autoridades, assim que os exames forem finalizados vamos poder tratá-la melhor, a garota estava com febre, conseguimos abaixá-la, também lhe damos alguns medicamentos contra infecções, seus braços enfaixados mostram que a garota foi submetida a um tratamento horrível. Quem é o responsável por ela? - Pergunta nos observando.

Aponto para o infeliz não muito distante de mim.

- Ele é o pai.

- Senhor, por favor, peço que me acompanhe e explique as autoridades o que se trata - Pede sério.

Chisaki me olha e depois assenti o acompanhando. Depois de um tempo, ouvi gritos na recepção, me esgueirei, como todos os curiosos que aqui estavam, e vi Chisaki sendo arrastado a força pelos policiais, até que chegou um momento em que precisaram usar uma arma de choque nele.

- Precisavam de tudo isso? - Pergunto parando ao lado da minha mãe.

- Quando ele fez o registro de parente da menina, constataram que ele não era o pai de verdade, a garota nem mesmo tinha documentos de identidade, tudo levou a crer que ele estava mantendo-a em cativeiro pelas péssimas condições da menina, e também - Ela suspirou - Alguém reconheceu o seu rosto e contatou a polícia, ele era um vendedor de drogas.

- Ainda bem que livramos a Eri-chan, das mãos daquele crápula - Falo aliviada.

- "Eri-chan"? - Ela se vira para mim e sorri - Deu um nome para ela? - Pergunta curiosa, assinto.

- É melhor do que era chamada.

- Certo, mas eu espero que você não tenha se apegado a menina - Lhe olho confusa.

- Nande?

- Oras, querida, por ela não ser filha dele e não ter registro, ela será levada para um orfanato - Desvio o olhar.

- Posso ver a Eri-chan? - Pergunto para o médico que atendeu ela.

- Eri-chan?... Está se referindo há garotinha que você trouxe? - Pergunta e eu assinto - Ela está no quarto 6 e se recusa a comer, seria bom se você a convencesse - Diz e eu caminho até lá.

- Toc-toc - Bato na porta e não recebo nenhum retorno, bufo e abro a porta, vejo-a deitada com o cobertor do hospital por cima dela - Oras, quando alguém fala "toc-toc", você deve perguntar: "quem é?" - Ela se descobre e me olha com aqueles olhinhos fofos amedrontados, de certa forma, seus olhos me lembram um certo alguém. Me aproximei e me sentei ao seu lado, logo a trazendo para perto de mim - Ei, Eri-chan,  você precisa se alimentar, se não você vai desmaiar de novo - Comento observando a bandeja de comida ao lado.

Eu Te Odeio Baka!!! | LIVRO 2 |Onde histórias criam vida. Descubra agora