Andar ao lado de Yoongi, à noite, fazia-me lembrar de como éramos no começo de tudo. Muita coisa mudou.
Na primeira vez em que saímos juntos, eu estava com as mãos ocupadas, agarrado a um Snorlax de pelúcia. Naquele momento, eu estava com uma das mãos sendo ocupada pela mão de Yoongi, enquanto andávamos devagar por causa do pé dele. Não sei, nossas mãos não se desgrudaram em nenhum momento desde que saímos do colégio e da pizzaria, e eu não sabia por qual motivo. Só era bom. Eu gostava de como nossas mãos se encaixavam. As mãos de Yoongi eram um tanto másculas, num tamanho adequado para um homem. Enquanto as minhas eram até pequenas e gordinhas — vejamos bem, eu emagreci um tanto depois dos exercícios, mas isso não funcionava com as mãos. Isso me fez perceber que Yoongi gostava delas, pois ele as massageava dizendo que eram macias. Ao menos isso eu acreditava.
Não tinha muito problema caminharmos juntos na rua, de mãos dadas, pois Yoongi ainda andava de muletas e ele me usava para se apoiar. Ninguém estranharia isso, então estava tudo bem. Não havíamos trocado muitas palavras, estávamos quietos e traquilos. Aquela sensação era tão boa, gostaria de sentir ela por muito mais tempo.
Diferente das outras vezes, nós estávamos a caminho de sua casa. Eu insisti para ajudá-lo — por conta das muletas — e ele resistiu. Como eu disse antes, a teimosia era predominante. Mas ele acabava cedendo, de qualquer forma.
Talvez fosse coisa do momento, toda a adrenalina da competição ou qualquer coisa parecida, mas eu sentia que, finalmente, eu estava pronto. Pronto para gostar de uma pessoa e me dedicar a ela. Pronto para dizer que eu gostava de Yoongi e que o retribuía. Era isso, eu só precisava dizer. Yoongi havia dito no hospital tão de repente. No fim de tudo, eu só precisei de alguns dias para absorver a resposta que sempre esteve ali. Eu só precisava não ficar nervoso, porque já estávamos juntos.
Não havia nada para temer.
— Minha casa é até perto da sua — Ele comentou quando paramos de andar. Encarei ao redor e percebi que havíamos chegado, de fato, quando vi uma mulher familiar na porta de uma grande casa. Era a mãe de Yoongi, e perto da caixa de correio estava o nome da família Min. — Sem problemas. — ele sorriu pequeno, referindo-se a pequena discussão que tivemos mais cedo sobre ele ficar cansado, caso fosse andar sozinho até em casa.
— Olha só quem chegou — Ouvi a mãe de Yoongi dizer ao longe, aproximando-se. — Oh, eu me lembro de você. Park Jimin, certo? — Ela sorriu para mim e eu quase tive um derrame ao notar que era quase o mesmo sorriso de Yoongi, céus!
— A-Ah, sim! É um prazer revê-la! — Me afastei de Yoongi e a cumprimentei, um tanto atônito. Era estranho pensar que... Bem, ela era minha sogra. Sogra! Era tão estranho falar isso!
Ela só não sabia.
Ainda.
— Não quer entrar? — Ela perguntou para mim depois de trocar breves palavras com o filho. Eu pensei em recusar, enquanto olhava para Yoongi. Ele não parecia contrariado. — Vamos entrar, eu acabei de colocar cookies no forno! — E eu lá tinha como recusar aquele pedido? Eram cookies! Feito pela adorável senhora Min!
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Camisa 93 | yoon.min
Fanfiction[CONCLUÍDA || REESCRITA] O clube de basquete do colégio tinha como líder um garoto baixinho de cabelo loiro bem peculiar. Levando uma vida sedentária, Jimin é obrigado a entrar urgentemente nesse clube. Porém, que tipo de clube esportivo aceitaria u...