[PT 2] Cap 8 - Margaret Tozier

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Vancouver; Canadá

17/12/1995
07:30 A.M

Por mais cansado e desorientado que estivesse por conta de (mais uma vez, assim como todos os dias dessa semana) seu maldito, porém confiável alarme eletrônico, que tocava como louco as plenas 7:30 da manhã, acordou Will de seus sonhos. O deixando um pouco desnorteado, o fazendo se virar e ver... Mais uma vez, o outro lado da cama vazia, assim como ela ficava todos os dias quando acordava há duas semanas inteiras, acordando sempre sozinho, tento somente a companhia de seu alarme, e junto as incansáveis pessoas do lado de fora de sua casa cantando músicas natalinas típicas e, por muita vezes genéricas da época fria que estava se estabelecendo nas regiões de todo o mundo... Bom, a maior parte, pelo menos.

Por mais que duvidassem a princípio quando Will dizia, era verdade. Ele nunca realmente gostou da época de natal, pelo menos não como as outras crianças. Ele amava estar junto a sua família, junto a Jonathan e sua mãe, em um dia em que eles comemoravam por eles ainda estarem juntos, depois de mais um ano cheio de controvérsias. Mas...  Como sua família nunca teve o dinheiro o suficiente para comemorar o natal da maneira que se deve, ele simplismente acabou por não se apegar a época como todos os seus amigos na época, principalmente Dustin que, no momento em que o calendário marcava dia um de dezembro, ele se animava mais do que todas as pessoas que Will conhecia misturadas em uma só, mais do qur o próprio papai Noel entregando os presentes para crianças boas. Em resumo, Dustin amava o natal mais do que tudo.

E junto com o natal, estava chegando o dia que Will estava aguardando a mais de um ano. O dia que estava sendo planejado por ele há exatos 379 dias. E sinceramente... Sua empolgação não podia aumentar mais do que ela já estava. Ele precisava manter a calma, caso contrário tudo iria ladeira a abaixo, porque se dependesse da empolgação e das crises que “outro" dia em relação ao evento, Will já teria entrado em um colapso nervoso a muito tempo. Talvez ele só precisasse...

Will? Você acordou? – Uma voz chamou pelo garoto. Mas não era uma voz normal... Era a voz dele, misturada com o som de uma frigideira, e de uma máquina né café sendo iniciada. E essa voz, essa bendita e doce voz, causou um salto no coração de Will. Era sempre assim, desde que a ouviu pela primeira vez, quando muito pequeno.

S-Sim... Por... O que você está fazendo aqui? Eu achei que... – Por que Will estava tão incomodado por isso? Afinal, no fim das contas isso não importava, o que realmente havia importância era que. . Ele estava em casa, de manhã, depois de quase duas semanas sem conseguirem nem ao menos se ver direito. Ele estava acordado, no mesmo lugar que Will, apenas a alguns passos de distância – Achei que você iria resolver o que falta para o...

– Bom, eu iria, mas... – Os sons pararam, e o que restou foram somente ecos de passos, que estavam cada vez mais altos, e cada vez mais próximos de onde Will estava. E quando parecia que não havia como ficar maior o som, a porta do quarto se abriu, e nela agora estava presente... Ele, com uma bandeja de café da manhã em suas mãos, com um sorriso tão belo que era capaz de fazer o mais tristes dos corações sorrir, era tão belo quanto seu rosto cheio de sardas brilhando em suas bochechas, como se as próprias constelações da noite tivessem se estabelecido naquela região específica, com seus cabelos cacheados recebendo a luz da janela, o deixando com uma aparência até que divina. Se anjos realmente existissem, Will sabia que eles provavelmente teriam essa aparência, de tão lindo que ele é, e provavelmente sempre será – Como nós não conseguimos conversar em quase nenhum momento nessas duas semanas... – Ele se sentou na beirada da cama, colocando a bandeja no colo de Will, que já estava sentado em uma forma confortável – Eu adiantei todo a minha parte ontem, para que hoje... – Ele distribuiu um beijo na testa de Will, e fez carinho em suas bochechas, sorrindo – Eu possa passar o dia inteiro com você, Amor...

Alone Without You/BylerOnde histórias criam vida. Descubra agora