"No fim do jogo, peões e reis voltam para a mesma caixa." Provérbio italiano.
Jughead aperta a campainha e nós quatro esperamos uma senhora atender a porta, usa botas de cano alto e luvas de couro, deve ter uns trinta e oito anos, os cabelos estão presos por um broche em bijuteria, ela é bem diferente do que eu esperava, a esse ponto eu imaginava que qualquer coisa ou pessoa poderia aparecer em nosso caminho.
— Bom dia, Mr. Jones? – Ela inicia um diálogo mas não nos deixa entrar ainda — Nos falamos ao telefone, certo?
— Isso! Muito prazer, Mariana. – Jughead responde encarando a mulher nos olhos, precisamos que ela confie em nós já que ela é a única ponte que temos nessa história.
— O prazer é meu, entrem. – Mariana nos dá passagem e entramos, a mulher nos guia ao que parece uma sala de visitas, observo o local, tem recortes de jornais cuidadosamente colados em um pequeno mural ao canto, se são intencionais ou apenas parte da decoração eu não sei. Betty e Veronica sentam lado a lado em poltronas de couro, eu continuo de pé.
— Então, o assunto era muito pessoal para ser tratado ao telefone? – Sua voz é descontraída mas me pergunto se ela não está apenas mascarando nervosismo.
— Sim, Alex e Titi nos indicaram você. – Jughead responde e olha pra mim, me encorajando a falar.
— Preciso de sua ajuda. – Digo olhando para a mulher — Sei que há muito tempo atrás você investigou o assassinato dos Topaz e têm provas disso.
O semblante da mulher que antes estava impassível muda. Ela parece ficar mais interessada na situação que nos trouxe até aqui.
— Assassinato? O laudo na época foi acidente, como vocês sabem disso?
— Sabemos de muita coisa, detetive. Digamos que acham que meu pai mandou matar os Topaz, e digamos que eu sou apaixonada pela filha dos Topaz, que descobriu toda a história... Ela foi embora assim que descobriu, é claro. – Respiro fundo e continuo — Porém, se houver uma mínima parcela de chance de meu pai não ter mandado fazer isso, seria nossa salvação, entende? E eu pago, pago o quanto você quiser. – Bato na maleta de couro que está em minhas mãos enfatizando o pedido.
— Eu lembro desse caso, ele me fez largar a polícia, nunca senti tanto ódio como naquela época sabiam? – Mariana me encara, depois encara a cada um de nós — Sabíamos que o casal havia sido morto a tiros mas nossos superiores receberam muito dinheiro na época para cobrir tudo...
— Os seus superiores estariam vivos, detetive? – Betty pergunta.
— Acho muito difícil, meu anjo. Se não morreram de velhice foram mortos pela corrupção que eram metidos.
— Mas... Elas disseram que você ainda têm as provas, é verdade? – Jughead questiona. A mulher o encara e respira fundo, logo depois vai até a porta girando a chave mais uma vez e trancando as fechaduras que se encontram logo acima, segue até as janelas e fecha cada uma das cortinas até que tudo fique fechado, me sinto automaticamente protegida, é loucura.
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By Blood - Choni
Fiksi Penggemarirresistível [adjetivo] 1. a cuja força ou sedução não há como resistir. 2. que não se pode suster ou dominar; irreprimível. "Riverdale é uma cidade sem muitos incidentes, o que ninguém sabia é que nela residiam duas máfias especializadas em roubos...