[CONCLUÍDA || REESCRITA]
O clube de basquete do colégio tinha como líder um garoto baixinho de cabelo loiro bem peculiar. Levando uma vida sedentária, Jimin é obrigado a entrar urgentemente nesse clube.
Porém, que tipo de clube esportivo aceitaria u...
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Em casa, a primeira coisa que fiz foi tomar um banho quente para tirar o peso do estresse. Minha mãe até chegou a me perguntar se eu estava bem — é impressionante como mãe sente e sabe de tudo — e eu contei resumidamente sobre a hospitalidade de Yoongi. Claro que eu ocultei o fato da pseudo-declaração, por motivos óbvios de: Eu não queria contar para ninguém e minha mãe não era a melhor pessoa para eu contar.
Como uma forma de me fazer esquecer dos problemas, ela foi legal e até disse que havia deixado os meus jogos confiscados de volta às prateleiras. Mas, estranhamente, isso não me animou. Eu só queria ficar um tempo sozinho para pôr os pensamentos no lugar e foi isso que eu tentei fazer, depois do banho.
Foi inevitável não pensar nas palavras de Yoongi. A sensação que tive naquele quarto de hospital foi sufocante, como se a frase "eu gosto de você" tivesse me espremido e tirado o meu chão. Não era todo dia que eu escutava aquilo — cá entre nós, eu nunca escutei aquilo pessoalmente, saindo da boca de uma pessoa. Nem parecia real.
No entanto, apesar de tudo... Eu gostei.
Gostei de ouvir Yoongi falar aquelas quatro palavrinhas. Gostei mais ainda quando senti meu coração bater forte, por mais que a sensação parecesse incomoda, foi um tanto gostosa de sentir.
Eu queria poder ter retribuído para que ele sentisse aquela mesma sensação boa.
Porém, minha mente ainda estava uma bagunça. Eu não sabia se gostava de Yoongi. Era como se algo estivesse faltando... Era como se eu precisasse de uma confirmação maior. Uma confirmação muito maior do que ele mesmo disse sobre os seus sentimentos.
As coisas não se resolveriam sozinhas, e as dúvidas não sumiriam em um piscar de olhos. Yoongi já havia feito sua parte em me contar sobre seus sentimentos, era a minha vez de tomar alguma atitude.
Mas, como?
Por que aquele dia nunca acabava mesmo? Ah, sim, porque no dia seguinte seriam os jogos! Parecia que o universo estava sendo legal comigo em fazer o tempo passar mais devagar. Provavelmente, ele queria que eu resolvesse os problemas e eu estava desperdiçando isso, parado naquele quarto.
Encarei o grande Snorlax de pelúcia — que eu dormia agarrado todas as noites, inconscientemente —, abracei ele forte e pensei em Yoongi. Eu precisava falar com ele, ainda não havíamos resolvido tudo.
Respirei fundo ao pegar o meu celular e analisar o número de contato do Yoongi. Tudo o que eu precisava era clicar no botão de chamada. Okay, isso era fácil. Simples.
Apertei mais o Snorlax em meus braços e acionei a chamada, esperando que, ao menos, Yoongi atendesse com um humor mais dialogável.
Foram uns três toques de chamada até eu ouvir o bip e uma voz que, sem que eu percebesse, me acalmou.
— Oi. — Era a primeira vez que eu o ouvia por telefone e sua voz era muito mais rouca, de maneira quase aveludada.
— Oi, ahn, tudo bem? — Deus, aquilo era muito formal para o meu gosto. Precisava deixar aquele nervosismo de lado. — Você saiu do hospital?
