16.O Conselho de Cascata

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Adélia
Pisco para poder focar a visão em qualquer coisa, finalmente notando que não estamos mais na Caverna das Águas e suspiro frustrada, ela nos expulsou e pior ainda se esquivou das minhas perguntas.
- Onde nós estamos? - Mathew pergunta confuso com a troca de ambientes
- Cascata, estamos na cidade de Cascata.
- Mas como... - Symon diz dessa vez, estava tão confuso quanto Mathew
- Lembram-se do que eu disse no começo? Dragões tem afinidade pura com magia elemental, o que claro quer dizer que eles podem transportar o que bem entenderem para onde quiserem. - digo cansada
Eles ficam quietos absorvendo o que eu disse, ninguém nos incomodaria, afinal estávamos em um dos pequenos becos da cidade, onde eram usadas como deposito de lixo.
Passado o tempo de processamento Mathew começa a correr e eu sabia porque, então o seguro, não ia deixar acontecer de novo.

Ele grita e esperneia, mas consigo silencia-lo e só então noto que tinha algo em minha mão, a chave de Cascata.

Ele grita e esperneia, mas consigo silencia-lo e só então noto que tinha algo em minha mão, a chave de Cascata

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Estava impressionada, já que eu tinha certeza que ela havia nos expulsado e esquecido de nos dar a chave.
Bom, que seja! Pelo menos cumprimos com nossos deveres. Agora o resgate.... é outra história.
Eu estava alheia a discussão de Symon e Mathew sobre o que iriamos fazer, estava pensando num modo de fazê-lo sem chamar atenção ou causar estragos e acima de tudo, estava tentando descobrir a quanto tempo eles foram levados.
Me esgueirei ignorando - os até a saída do beco e comecei a vasculhar com os olhos por qualquer informação relevante sobre o dia de hoje e qual foi minha surpresa quando descubro que hoje é dia 25 de setembro, uma semana depois de termos saído da casa de Jenna e Mathew. Como isso era possível? Fiquei desacordada por quatro dias? Eles ficaram quatro dias me esperando acordar?
- Não é possível! Você demorou um dia inteiro para acordar, porque ali diz que se passaram quatro dias? - Symon diz alarmado do meu lado
- Espera! Um dia? Então isso significa...
- Que ficamos três dias na Caverna das Águas - Mathew completa minha teoria

- Mas como... – Symon continua tão confuso quanto qualquer um de nós

- Será? – Começo a pensar juntando os pontinhos

- O que? Sabe de algo? – Symon diz me lendo como sempre

- Lembra da Caverna da coragem?

- Sim... o que é que tem? – ele me responde confuso

- Naquela época achei quefosse imaginação minha a passagem de tempo tão longa, sendo que estávamos aapenas três horas lá. Também pensei na possibilidade de que fosse porqueestávamos mudando para outro mundo, mas agora acho que descobri que... apassagem de tempo dos centros de magia é bem mais lenta que todo o resto docontinente. – digo sem parar para respirar
Estava começando a ficar assustada, o que poderia ter acontecido com elesenquanto estávamos lá, como poderíamos resgata-los e acima de tudo, onde elesestavam?
Eu não sabia e estava surtando, respirando rápido. Preciso que Symon segureminha mão para me lembrar de me acalmar e do que Safira havia acabado de nosensinar.
Fecho os olhos e respiro fundo, depois volto para o beco observando a chave naminha mão, água marinha.
Não sei se imaginei isso, mas juro que vi uma palavra em dourado surgir no arode ferro branco e jurava que dizia "Visão Exata".
Não entendi no começo, mas logo arregalo os olhos ao entender o que aquilosignificava e imediatamente começo a procurar qualquer fonte de água, seja umapoça ou uma bacia.
Depois de tanto revirar fazendo muito barulho no processo, eu acho uma poça deágua e me prostro a sua frente satisfeita.
Fiquei um tempo encarando a chave e a poça, tentando saber o que deveria fazer,até que as palavras de Safira surgem na minha mente: "Deixe a energia davida fluir por você e se torne uma com ela, assim ela te dirá o que é parafazer."
Foi o que fiz e imediatamente as palavras começaram a aparecer em minha mente:
"Água que dá vida
  Água universal
  Se faz presente em todo o lugar
  Se faz presente em qualquer tempo
  Mostre - me quem procuro,agora nesse momento
  Liberar primeiro selo
  Acqua Vision"¹
A água a minha frente imediatamente ondula e a imagem muda para nos mostrarJenna e Gabry, acorrentados, sujos e machucados em uma cela.
Escuto um chiado ao meu lado e tenho certeza de que foi Mathew.
Eu o ignoro, querendo ver mais, então faço um teste e começo a manipular avisão a meu favor, fazendo-a subir escadas e passando portas até chegar a umcorredor.
Dessa vez sou eu que faço um gemido chiado, eles estavam no palácio de Cascata,o prédio do governo. E sem mais vontade de ver nada dissipo a visão batendo napoça.
Eles me olham de um jeito interrogativo, mas não os respondo. Preciso pensar emalgo e a única coisa que me vinha a cabeça na hora era uma audiência com arainha.
Estava mais do que óbvio que eu não queria isso, então lembrei que eu já tinhaa chave portal de Mirnagard e um plano foi se formando na minha cabeça. Claro,não falei nada para os meninos.

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