Às seis e meia, Camila deslizou o cartão no apartamento 2020 do Four Seasons. Mas essa noite seria a única das instruções de Lawrence que seguiria. Dentro, o ar condicionado gelado a fez estremecer. Fechou a porta a suas costas.
— Olá? — disse, uma vez que entrava no salão. As flores cobriam virtualmente todas as superfícies, rosas, orquídeas, copos-de-leite, todas em vasos de vidro esculpido.
Por uma vez não havia camareira a esperando para ajuda-la a se vestir e isso foi um alívio. Possivelmente Lawrence supunha que já podia fazê-lo sozinha.
Deixou a bolsa Chanel na banqueta cor de cereja da entrada e entrou no quarto. A enorme cama estava cheia de sacolas e caixas envoltas com laços de todas as cores. Camila deu meia volta e retornou ao salão. Sentou-se numa poltrona de camurça e começou a bater o pé no chão ansiosa.
Agora tudo começava a fazer sentido. Sloan arrancando das suas mãos o convite da galeria. Como olhava para Lawrence nas reuniões e como tinha se mostrando cada vez menos tolerante a respeito de qualquer atenção que Lawrence tivesse com ela. Estava claro que não só tinha tido algo com Lawrence, mas também, com ou sem noivo, Sloan ainda sentia algo por ele.
A porta se abriu.
Lawrence entrou e sua surpresa foi evidente ao encontra-la sentada no meio da sala. O assombro no seu rosto foi provavelmente o primeiro momento de descuido que Camila viu nele e em outras circunstâncias esse gesto com toda segurança teria feito que lhe pegasse ainda mais amor. Mas não nesse momento.
— Por que não está vestida? — perguntou mais alarmado do que irritado.
Claramente, foi bastante inteligente para saber que algo ia mau.
— Estou vestida — replicou e se levantou para atravessar a sala e ficar diante dele. — E vou. Só queria te dar isto.
Colocou o pingente na mão. Ele abaixou a cabeça e a olhou como se a visse pela primeira vez.
— Não entendo — disse.
— Não, sou eu quem não entendia-o. Não dava conta de que o pingente era algo comum entre o pessoal feminino da biblioteca.
Seus olhos brilharam pela compreensão, mas rapidamente lhe dirigiram um sereno olhar neutro.
— Duvido que alguma de suas companheiras do balcão de empréstimos leve esta corrente— afirmou.
— Ah, não ficou sabendo? Já não estou no balcão de empréstimos. fui rebaixada ao balcão de devoluções. Ao que parece, minha chefe não está muito contente comigo ultimamente. Tem alguma idéia por que poderia ser?
— Parece que você sim. Então por que não diz simplesmente o que tem na cabeça, Camila?
— Por que não me disse que tinha dormido com Sloan?
— Não falo de ex-amantes. E foi há muito tempo.
— Maldito seja, Lawrence! Não posso acreditar. Sinto-me tão estúpida... — Sentiu que os olhos se enchiam de lágrimas e virou-se para que ele não pudesse as ver. — Estivemos na cama falando durante horas ontem à noite e, mesmo assim, não sei por que, não pensou em mencionar isto?
— Não tem absolutamente nada que ver com você, Camila — insistiu ele, apoiando uma mão no seu ombro.
Mas ela não se virou. Em vez disso, manteve os olhos fixos nas janelas, das que podia ver o centro da cidade.
— Não me parece isso — sussurrou.
— Foi há muito tempo, Camila. E foi algo breve.
— Estava apaixonado por ela? — perguntou em voz baixa.
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A Bibliotecária
FanfictionCamila Cabello, uma brilhante rata de biblioteca, conseguiu seu emprego tão sonhado: bibliotecária na Biblioteca Pública de Nova Iorque. Mas o descobrimento das sórdidas aventuras sexuais de um jovem libertino milionário entre os santos corredores e...