Capítulo 5

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- Não lembro nem um pouquinho dessa conversa - Respondi sorrindo e então ela continuou.

- Claro baby, você estava completamente bêbado - ela riu - mas... A questão foi que você abriu seu coração para mim, assumiu ser gay e estar apaixonado por alguém que não lhe dava valor, certo?

- Cacete, eu te disse essas coisas mesmo? - Respondi sem graça e escondendo o rosto com as mãos.

- Disse, mas não precisa se envergonhar disso. A questão é que agora eu quero abrir meu coração para você... Sou lésbica Gui - ela respirou fundo e então continuou - Eu percebi isso desde menininha cara, mais relutei contra isso durante minha vida inteira, foi então que eu comecei a namorar com os meninos do colégio, na tentativa de esconder quem eu realmente era de verdade, namorei com vários garotos mais nunca dava certo por muito tempo, pois eles queriam mais, queriam sexo e eu não poderia sacia-los pois seria um sofrimento para mim transar com alguém do sexo masculino e está sendo assim agora com o André - ela finalizou, com lágrimas escorrendo em seu rosto.

- Uou, me pegou de surpresa... Eu jamais imaginaria que uma menina que parecia ser patricinha e tirada, teria uma vida assim tão conturbada - eu a abracei forte - Mas... como eu posso te ajudar?

- Gui, eu estou cansada de namorar caras hetero, que depois de um tempo começam a querer sexo a qualquer custo... foi então que eu tive a ideia de, você ser meu namorado de mentirinha.

- Eu? O André já não vai muito com a minha cara, imagina só quando ele descobrisse isso? - Falei espantado.

- Fodasse o André, eu só estava com ele por status e ele meio que sabe isso mais não quer aceitar, eu só precisaria de um tempo antes da gente assumir nossa relação, para organizar algumas coisas e terminar com o André. Vai me ajudar? Diz que sim por favor - ela me abraçou.

- Ai... Ta bom, eu aceito te ajudar mimadinha.

A Dana ficou muito feliz por eu ter topado ajudar nessa ideia de namoro falso, mais na verdade isso não estava me deixando nem um pouco confortável pois sentia cheiro de problemas. Nós conversamos mais um pouco e em seguida ela foi embora.

Cerca de uma hora depois, o Tho chegou em casa completamente molhado de suor. Ele subiu direto para o quarto onde eu estava deitado lendo um livro e então pegou uma roupa qualquer em seu guarda-roupa, me cumprimentou e então entrou na suíte de seu quarto, deixando a porta entre aberta. De repente não conseguia mais me concentrar no livro, minha mente só idealizava o que o Thomaz estava completamente sem roupas a alguns centímetros de mim. Foi então que eu levantei lentamente e me ajoelhei atrás da porta e em seguida inclinei um pouco a cabeça e meus amigos... que corpo! O Tho tinha coxas grossas e bastante tesudas, braços fortes e pés de tirar o fôlego. Quando ele se virou de frente, pude ver seu abdômen completamente definido e másculo e é claro o seu pau, que para minha surpresa estava completamente duro e pulsando e logo o Tho iniciou uma punheta. Caralho, meu pau deu sinal de vida na mesma, comecei a aperta-lo por cima da bermuda, enquanto admirava o Tho ali se aliviando. Thomaz então desligou o chuveiro e se recostou na parede, logo em seguida ele pôs sua mão em volta do seu pau que babava a todo segundo e começou a fazer movimentos de vai e vem, como se estivesse realmente comendo alguém. Minutos depois o Tho gozou toda a parede do banheiro e limpou com sua boxer suada da academia. Corri de volta pra cama e logo a porta se abriu, ele saiu do banheiro e jogou as roupas usadas no cesto.

- Jô, vou lá embaixo ver se tem algo pra comer, quer algo? - Thomaz me perguntou.

- Pode ser, vou tomar banho e nós comemos - Respondi e logo o Thomaz deu as costas.

Levantei correndo e fui até a porta do quarto ver se ele realmente tinha decido, logo em seguida voltei e fui até o cesto de roupas e lá estava aquela cueca vermelha, suada e melada de porra do Tho. Tive medo de ser flagrado, porém o tesão estava me dominando naquele momento, fui para o banheiro e então tranquei a porta. Sentei no vaso e então comecei a cheirar a cueca do Tho e a esfregar ela em meu rosto, tirei meu pau pra fora e comecei a bater uma na intenção dele. Por mais que eu tentasse evitar, era impossível eu não sentir tesão pelo Tho, era assim desde que eramos pequenos e agora que ele havia se tornado um macho gostoso da porra era mais difícil ainda. Sentir o cheiro do pau dele me deixava tão alucinado, que em menos de dez minutos gozei em meu abdômen. Tomei um banho e logo o arrependimento bateu, o Thomaz era completamente hetero e eu ficar sentindo atração por ele só iria me trazer mágoas futuras, uma vez que eu nunca seria correspondido.

Thomaz narrando.

Eu estava na cozinha preparando dois sandubas para mim e pro Jô pois a Maria já havia ido dormir e comecei a pensar em nós dois na sauna, aquela boca rosa... Aquele beijo, não saia da minha cabeça, era como se minha boca precisasse de mais. Imaginava a todo segundo o Jô encostando seus lábios nos meus e até ele me pagando um boquete. Respirei fundo e então vieram os sentimentos de culpa, como eu podia estar sentindo desejo no meu melhor amigo? Que muito provavelmente me via como um irmão.

- Que porra é essa Thomaz, tá dando pra gostar de homem agora porra - Eu sussurrei para mim mesmo - Você é macho e tem que se comportar como tal!

Voltei para o quarto, carregando a bandeja com nosso lanche e então me deparei com o Jô saindo do banheiro enrolado numa toalha, não tive como evitar reparar em sua bunda mais uma vez.

- Nossa João, tu anda malhando essa bunda escondido né? Confessa - Falei rindo.

- Ué, porque? - João respondeu também rindo.

Me aproximei do João lentamente, e então passei a mão em sua bunda por cima da toalha e em seguida dei um tapa, arrancando um gemido do Jô. Foi então que senti que meu pau estava ficando e resolvi me afastar.

- Nossa, tá de parabéns! Se eu não fosse hetero te pegava, certeza! - Eu disse, tentando disfarçar.

- Sai daí cara, tá me estranhando? - O Jô respondeu, aparentemente nervoso também.

Eu sempre tive brincadeiras mais ousadas com o João, na infância gente trocava selinhos, tomávamos banho juntos e ele até deixava eu roçar meu pau nele quando brincávamos de papai e mamãe, mais era tudo na brincadeira, já hoje em dia, toda vez que eu tento brincar assim com o Jô, acabo ficando excitado.

Narrador

Assim que amanheceu, Daniel se levantou da cama, tomou banho e café e então saiu. Ele pegou um táxi até um bairro mais humilde e então desceu, caminhou um pouco e chegou até a casa de Paulo, um amigo de infância seu.

- Daniel Rangel, a quanto tempo cara! - Paulo exclamou.

- Verdade, só ando estudando agora, mais isso não vem ao caso... Na verdade eu queria saber se aquele teu primo ainda trabalha como agiota - Daniel perguntou.

- Trabalha sim cara, mas... Você está ligado do que acontece com quem não paga né? Ele não tem piedade e não alivia pra ninguém!

- É claro que eu sei, mas você esquece que eu sou rico? É só que... eu preciso de uma grana pra agora e meus pais levariam uma eternidade para me dar, por isso quero pedir esse empréstimo.

- Beleza! Vamo, eu te levo lá!

Na Invictos, Dana estava dentro de uma das salas de aula quando André se aproximou e sentou ao seu lado.

- Oi amor, chegou tão cedo hoje - ele disse, roubando um selinho dela.

- Sim André, na verdade, passei a noite toda pensando em nós dois - ela respondeu friamente.

- Caralho não brinca!! - André falou empolgado - princesa, eu vou fazer de tudo para te levar nas nuvens, vou ver o melhor motel dessa cidade para nós irmos e prometo que vou ser paciente contigo na cama.

- André não é nada disso! Você só pensa em transar caralho? O que eu quero te dizer é realmente o contrário, quero me separar de você, me separar pois conheci o garoto da minha vida!

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