Lo Intentaré

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-Giovanna vamos ter uma folga de três dias, que tal irmos para nossa casa em Acapulco?

-Não sei Alfonso, tá muito em cima da hora

-Vamos, estou te achando cabisbaixa ultimamente vai ser bom sair um pouco dessa casa

-Posso pensar?

-Pode mas não demora muito.. chama a Dulce pra vir conosco

-Que?

-A Dulce, convida ela vocês se dão tão bem

-Melhor não, ela já deve ter seus compromissos

-Não tem não, eu perguntei.. convida ela Giovanna

Alfonso não faz a menor ideia do que está me pedindo, com que cara eu vou convidar ela? Não quero ir nessa viagem não estou no clima de praia, só quero ficar aqui mesmo tentando esquecer aquele beijo, fingindo que está tudo bem e que Ela já não me faz falta. Minha cara deve estar péssima mesmo a ponto do Alfonso notar, ele sabe que amo aquela casa e sempre que posso me escondo naquela ilha, mas no momento não vejo sentido estar lá, ainda mais com Dulce ali tão perto de mim e Alfonso a nossa volta, isso pode acabar muito errado.

-E aí ela vai com a gente?

-Ãh? Não falei com ela ainda. Não é melhor você convida-la? É sua colega de trabalho

-Giovanna para com isso, você está tão dispersa.. liga logo pra ela

-Vamos só nós dois

-Por que? Vocês brigaram?

-Claro que não! Pode deixar eu vou convida-la

Prefiro ser humilhada por ela do que Alfonso cogitar qualquer possibilidade de desentendimento entre nós, imagina o estrago que seria. Peguei o celular e fui para o jardim, respirei fundo e lentamente criei um script para falar com ela mas a coragem não vinha de jeito nenhum, me sinto péssima já não sou a mesma pessoa desinibida que não temia nada, agora eu pareço uma garotinha com o coração apertado com medo de ser rejeitada, liguei e a chamada nem se quer completou, não vou mentir, me senti aliviada - Eu tentei.

-Alfonso vamos só nós dois mesmo

-Ué, ela não quis ir?

-Não consegui falar com ela, a ligação não completa

-Então vamos até lá

Alfonso está me enlouquecendo com essa obsessão de convidar Dulce pra viajar conosco, ela é só uma colega de trabalho dele, pra que esse desespero de tê-la na nossa casa, será que ele desconfia de alguma coisa e quer ter certeza? Meu coração congela só de imaginar minha mãe sabendo dessa história e prejudicando a carreira da Dul. Essa agonia me deixou com uma violenta dor de cabeça, tomei um analgésico e peguei no sono na espreguiçadeira da varanda. Não sei por quanto tempo dormi mas já estava anoitecendo quando Alfonso veio me chamar para irmos a casa de Dulce. Ele não esqueceu isso e já estou ficando irritada com essa situação.

-Alfonso estou pronta vamos, mas você fica no carro

-Tá, mas não demora.. Aah chama aquela menina que mora com ela também..

-Maite?

-Isso, nunca lembro o nome dela

-Você trabalha com ela Alfonso, por favor.. - Agora ficou claro o desespero de convidar a Dulce, ele quer mesmo é que a Maite vá nessa viagem, que alívio!

Quase não consigo entrar no apartamento, Maite veio em cima de mim como um cão de guarda, Dul deve ter feito a burrice de contar a ela, agora eu e Maite estamos presas em dois segredos. Dulce apareceu na sala com os cabelos molhados e só de roupão, aquilo parecia uma provocação, que vontade de arrancar aquele pano e ver seu corpo nu, os gritos da Maite me desconcentraram, Dul pediu que ela saísse da sala e ficamos a sóis. Falei com ela como uma atriz no exercício da função, desconvercei de seus assuntos sentimentais e fui muito baixa explicando nossa relação de amizade com direitos, isso saiu da minha boca por culpa daquele roupão, não posso ter direitos de nada com ela. Me parecia um pouco chateada comigo e fui muito forte para continuar tratando ela daquele jeito, ao mesmo tempo que não posso tê-la só consigo imaginar nós duas nessa viagem durante três dias, se Alfonso pode eu também posso. Na despedida tentei beijar sua boca mas ela virou o rosto e o beijo foi no canto da boca, e me deixou com gostinho de quero mais.



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