Camila entrou às escondidas com o copo da Starbucks na biblioteca. Não podia acreditar que estivesse desobedecendo a uma norma tão importante sobre entrar com uma bebida na Sala Principal de Leitura, mas só assim poderia passar a manhã.
Como tinha dormido umas poucas horas e cada uma delas se foram interrompidas por estranhos, e inclusive violentos, sonhos sexuais. De vez em quando, despertava empapada em suor, com a mão dentro da calcinha.
Tentou descartar as lembranças de seus sonhos e todos os pensamentos da noite anterior, mas a noite se agarrava a ela como um aroma.
As carícias do Lawrence tinham deixado o corpo e a mente afiados. Sentia-se esquisita e sensível a tudo: sons, luz... Inclusive sabores. Fixou-se pela primeira vez na terrosa cor do café da manhã e em como cada gole acabava num toque doce, como o chocolate amargo.
Quando se aproximou de sua mesa, viu que tinha uma caixa branca em cima. Observou-a com mais atenção e reconheceu o inconfundível logotipo da Apple.
— Que demônios?
Levantou a tampa e descobriu um envelope de papel no interior. Dele tirou um Iphone novo de última geração. E um pequeno cartão branco. Abriu-o.
"Querida Camila:
Suponho que chegou a casa bem ontem à noite.
A próxima vez que sair correndo assim, por favor, no mínimo, me mande uma mensagem me informando de que está bem. Ou, melhor ainda, chamarei neste telefone para comprová-lo por mim mesmo.
Sim, este telefone é seu, mas só para usá-lo entre nós dois. Quero que fique com ele e o leve sempre com você e ligado
L."
Pelo visto, conseguiu descobrir que ele era provavelmente o único homem no planeta que enviava Iphones em de vez de flores.
— O que acontece, Cabello? — perguntou Alex, sobressaltando-a.
— Nada. — respondeu. — Você sabe como funciona esta coisa? — Entregou-lhe o Iphone.
— Sei respirar, não? — disse ele, ao tempo que apertava um botão. O logotipo branco da Apple apareceu na tela.
— Onde estava todo esse talento quando você queria ligar para a mensageira? Certo, quando toca, como atendo?
Alex suspirou e deu um curso rápido deslizando os dedos e pulsando por toda a tela.
— Onde está o teclado? — perguntou Camila. — Não posso escrever com isto.
— Sim. — respondeu ele. — Você deve ser mais das do BlackBerry. — Dito isso, partiu para voltar com mais livros.
Camila meteu o telefone na bolsa e leu a nota uma outra vez, incapaz de reprimir o sorriso ou alguns pensamentos que não cabiam numa biblioteca.
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A Bibliotecária
FanfictionCamila Cabello, uma brilhante rata de biblioteca, conseguiu seu emprego tão sonhado: bibliotecária na Biblioteca Pública de Nova Iorque. Mas o descobrimento das sórdidas aventuras sexuais de um jovem libertino milionário entre os santos corredores e...