37 - dividir e conquistar

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"Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte." Arthur Schopenhauer


Partimos em dois grupos, cada qual em um sofisticado SUV Rolls-Royce Cullinan preto com capacidade de abrigar um exército dentro, o intuito era camuflar os carros junto à escuridão noturna

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Partimos em dois grupos, cada qual em um sofisticado SUV Rolls-Royce Cullinan preto com capacidade de abrigar um exército dentro, o intuito era camuflar os carros junto à escuridão noturna. Naquele momento a noite já havia evoluído de fria para glacial, eu me sentia literalmente dentro de um iglu frígido, era sinistro. Mesmo usando luvas longas da Versace eu ainda conseguia sentir o gélido na ponta de meus dedos como um anestésico doloroso, nada me faria mais feliz que ir embora da Rússia o mais rápido possível.

Levo involuntariamente uma de minhas mãos até a bolsa de meu arco como se quisesse ter certeza que estava tudo certo, mas eu sabia que estava, afinal chequei três vezes antes de deixarmos o hotel, apenas deveria mentalizar que nada daria errado para conseguir relaxar. Toni estava ao lado com sua cabeça repousada em meu ombro girando sua faca entre os dedos, a leve luz no carro refletia na lâmina perigosa, ela usava uma touca branca que a deixava tão serena quanto um dos flocos de neve lá fora, quando me encara sorri gentilmente mas sem parar de brincar com a arma, como era possível alguém conseguir balancear dois lados tão opostos ao mesmo tempo?

Meu pai havia convocado apenas seus melhores homens para virem a Rússia, eles ajudariam cercando todo os perímetro do local onde os italianos estavam e quebrando a cara de quem se metesse em nosso caminho, é claro. Nossa parte nisso tudo era invadir o local e capturar os maldito Ianucci até a chegada do FBI.

— Já esteve na Rússia antes, Toni? – Meu pai pergunta quebrando o silêncio do carro, ele estava no banco do motorista com Hiram no carona, eu e Toni estávamos atrás.

— Não que eu me lembre. – Toni responde sem tirar a cabeça do meu ombro. — Acho que prefiro lugares mais quentes. – Termina divertida, meu pai balança a cabeça concordando com ela.

— Eu só vim a esse país em ocasiões que fui obrigado, acho que isso diz muita coisa. – Ele diz sorrindo enquanto acelera o carro, meu tio desliga a ligação que estava fazendo. — Tudo certo em Riverdale?

— Veronica disse para não nos preocuparmos com nada. – Hiram responde aliviado, os olhos vidrados na rua a frente.

Veronica havia ficado em Riverdale junto a Reggie tomando conta das coisas, não éramos burros de irmos para outro país e deixarmos nossos territórios desprotegidos, Southside ficou aos cuidados de Sweet Pea e Fangs, pelo o que soube Heather também se juntaria a eles, eu estava tranquila pois sabia das habilidades e capacidades dos nossos amigos, nossas casas estavam seguras, restava a nós nos mantermos vivos.

Chegamos ao local indicado em nossos rastreadores, era bem posicionado, um pouco afastado do centro mas ainda era possível escutar um certo burburinho ao longe, as pessoas em todo o mundo parecem nunca dormir totalmente, o que me levar a pensar que essa missão estava se tornando cada vez mais complicada, invadir uma casa daquele porte sem fazer barulho e chamar atenção? Puta que pariu. O carro reduz a velocidade até parar, meu pai se vira olhando para nós:

By Blood - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora