Alone Without You/Byler

[PT 2] Cap 5 - Hopper...

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Vancouver; Canadá
16/12/1995
10:52 PM

"Dessa vez Will acabou por não ficar dependente de seu despertador, com medo de acabar se atrasando como no dia anterior, que com certeza acabaria tendo problemas caso seu amigo não houvesse chegado a tempo para ajudá-lo com os preparativos finais.

E bem... Ter acordado cedo pode ter facilitado para Will, porém as tarefas que tem como plano serem realizadas hoje são duas vezes maior do que as do dia anterior, fazendo com que o garoto com certeza desejasse as realizar do que qualquer outra que estava fazendo nesse exato momento.

Não havia coisa pior para ele do que convencer pessoas a fazer o que ele queria por meio de uma ligação telefônica, que deveria ser simples, porém a insistência de seu ajudante em fazer as coisas do jeito dele não facilitava com nada a vida de Byers, que tentava incansavelmente convencer que tudo fosse preparado de seu modo.

Queria que tudo fosse perfeito. Esse evento era o mais importante que já teve que participar, e queria que o mesmo pudesse satisfazer a ele em primeiro lugar.

E não somente ele, é claro, mas também...

– Eu já falei, eu não quero uma escultura de gelo. O quão difícil é entender uma coisa dessas? – Will respondeu a ligação com um pouco de raiva. Achava que tal assunto já havia sido encerrado a muito tempo.

– Mas Senhor Byers... Uma escultura de gelo seria uma boa imagem para o... – Will já estava se cansando daquela voz que só ouvia por telefone. Sinceramente... Ele desejava nem a ouvir por tal aparelho eletrônico.

– Eu não ligo, eu não quero que seja um clichê, eu quero que seja diferente de todos – O que o garoto disse era a mais pura verdade em seu próprio ponto de perspectiva – Desculpa parecer bravo, mas é que aqui é o Canadá, já vi gelo o bastante em todo lugar que eu vou, eu não quero precisar ver isso no...

– Não, senhor Byers. Não se preocupe, entendo seu motivo – O homem o interrompeu, finalmente entendendo seu motivo.

Will suspirou, finalmente se sentindo vitorioso por finalmente ter a sua opinião ouvida por quem parecia a ignorar todo o momento desde que fora contratado para isso.

Era por esse motivo que Will sempre deixava esse tou de coisa para outra pessoa, sendo essa quiser sempre seu...

– Espera um minuto, estou recebendo outra ligação – O telefone fez repetidos sinais, simbolizando o interesse que outra pessoa tinha em falar com Will – Eu te ligo mais tarde, Tá bom?

– Sim senhor, até depois – O homem desligou a ligação, dando espaço para Will atender a outra chamada.

Ao atender, uma voz feminina ecoou em seus ouvidos, uma voz que reconhecia muito bem em sua vida. Uma que havia demorado para conhecer. De uma pessoa que o ajudou em seu momento mais difícil, e que merece todo o amor que se possa imaginar de quem quer que esteja ao seu redor.

Uma que Will por muito tempo sentia ciúmes sem nenhum motivo sequer, porém com o passar do tempo aprendeu que tal sentimento não era justificável e... digamos, um tanto quanto ridículo e desnecessário em muitos casos da vida.